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Menopausa - fspog.com

18 Menopausa Sem o consentimento pr vio por escrito do editor, n o se pode reproduzir nem fotocopiar nenhuma parte desta publica o Permanyer Portugal 2011. Fernanda guas 1. INTRODU O Os m dicos que acompanham a mulher nes- ta etapa da vida t m todas as vantagens em Por volta dos 50 anos, um rg o fundamental dispor de elementos de compreens o da - para a mulher, o ov rio, deixa de funcionar e siologia das mudan as ocorridas e adquirir a a produ o de hormonas que, por natureza, sensibilidade necess ria para enquadr -las lhe est atribu da, abruptamente reduzida numa perspectiva abrangente de medicina provocando na maioria das mulheres o apare- preventiva. cimento de altera es f sicas e ps quicas, fen - meno conhecido como s ndrome climat rico. O aumento da esperan a de vida em geral, 2. ESPECIFICA ES TERMINOL GICAS. nos pa ses ocidentais, tem por efeito que as mulheres possam viver mais de 30 anos ap s Menopausa o termo que designa a ltima a Menopausa , ou seja, 1/3 da sua vida.

Numa fase posterior, assiste-se a um aumen-to da LH, em média, três vezes superior aos valores da pré-menopausa. A prod ução de LH está sujeita ao onctrolo htalâipomi co,

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1 18 Menopausa Sem o consentimento pr vio por escrito do editor, n o se pode reproduzir nem fotocopiar nenhuma parte desta publica o Permanyer Portugal 2011. Fernanda guas 1. INTRODU O Os m dicos que acompanham a mulher nes- ta etapa da vida t m todas as vantagens em Por volta dos 50 anos, um rg o fundamental dispor de elementos de compreens o da - para a mulher, o ov rio, deixa de funcionar e siologia das mudan as ocorridas e adquirir a a produ o de hormonas que, por natureza, sensibilidade necess ria para enquadr -las lhe est atribu da, abruptamente reduzida numa perspectiva abrangente de medicina provocando na maioria das mulheres o apare- preventiva. cimento de altera es f sicas e ps quicas, fen - meno conhecido como s ndrome climat rico. O aumento da esperan a de vida em geral, 2. ESPECIFICA ES TERMINOL GICAS. nos pa ses ocidentais, tem por efeito que as mulheres possam viver mais de 30 anos ap s Menopausa o termo que designa a ltima a Menopausa , ou seja, 1/3 da sua vida.

2 Menstrua o, con rmada ap s 12 meses su- No nal de 2007, a popula o estimada para cessivos de amenorreia, resultante da cessa- Portugal, com base nos n meros do ltimo re- o de nitiva da actividade folicular ov rica. censeamento, era de habitantes1, Perimenopausa ou climat rio um termo dos quais 51,6% eram mulheres. A propor o utilizado para descrever o per odo em que se da popula o com idade superior a 65 anos manifestam os primeiros sintomas ou indica- em rela o popula o total tamb m tem dores da proximidade da Menopausa e que vindo a aumentar, representando em 2007, termina 12 meses ap s a ltima menstrua o. cerca de 17,4%1. Os dados permitem concluir Este per odo de transi o tem dura o vari - por uma maior longevidade feminina, com vel de mulher para mulher, caracterizando-se uma esperan a de vida ao nascer de 81 anos, por altera es dos n veis das hormonas es- em rela o ao sexo masculino para o qual ter ides ov ricas que se exprimem, por um essa esperan a de vida se situa nos 74 anos.

3 Lado, por altera es do ciclo menstrual2,3 e, O fen meno do envelhecimento , portanto, por outro, pelo aparecimento de sintomato- mais sentido no sexo feminino. logia t pica, sobretudo vasomotora. Da decorre a necessidade de protec o da P s- Menopausa o termo que designa o con- sa de na mulher na fase da vida ap s os 50 junto dos anos que se seguem Menopausa . anos, em que o seu papel na sociedade se Pr - Menopausa , termo amb guo e gerador desdobra entre o exerc cio de uma pro ss o de alguma confus o, designa mais pro- a tempo inteiro, as fun es de esposa e de priamente, todo o per odo de vida f rtil da m e, enfrentando muitas vezes, os proble- mulher anterior Menopausa . , por vezes, mas de primeiro emprego dos lhos que utilizado como sin nimo da fase imediata- sentem di culdades em conseguir um modo mente anterior a Menopausa , da que possa de vida independente. ser confundido com a perimenopausa.

4 295. H v rios tipos de Menopausa , apresentan- vida fetal, vai progressivamente diminuindo do cada um desses tipos particularidades e ao longo dos anos, independentemente da quest es pr prias com re exos na escolha idade da menarca, do n mero de gesta es Sem o consentimento pr vio por escrito do editor, n o se pode reproduzir nem fotocopiar nenhuma parte desta publica o Permanyer Portugal 2011. das orienta es terap uticas. ou do tipo de contracep o utilizado. Foi Assim, a express o Menopausa espont nea demonstrada uma rela o entre o n mero ou natural utiliza-se sempre que a fal n- de fol culos primordiais e a regularidade do cia ov rica ocorre de forma gradual e sem ciclo menstrual, tendo-se conclu do que um interven o m dica ou de qualquer outro decl nio marcado no n mero de fol culos agente externo. Ao contr rio do que acon- ov ricos constitui a base morfol gica que tece com a idade da menarca, apesar da me- explica as altera es ocorridas no climat rio.

5 Lhoria das condi es de vida e de sa de das A Menopausa d -se quando o n mero de fo- popula es, a idade m dia a que ocorre a l culos se situa abaixo dum limiar cr tico, cer- Menopausa n o se tem alterado. Nos pa ses ca de , independentemente da idade5. ocidentais, na maioria das mulheres a meno- No que se refere siologia do aparelho re- pausa ocorre entre os 45 e os 56 anos de ida- produtor feminino, til recordar que o ciclo de, situando-se a m dia nos 51 anos4. menstrual da mulher resulta da interac o Menopausa cir rgica a express o que de- c clica da hormona hipotal mica GnRH com signa a situa o decorrente de uma interven- os p ptidos hipo s rios FSH e LH e os este- o cir rgica em que s o removidos ambos r ides ov ricos, estradiol e progesterona. os ov rios, habitualmente em conjunto com Todo o processo de altera es hormonais o tero. Nas mulheres com idade inferior a do climat rio tem a sua origem no ov rio.

6 50 anos frequente realizar-se a histerecto- Assim, do ponto de vista histol gico, h alte- mia isolada, com conserva o dos ov rios e ra es a n vel folicular, entre as quais a dimi- sem que da resulte um estado de menopau- nui o do n mero de c lulas da teca interna sa. Ao contr rio da Menopausa espont nea, e da granulosa e um aumento do n mero de a Menopausa cir rgica acontece de forma c lulas intersticiais, local de produ o dos inesperada e habitualmente associa-se a um androg nios. quadro sintom tico mais exuberante. O primeiro sinal biol gico de fal ncia ov - Menopausa precoce a express o utilizada rica o aumento de FSH, re exo da dimi- para designar a situa o de ocorr ncia da me- nui o da qualidade folicular que tem por nopausa, segundo a maioria dos autores, antes consequ ncia a redu o da s ntese e secre- dos 40 anos. Importa contudo salientar que, o do estradiol. Ao contr rio do que an- sempre que a Menopausa ocorre antes dos teriormente se dizia, os n veis de estradiol 45 anos, as suas consequ ncias para a sa de diminuem progressivamente nos anos que da mulher levam a consider -la como precoce precedem a Menopausa , permanecendo, no em termos de interven o terap utica.

7 Entanto, mais ou menos est veis at aproxi- madamente ao ano anterior cessa o do desenvolvimento folicular5. Por outro lado, 3. FISIOLOGIA ALTERA ES as c lulas da granulosa sintetizam cada vez HORMONAIS menos inibina, glicoprote na que, tal como o estradiol, exerce um efeito inibidor sobre A fal ncia ov rica um processo que se ini- a secre o de FSH pela hip se. poss vel cia muitos anos antes da Menopausa e est que tanto a inibina-A como a B estejam en- directamente relacionada com a redu o do volvidas6, a primeira na fase lute nica, e a capital folicular dos ov rios, que come a com segunda na fase folicular. Os valores de FSH. o nascimento. O n mero de fol culos primor- doseados no sangue s o geralmente supe- diais, que atinge o seu m ximo durante a riores a 30 mUI/ml. 296 Cap tulo 18. Numa fase posterior, assiste-se a um aumen- poral dado que o tecido adiposo o grande to da LH, em m dia, tr s vezes superior aos respons vel por aquela actividade.

8 Valores da pr - Menopausa . A produ o de Na mulher ooforectomizada, para al m da Sem o consentimento pr vio por escrito do editor, n o se pode reproduzir nem fotocopiar nenhuma parte desta publica o Permanyer Portugal 2011. LH est sujeita ao controlo hipotal mico, priva o em estrog nios, veri ca-se igual- atrav s da GnRH que segregada de forma mente a aus ncia dos androg nios produzi- puls til, e tamb m ao efeito de feedback ne- dos pelo ov rio. gativo do estradiol e da progesterona, cujos n veis est o francamente reduzidos devido . diminui o do n mero e da actividade dos 4. CL NICA. fol culos. A rela o FSH/LH, quase sempre superior unidade, mant m-se elevada ao Durante o per odo do climat rio, um n me- longo de todo o per odo p s- Menopausa , ro signi cativo de mulheres experimenta atingindo o m ximo nos primeiros tr s anos. m ltiplos e intensos sintomas, enquanto Com o desaparecimento dos fol culos, os outras apenas d o conta de perturba es n veis elevados de gonadotro nas levam o m nimas ou nem sequer apresentam qual- tecido ov rico remanescente a produzir an- quer tipo de queixa.

9 As diferen as socio- drog nios, essencialmente, androstenedio- culturais t m reconhecidamente in u ncia na e testosterona. Apesar desta situa o, os sobre a express o cl nica das altera es n veis s ricos de testosterona s o inferiores biol gicas e podem explicar algumas das aos encontrados na pr - Menopausa . diferen as encontradas entre as mulheres Como foi anteriormente referido, a produ- ocidentais e as orientais, ou entre outros o de estrog nios pelos ov rios cessa com grupos tnicos, no que respeita viv ncia a Menopausa . Contudo os n veis desta hor- da Menopausa . mona podem, nalgumas mulheres, ser sig- A tradu o da cl nica associada fal ncia ni cativos gra as aromatiza o extraglan- ov rica em termos did cticos descrita dular da androstenediona e testosterona. O numa s rie de acontecimentos que se mani- grau de convers o est directamente rela- festam por etapas, conforme se pode veri - cionado com a percentagem de gordura cor- car no quadro 1.

10 Quadro 1. Consequ ncias da fal ncia ov rica Dura o Sistema Sintoma/doen a Agudos Neuroend crino Afrontamentos Suores nocturnos Ins nia Ansiedade/irritabilidade Altera es da mem ria Perturba es da concentra o Interm dios Tracto urogenital Atro a urogenital Incontin ncia urin ria/prolapso Dispareunia/s ndrome uretral Diminui o da libido Tecido conjuntivo Atro a da pele Cr nicos Esquel tico Osteoporose Arterial Doen a cardiovascular Menopausa 297. Os sintomas vasomotores s o a imagem da guns casos, apresentam-se mesmo quadros Menopausa que cerca de 70 a 80% das mu- de humor depressivo, embora n o existam lheres experimentam e cuja intensidade e provas cient cas de que a Menopausa , por Sem o consentimento pr vio por escrito do editor, n o se pode reproduzir nem fotocopiar nenhuma parte desta publica o Permanyer Portugal 2011. dura o variam de mulher para mulher. Em si s , origine depress es severas ou mesmo muitos casos, os sintomas iniciam-se pre- altera es signi cativas do comportamento.


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