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METODOLOGIA QUALITATIVA: é possível adequar as técnicas …

METODOLOGIA QUALITATIVA: POSS VEL adequar AS T CNICAS DE. COLETA DE DADOS AOS CONTEXTOS VIVIDOS EM CAMPO? Apresenta o Oral-Ci ncia, pesquisa e Transfer ncia de Tecnologia ANNA CAROLINA SALGADO JARDIM; VIVIANE SANTOS PEREIRA. UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS, LAVRAS - MG - BRASIL. METODOLOGIA QUALITATIVA: poss vel adequar as t cnicas de coleta de dados aos contextos vividos em campo? Grupo de pesquisa : 10 - Ci ncia, pesquisa e Transfer ncia de Tecnologia. Resumo Este artigo apresenta uma discuss o sobre m todos de pesquisa social e fruto de um estudo realizada com os produtores rurais que moram nas proximidades da nascente do rio Grande, munic pio de Bocaina de Minas/MG, donde se originou uma adapta o, durante o trabalho de campo, de uma t cnica de coleta de dados a caminhada transversal , que devido s conting ncias acabou se tornando cavalgada transversal.

Em pesquisas desta natureza é possível coletar dados ricos em pormenores descritivos sobre as pessoas, objetivando estimar o fenômeno em toda sua complexidade e em contexto natural. Dessa forma, privilegia-se a compreensão sobre os significados que

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  Pesquisa, Em pesquisas

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1 METODOLOGIA QUALITATIVA: POSS VEL adequar AS T CNICAS DE. COLETA DE DADOS AOS CONTEXTOS VIVIDOS EM CAMPO? Apresenta o Oral-Ci ncia, pesquisa e Transfer ncia de Tecnologia ANNA CAROLINA SALGADO JARDIM; VIVIANE SANTOS PEREIRA. UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS, LAVRAS - MG - BRASIL. METODOLOGIA QUALITATIVA: poss vel adequar as t cnicas de coleta de dados aos contextos vividos em campo? Grupo de pesquisa : 10 - Ci ncia, pesquisa e Transfer ncia de Tecnologia. Resumo Este artigo apresenta uma discuss o sobre m todos de pesquisa social e fruto de um estudo realizada com os produtores rurais que moram nas proximidades da nascente do rio Grande, munic pio de Bocaina de Minas/MG, donde se originou uma adapta o, durante o trabalho de campo, de uma t cnica de coleta de dados a caminhada transversal , que devido s conting ncias acabou se tornando cavalgada transversal.

2 Prop e-se um debate a respeito das poss veis contribui es METODOLOGIA de pesquisa qualitativa em Ci ncias Sociais quando, no momento em que o pesquisador est em campo, surgem imprevistos, a partir dos quais podem-se criar ou recriar t cnicas adaptadas ao contexto vivenciado. Palavras-chave: abordagem interpretativa, METODOLOGIA qualitativa, t cnicas de coleta de dados, caminhada/cavalgada transversal Abstract This article presents a discussion about social research methods. It is the result of a study carried out with farmers living near the Rio Grande spring, in the municipality of Bocaina de Minas/MG. During field work, an adaptation of a data collection technique was devised the transversal walk , which due to the contingencies ended up as the transversal cavalcade.

3 It is proposed a debate concerning the possible contributions to qualitative methodological research in social sciences when, during field work, unexpected situations occur from which techniques adapted to the present situation might be created or recreated. Key words: interpretative approach, qualitative methodology, data collection techniques, transversal walk/cavalcade. 1. INTRODU O. Os trabalhos cient ficos/acad micos pressup em a utiliza o da METODOLOGIA de pesquisa que delimita e d sentido forma como o pesquisador lan a m o para investigar, conhecer, buscar os caminhos que o levar o a responder os seus objetivos. Em Ci ncias Sociais a METODOLOGIA de pesquisa pode ser de natureza qualitativa e/ou quantitativa, dependendo do objetivo a que o pesquisador se prop e.

4 Entretanto, o foco proposto nesse artigo se at m apenas METODOLOGIA qualitativa, na medida em que a 1. Porto Alegre, 26 a 30 de julho de 2009, Sociedade Brasileira de Economia, Administra o e Sociologia Rural pesquisa dessa natureza permite maior abertura para a reformula o do problema da pesquisa , das quest es norteadoras, dos pr prios m todos e t cnicas de coleta e an lise de dados durante o processo, assumindo conota es diferentes da pesquisa quantitativa. Assim, o processo metodol gico qualitativo possibilita ao pesquisador descobertas at . mesmo em termos dos pr prios m todos e t cnicas a serem utilizados. Existem diferentes m todos para realizar pesquisas dessa natureza e sua escolha vai variar em fun o do que vai ser estudado, da realidade que se busca compreender, entre outros fatores que determinam essa escolha.

5 Essa possibilidade de mudan a no decorrer do processo, ou seja, no momento em que o pesquisador j est envolvido com a pesquisa , . fundamental, pois pode trazer inova es a partir da adequa o que pode ser necess ria quando se est vivenciando uma determinada pr tica em um dado contexto social. A partir dessa constata o, questiona-se: quais as contribui es que a referida adequa o realidade vivida em campo pode trazer para as Ci ncias Sociais? Apesar das teorias sobre METODOLOGIA de pesquisa qualitativa estarem bastante consolidadas dentro do mbito das Ci ncias Sociais, ser que elas d o contam das situa es que podem surgir no momento em que o pesquisador est realizando o trabalho de campo? Os m todos derivados da etnografia, hoje mais reconhecidos pelo sistema acad mico s o fortes aliados a flexibilidade na a o direta de campo, mas permitido ao pesquisador criar sem romper com a legitimidade do processo de produ o do conhecimento cient fico?

6 2. OBJETIVOS. Pretende-se analisar as poss veis contribui es te ricas que as adequa es de t cnicas de coleta e an lise de dados, bem como dos m todos utilizados em campo podem trazer para a METODOLOGIA de pesquisa qualitativa. Busca-se, ainda, identificar inova es que derivam dos imprevistos vivenciados em situa es de trabalho de campo. 3. TEORIZANDO SOBRE METODOLOGIAS QUALITATIVAS. A pesquisa em Ci ncias Sociais e suas peculiaridades O processo de pesquisa , entendido como processo de gera o de conhecimento cient fico pode assumir peculiaridades nas ci ncias sociais, pois ao se considerar como objeto de estudo do cientista social os seres humanos nota-se a variabilidade do comportamento e dos estados subjetivos, isto , pensamentos, sentimentos e atitudes.

7 De acordo com Neves (1996) a pesquisa social tem sido marcada por estudos que valorizam o emprego de m todos quantitativos para descrever e explicar fen menos. Atualmente, por m, pode-se identificar outra forma de abordagem que tem se afirmado como promissora possibilidade de investiga o: trata-se da abordagem interpretativa e qualitativa. Surgido inicialmente no selo da antropologia e da sociologia, nos ltimos trina anos esse tipo de pesquisa ganhou espa o em reas como psicologia, educa o e administra o de empresas. Esse autor comenta que, enquanto estudos quantitativos geralmente procuram seguir com rigor um plano previamente estabelecido (baseado em hip teses claramente indicadas e vari veis que s o objetos de defini o operacional), a pesquisa interpretativa e qualitativa costuma ser direcionada, ao longo de seu desenvolvimento; al m disso, n o busca enumerar ou medir eventos e, geralmente n o emprega instrumental estat stico para 2.

8 Porto Alegre, 26 a 30 de julho de 2009, Sociedade Brasileira de Economia, Administra o e Sociologia Rural an lise dos dados; seu foco de interesse amplo e parte de uma perspectiva diferenciada da adotada pelos m todos quantitativos. A pesquisa em ci ncias sociais possui tr s correntes de pensamento contempor neo com enfoques diferentes: o positivismo, a fenomenologia e o marxismo. Considerando-se que a pesquisa cient fica exige, entre outras caracter sticas, a criatividade, a disciplina, a organiza o e a mod stia do pesquisador, deve-se levar em conta que ele lida sempre com confrontos. Nesse sentido, a pesquisa em Ci ncias Sociais deve, entre outras coisas, suscitar o debate entre a sociologia positivista e outros tipos, de acordo com Goldenberg (1999).

9 O Positivismo isola o fen meno, identifica, mede, qualifica sem a sua significa o e base te rica. De acordo com Trivi os (1992), o positivismo teve predom nio incontest vel at a d cada de 1970. O positivismo perdeu import ncia, pois a pr tica da investiga o se transformou numa atividade mec nica, onde a busca por resultados essencialmente estat sticos amarrou o investigado ao dado, ao estabelecer rela es estatisticamente significativas entre os fen menos . A vis o do contexto/situa o do marxismo mais ampla no campo estudado, observando as rela es. A tradi o no emprego da an lise marxista da realidade fundada na filosofia do materialismo hist rico e da luta de classes, em nosso meio, e a complexidade do m todo dial tico levantam s lidas barreiras diante dos pesquisadores.

10 Na base do estudo fenomenol gico em que a realidade imediata busca-se o significado e os pressupostos dos fen menos. Para Trivi os (1992), o enfoque fenomenol gico na pesquisa em ci ncias sociais come ou nos ltimos anos da d cada de 1970, aumentando sua import ncia a medida que diminu a a tradi o imperativa do positivismo. A pesquisa qualitativa n o se preocupa com representatividade num rica, mas sim com o aprofundamento da compreens o a partir de um grupo social, de uma organiza o etc. Os pesquisadores que adotam a abordagem qualitativa se op em ao pressuposto que defende um modelo nico de pesquisa para todas as ci ncias, j que as ci ncias sociais t m sua especificidade, o que pressup e uma METODOLOGIA pr pria.


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