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O QUE É MESMO O ATO DE AVALIAR A APRENDIZAGEM?

O QUE MESMO O ATO DE AVALIAR A APRENDIZAGEM? Cipriano Carlos LuckesiA avalia o da aprendizagem escolar se faz presente na vida de todos n s que, de alguma forma, estamos comprometidos com atos e pr ticas educativas. Pais, educadores, educandos, gestores das atividades educativas p blicas e particulares, administradores da educa o, todos, estamos comprometidos com esse fen meno que cada vez mais ocupa espa o em nossas preocupa es que desejamos uma melhor qualidade de vida. No caso deste texto, compreendo e exponho a avalia o da aprendizagem como um recurso pedag gico til e necess rio para auxiliar cada educador e cada educando na busca e na constru o de si MESMO e do seu melhor modo de ser na avalia o da aprendizagem n o e n o pode continuar sendo a tirana da pr tica educativa, que amea a e submete a todos.

o ponto de partida para se fazer qualquer coisa que possa ser feita com ela. Avaliar um educando implica, antes de mais nada, acolhe-lo no seu ser e no seu modo de ser, como está, para, a partir daí, decidir o que fazer. A disposição de acolher está no sujeito do avaliador, e não no objeto da avaliação. O

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  Aprendizagem, Aravali, Ato de avaliar a aprendizagem

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1 O QUE MESMO O ATO DE AVALIAR A APRENDIZAGEM? Cipriano Carlos LuckesiA avalia o da aprendizagem escolar se faz presente na vida de todos n s que, de alguma forma, estamos comprometidos com atos e pr ticas educativas. Pais, educadores, educandos, gestores das atividades educativas p blicas e particulares, administradores da educa o, todos, estamos comprometidos com esse fen meno que cada vez mais ocupa espa o em nossas preocupa es que desejamos uma melhor qualidade de vida. No caso deste texto, compreendo e exponho a avalia o da aprendizagem como um recurso pedag gico til e necess rio para auxiliar cada educador e cada educando na busca e na constru o de si MESMO e do seu melhor modo de ser na avalia o da aprendizagem n o e n o pode continuar sendo a tirana da pr tica educativa, que amea a e submete a todos.

2 Chega de confundir avalia o da aprendizagem com exames. A avalia o da aprendizagem , por ser avalia o, amorosa, inclusiva, din mica e construtiva, diversa dos exames, que n o s o amorosos, s o excludentes, n o s o construtivos, mas classificat rios. A avalia o inclui, traz para dentro; os exames selecionam, excluem, que se segue, apresento aos leitores alguns entendimentos b sicos para compreender e praticar a avalia o da aprendizagem como avalia o e n o, equivocadamente, como de mais nada, uma disposi o psicol gica necess ria ao avaliadorO ato de AVALIAR , devido a estar a servi o da obten o do melhor resultado poss vel, antes de mais nada, implica a disposi o de acolher.

3 Isso significa a possibilidade de tomar uma situa o da forma como se apresenta, seja ela satisfat ria ou insatisfat ria agrad vel ou desagrad vel, bonita ou feia. Ela assim, nada mais. Acolh -la como est o ponto de partida para se fazer qualquer coisa que possa ser feita com ela. AVALIAR um educando implica, antes de mais nada, acolhe-lo no seu ser e no seu modo de ser, como est , para, a partir da , decidir o que disposi o de acolher est no sujeito do avaliador, e n o no objeto da avalia o. O avaliador o adulto da rela o de avalia o, por isso ele deve possuir a disposi o de acolher. Ele o detentor dessa disposi o. E, sem ela, n o h avalia o.

4 N o poss vel AVALIAR um objeto, uma pessoa ou uma a o, caso ela seja recusada ou exclu da, desde o in cio, ou MESMO julgada previamente. Que mais se pode fazer com um objeto, a o ou pessoa que foram recusados, desde o primeiro momento? Nada, com certeza!Imaginemos um m dico que n o tenha a disposi o para acolher o seu cliente, no estado em que est ; um empres rio que n o tenha a disposi o para acolher a sua empresa na situa o em que est ; um pai ou uma m e que n o tenha a disposi o para acolher um filho ou uma filha em alguma situa o embara osa em que se encontra. Ou imaginemos cada um de n s, sem disposi o para nos acolhermos a n s mesmos no estado em que estamos. As doen as, muitas vezes, n o podem mais sofrer qualquer interven o curativa adequada devido ao fato de que a pessoa, por vergonha, por medo social ou por qualquer outra raz o, n o pode acolher o seu pr prio estado pessoal, protelando o momento de procurar ajuda, chegando ao extremo de 'j n o ter muito mais o que fazer!

5 '.A disposi o para acolher , pois, o ponto de partida para qualquer pr tica de avalia o. um estado psicol gico oposto ao estado de exclus o, que tem na sua base o julgamento pr vio. O julgamento pr vio est sempre na defesa ou no ataque, nunca no acolhimento. A disposi o para julgar previamente n o serve a uma pr tica de avalia o, porque ter essa disposi o para acolher, importa estar atento a ela. N o nascemos naturalmente com ela, mas sim a constru mos, a desenvolvemos, estando atentos ao modo como recebemos as coisas. Se antes de ouvirmos ou vermos alguma coisa j estamos julgando, positiva ou negativamente, com certeza, n o somos capazes de acolher.

6 A avalia o s nos propiciar condi es para a obten o de uma melhor qualidade de vida se estiver assentada sobre a disposi o para acolher, pois a partir da que podemos construir qualquer coisa que uma compreens o do ato de avaliarAssentado no ponto de partida acima estabelecido, o ato de AVALIAR implica dois processos articulados e indissoci veis: diagnosticar e decidir. N o poss vel uma decis o sem um diagn stico, e um diagn stico, sem uma decis o um processo primeiro lugar, vem o processo de diagnosticar, que constitui-se de uma constata o e de uma qualifica o do objeto da avalia o. Antes de mais nada, portanto, preciso constatar o estado de alguma coisa (um objeto, um espa o, um projeto, uma a o, a aprendizagem , uma ), tendo por base suas propriedades espec ficas.

7 Por exemplo, constato a exist ncia de uma cadeira e seu estado, a partir de suas propriedades 'f sicas' (suas caracter sticas): ela de madeira, com quatro pernas, tem o assento estofado, de cor A constata o sustenta a configura o do 'objeto', tendo por base suas propriedades, como est o no momento. O ato de AVALIAR , como todo e qualquer ato de conhecer, inicia-se pela constata o, que nos d a garantia de que o objeto como . N o h possibilidade de avalia o sem a constata constata o oferece a 'base material' para a segunda parte do ato de diagnosticar, que qualificar, ou seja, atribuir uma qualidade, positiva ou negativa, ao objeto que est sendo avaliado.

8 No exemplo acima, qualifico a cadeira como satisfat ria ou insatisfat ria, tendo por base as suas propriedades atuais. S a partir da constata o, que qualificamos o objeto de avalia o. A partir dos dados constatados que atribu mos-lhe uma , essa qualifica o n o se d no vazio. Ela estabelecida a partir de um determinado padr o, de um determinado crit rio de qualidade que temos, ou que estabelecemos, para este objeto. No caso da cadeira, ela est sendo qualificada de satisfat ria ou insatisfat ria em fun o do qu ? Ela, no caso, ser satisfat ria ou insatisfat ria em fun o da finalidade qual vai servir. Ou seja, o objeto da avalia o est envolvido em uma tessitura cultural (te rica), compreensiva, que o envolve.

9 Mantendo o exemplo acima, a depender das circunst ncias onde esteja a cadeira, com suas propriedades espec ficas, ela ser qualificada de positiva ou de negativa. Assim sendo, uma mesma cadeira poder ser qualificada como satisfat ria para um determinado ambiente, mas insatisfat ria para um outro ambiente, possuindo as mesmas propriedades espec ficas. Desde que diagnosticado um objeto de avalia o, ou seja, configurado e qualificado, h algo, obrigatoriamente, a ser feito, uma tomada de decis o sobre ele. O ato de qualificar, por si, implica uma tomada de posi o positiva ou negativa , que, por sua vez, conduz a uma tomada de decis o.

10 Caso um objeto seja qualificado como satisfat rio, o que fazer com ele? Caso seja qualificado como insatisfat rio, o que fazer com ele? O ato de AVALIAR n o um ato neutro que se encerra na constata o. Ele um ato din mico, que implica na decis o de 'o que fazer' Sem este ato de decidir, o ato de AVALIAR n o se completa. Ele n o se realiza. Chegar ao diagn stico uma parte do ato de AVALIAR . A situa o de 'diagnosticar sem tomar uma decis o' assemelha-se situa o do n ufrago que, ap s o naufr gio, nada com todas as suas for as para salvar-se e, chegando s margens, morre, antes de usufruir do seu esfor o. Diagn stico sem tomada de decis o um curso de a o avaliativa que n o se a qualifica o, a tomada de decis o tamb m n o se faz num vazio te rico.


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