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PRINCIPAIS DOENÇAS CAUSADAS POR PROTOZOÁRIOS

Susana Segura Mu ozAna Paula Morais Fernandes6 PRINCIPAIS DOEN AS CAUSADAS POR protozo RIOSL icenciatura em ci ncias USP/ UnivespPrincipais doen as infecciosas e parasit rias e seus condicionantes em popula es Introdu Aspectos gerais dos protozo PRINCIPAIS doen as CAUSADAS por protozo Giard Ameb Tricomon Doen a de Mal Conclus oRefer ncia Bibliogr ficas133 PRINCIPAIS doen as infecciosas e parasit rias e seus condicionantes em popula es humanasLicenciatura em Ci ncias USP/Univesp M dulo Introdu oO reino Protista constitu do por aproximadamente esp cies conhecidas, das quais s o parasitas de diferentes animais, sendo que apenas umas dezenas de esp cies infectam o homem. No reino Protista, encontram-se os protozo rios . Alguns protozo rios parasitas podem causar diversas doen as que afetam a sa de da popula aula, estudaremos as PRINCIPAIS doen as CAUSADAS por protozo rios que afetam a sa de humana, entre as quais podemos citar: Giard ase, Ameb ase, Tricomon ase, Toxoplasmose, Leishmaniose, Doen a de Chagas e Mal Aspectos gerais dos protozo riosOs protozo rios s o seres eucariontes, ou seja, possuem n cleo celular organizado dentro de uma carioteca, sendo a maioria heter trofos

A Giardia lamblia apresenta-se em duas formas: o trofozoíto e o cisto (Figura 6.2). O trofozoíto tem formato de pera e o cisto é oval e elipsoide. Giardia lamblia é um parasita monóxeno, ou seja, não requer um hospedeiro intermediário (Figura 6.3). A via normal de infecção ocorre pela ingestão de cistos.

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  Rios, Giardia, Lamblia, 193 rio, Protozo, Giardia lamblia

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1 Susana Segura Mu ozAna Paula Morais Fernandes6 PRINCIPAIS DOEN AS CAUSADAS POR protozo RIOSL icenciatura em ci ncias USP/ UnivespPrincipais doen as infecciosas e parasit rias e seus condicionantes em popula es Introdu Aspectos gerais dos protozo PRINCIPAIS doen as CAUSADAS por protozo Giard Ameb Tricomon Doen a de Mal Conclus oRefer ncia Bibliogr ficas133 PRINCIPAIS doen as infecciosas e parasit rias e seus condicionantes em popula es humanasLicenciatura em Ci ncias USP/Univesp M dulo Introdu oO reino Protista constitu do por aproximadamente esp cies conhecidas, das quais s o parasitas de diferentes animais, sendo que apenas umas dezenas de esp cies infectam o homem. No reino Protista, encontram-se os protozo rios . Alguns protozo rios parasitas podem causar diversas doen as que afetam a sa de da popula aula, estudaremos as PRINCIPAIS doen as CAUSADAS por protozo rios que afetam a sa de humana, entre as quais podemos citar: Giard ase, Ameb ase, Tricomon ase, Toxoplasmose, Leishmaniose, Doen a de Chagas e Mal Aspectos gerais dos protozo riosOs protozo rios s o seres eucariontes, ou seja, possuem n cleo celular organizado dentro de uma carioteca, sendo a maioria heter trofos, embora alguns sejam aut trofos, produzem clorofila e com ela fazem a fotoss ntese, e assim conseguem produzir seus pr prios acordo com a locomo o no meio aqu tico, os protozo rios s o classificados como: Ciliados, que se locomovem mediante o batimento de c lios.

2 Flagelados, que se movimentam por meio de flagelos, estruturas mais adaptadas para a nata o; Riz podos, que se rastejam com movimento ameboide, um tipo de locomo o no qual os microrganismos v o mudando a forma do seu corpo pela emiss o de pseud podes (do grego pseudo, que significa falso, e podo, p ; portanto, falsos p s ); Esporozo rios , que n o possuem organelas locomotoras nem vac olos contr teis; esses microrganismos parasitas se disseminam pelo ambiente atrav s da produ o de muitos esporos, que s o levados pela gua e pelo ar, ou s o levados atrav s de animais vetores (moscas, mosquitos, carrapatos etc.), que se contaminam com esses protozo rios patog nicos, ficam doentes e transmitem essas doen as para outros Figura , s o apresentados esquematicamente os protozo rios segundo o tipo de locomo PRINCIPAIS doen as CAUSADAS por protozo riosLicenciatura em Ci ncias USP/Univesp M dulo 5A maioria dos protozo rios apresenta vida livre e aqu tica, podendo ser encontrada na gua doce, salobra ou gua salgada, leva vida livre tamb m em lugares midos, rastejando pelo solo ou sobre mat ria org nica em decomposi o.

3 No entanto, algumas esp cies levam vida parasit ria nos organismos de diversos hospedeiros e, assim, passam a maior parte da vida parasitando diversas esp cies de seres vivos, causando muitas doen as. A reprodu o dos protozo rios geralmente assexuada, acontecendo por divis o m ltipla, onde o microrganismo apenas se divide em c pias dele mesmo. Alguns produzem esporos para se disseminar pelo ambiente; outros, s vezes, tamb m apresentam reprodu o sexual, havendo n tida troca de material gen tico entre um microrganismo e : Tipos de protozo rios , segundo suas estruturas de locomo o. a) Riz podes: locomo o por pseud podes; b) Ciliados: locomo o por c lios; c) Flagelados: locomo o porflagelos; d) Esporozo rios : aus ncia de organelas de locomo doen as infecciosas e parasit rias e seus condicionantes em popula es humanasLicenciatura em Ci ncias USP/Univesp M dulo PRINCIPAIS doen as CAUSADAS por protozo Giard aseA giard ase uma infec o do intestino delgado, causada pela giardia lamblia , um parasita unicelular.

4 A giard ase ocorre em todo o mundo e , especialmente, frequente entre as crian as e nos locais onde as condi es sanit rias s o deficientes. O g nero giardia inclui flagelados parasitos do intestino delgado. O parasita trans-mitido de uma pessoa para outra atrav s de cistos eliminados pelas fezes. A giard ase uma das causas mais comuns de diarreia entre crian as que, em consequ ncia da infec o, muitas vezes apresentam problemas de m nutri o e retardo no desenvolvi-mento. A transmiss o verificada diretamente entre crian as ou parceiros sexuais ou ainda, de forma indireta, atrav s de alimentos ou gua giardia lamblia apresenta-se em duas formas: o trofozo to e o cisto (Figura ). O trofozo to tem formato de pera e o cisto oval e lamblia um parasita mon xeno, ou seja, n o requer um hospedeiro intermedi rio (Figura ).

5 A via normal de infec o ocorre pela ingest o de cistos. Ap s a ingest o do cisto, o desencistamento iniciado no meio cido do est -mago e completado no duodeno e jejuno, onde ocorre a coloniza o do intestino delgado pelos trofozo tos. Estes se reproduzem por divis o bin ria longitudinal. O ciclo se completa pelo encis-tamento do parasita e sua elimina o para o meio exterior. Esse processo inicia-se no baixo leo e no ceco. O encistamento provocado pela altera o no pH intestinal, est mulo de sais biliares e destacamento do trofozo to da mucosa. Ao redor do trofozo to secretada, pelo parasita, uma membrana c stica resistente que tem quitina em sua composi o. Os cistos s o resistentes e, em condi es favor veis de temperatura e umidade, podem sobreviver por alguns meses no : giardia lamblia : Trofozo ta e PRINCIPAIS doen as CAUSADAS por protozo riosLicenciatura em Ci ncias USP/Univesp M dulo 5Os sintomas, que costumam ser ligeiros, incluem n useas intermitentes, flatul ncia, queixas abdominais, fezes volumosas e com mau cheiro e diarreia.

6 Se a afec o grave, poss vel que o doente n o consiga absorver dos alimentos os nutrientes mais importantes e, como resultado, perde muito peso. Os mecanismos pelos quais a giardia provoca diarreia e m absor o intestinal n o s o bem conhecidos, mas acredita-se que haja mudan as na arquitetura da mucosa intestinal. Figura : Ciclo de vida de giardia lamblia . / Fonte: Adaptado de doen as infecciosas e parasit rias e seus condicionantes em popula es humanasLicenciatura em Ci ncias USP/Univesp M dulo 5 Esta pode apresentar-se normal ou com atrofia parcial, relacionada resposta imunol gica do hospedeiro ante o parasito. A dissemina o da giard ase est relacionada a inadequadas condi es de higiene, educa o sanit ria e alimenta o. A falta de sistemas de coleta e tratamento de esgotos bem como de abastecimento de gua pot vel causam a dissemina o da doen a.

7 Muitas vezes, a doen a autolimitada, mas em alguns casos conveniente tratar dela com o uso de antiparasit rios como: tinidazol, metronidazol ou albendazol, seguindo as orienta es do m Ameb aseO g nero Entamoeba tem v rias esp cies; no entanto, as mais importantes no contexto da sa de humana s o: Entamoeba Histolytica e Entamoeba coli. S o organismos unicelulares que se deslocam por meio de pseud podes. As esp cies de ameba do g nero Entamoeba apresentam-se em duas formas: o trofozo to e o cisto. Na forma trofozo tica (Figura ), alimentam-se por fagocitose, pinocitose ou transporte atrav s da membrana. Reproduzem-se por divis o simples e, geralmente, formam cistos, que asseguram a dispers o no meio ou a passagem de um hospedeiro a outro. As esp cies de ameba pertencentes ao g nero Entamoeba foram reunidas em grupos diferentes, segundo o n mero de n cleos do cisto maduro ou pelo desconhecimento dessa forma: A Entamoeba coli possui um cisto com 8 n cleos e a Entamoeba histolytica pode ser identificada por ter cistos de 4 n cleos.

8 A infec o se inicia pela ingest o de cisto maduros, junto com gua e alimentos contaminados (Figura ). Os cistos passam pelo est mago, resistindo a o do suco g strico, chegam ao final do intestino delgado ou in cio do intestino grosso, onde ocorre o descencistamento. A Entamoeba histolytica o agente etiol gico da ameb ase, um importante problema de sa de p blica que leva ao bito, anualmente, cerca de pessoas no : Entamoeba histolytica, trofozo PRINCIPAIS doen as CAUSADAS por protozo riosLicenciatura em Ci ncias USP/Univesp M dulo 5Em seguida, o cisto sofre sucessivas divis es nucleares e citoplasm ticas, dando origem a quatro e depois oito trofozo tos, chamados de trofozo tos metac sticos. Esses trofozo tos migram para o intestino grosso, onde se colonizam. Em geral, os trofozo tos ficam aderidos mucosa do intestino, vivendo como comensal, alimentando-se de detritos e de bact rias.

9 Sob certas circunst ncias, ainda n o muito bem conhecidas, podem desprender-se da parede intestinal, na luz do intestino grosso, principalmente no c lon, sofrer a a o da desidrata o, eliminar subst ncias nutritivas presentes no citoplasma, transformando-se em pr -cistos e, em seguida, secretam uma membrana c stica e se transformam em cistos. Os cistos s o eliminados nas fezes. Figura. : Ciclo de vida de E. histolytica. / Fonte: Adaptado de doen as infecciosas e parasit rias e seus condicionantes em popula es humanasLicenciatura em Ci ncias USP/Univesp M dulo 5Em situa es que n o s o bem conhecidas, o equil brio parasita-hospedeiro pode ser rompido e os trofozo tos invadem a mucosa intestinal, formando lceras mediante processos de multiplica o ativa. Nessa fase, o paciente apresenta in meras evacua es mucossanguinolentas, prostra es e desidrata o.

10 As complica es da ameb ase intestinal s o muito variadas e podem atingir at 4% dos casos, interferindo na morbidade e mortalidade. No interior das lceras, podem alcan ar a circula o porta, atingir outros rg os como o f gado e, posteriormente, pulm o, rim, c rebro ou pele, causando ameb ase extraintestinal. A forma extraintestinal rara em nosso meio alguns casos de abcessos amebianos no f gado t m sido descritos na Amaz nia. Estima-se que existam cerca de480 milh es de pessoas no mundo infectadas com a E. histolytica, das quais s 10% apresentam formas invasoras, isto , altera es intestinais ou extraintestinais. A dissemina o da ameb ase est relacionada a prec rias condi es de higiene, educa o sanit ria e alimenta o dos povos de regi es subdesenvolvidas ou em desenvolvimento.


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