PROGRAMA E METAS CURRICULARES DE ORTUGUÊS

1 PROGRAMA E METAS CURRICULARES DE PORTUGU S DO ENSINO B SICO HELENA C. BUESCU, JOS MORAIS, MARIA REGINA ROCHA, VIOLANTE F. MAGALH ES Maio de 2015 2 SUM RIO p g. INTRODU O 3 PROGRAMA 4 Objetivos 5 1. Ciclo Caracteriza o 7 Conte dos 8 2. Ciclo Caracteriza o 19 Conte dos 20 3. Ciclo Caracteriza o 27 Conte dos 28 Metodologia 38 Avalia o 38 Bibliografia 39 METAS CURRICULARES 43 1. Ciclo 1. Ano 44 2. Ano 48 3. Ano 53 4. Ano 58 2. Ciclo 5. Ano 64 6. Ano 69 3. Ciclo 7. Ano 74 8. Ano 79 9. Ano 84 ANEXO LISTA DE OBRAS E TEXTOS 89 3 INTRODU O As METAS CURRICULARES de Portugu s do Ensino B sico, homologadas a 3 de agosto de 2012 (Despacho n.)

2 5306/2012), foram elaboradas no mbito da Revis o da Estrutura Curricular, consignada no Decreto Lei n. 139/2012, de 5 de julho, que visa melhorar a qualidade do ensino e da aprendizagem atrav s de uma cultura de rigor e de excel ncia desde o Ensino B sico. Com o objetivo de harmonizar o presente PROGRAMA , homologado em 2015, com as METAS CURRICULARES de Portugu s, homologadas em 2012, retomam se neste documento estas METAS , introduzindo se t o s altera es decorrentes da necessidade de algumas corre es formais e da incorpora o de explicita es inclu das em contributos recebidos durante o per odo da consulta p blica. Houve, ainda, preocupa o com o refor o da exequibilidade deste PROGRAMA , pelo que se enfatizam, nos dom nios da Leitura e Escrita, g neros e textos considerados essenciais, passando alguns outros, constantes das METAS CURRICULARES , a opcionais.

3 Estes casos s o devidamente assinalados em nota de rodap e s o compat veis com os materiais did ticos em uso. Com o mesmo objetivo de exequibilidade, reduziu se ainda o n mero de textos de Educa o Liter ria a trabalhar nos tr s ciclos. O PROGRAMA define os conte dos por ano de escolaridade e apresenta uma ordena o sequencial e hier rquica para os nove anos do Ensino B sico. As METAS CURRICULARES definem, ano a ano, os objetivos a atingir, com refer ncia expl cita aos conhecimentos e s capacidades a adquirir e desenvolver pelos alunos, estabelecendo os descritores de desempenho1 que permitem avaliar a consecu o dos objetivos. Os conte dos do PROGRAMA est o profundamente articulados com as METAS CURRICULARES , refor ando a subst ncia e a coer ncia da aprendizagem. A organiza o dos conte dos nos tr s ciclos de Ensino B sico permite expandir um n cleo curricular, configurar um percurso coerente, delinear o perfil de um falante e de um escrevente aut nomo na utiliza o multifuncional e cultural da l ngua, capaz de progredir para outros graus de ensino.

4 PROGRAMA e correspondentes METAS CURRICULARES estruturam se em quatro dom nios de refer ncia no 1. e no 2. Ciclo (Oralidade, Leitura e Escrita, Educa o Liter ria, Gram tica) e cinco no 3. Ciclo (os mesmos, mas com separa o dos dom nios da Leitura e da Escrita). A interdepend ncia entre PROGRAMA e METAS CURRICULARES manifesta se no facto de a operacionaliza o dos conte dos ser definida nos descritores de desempenho constantes das METAS CURRICULARES . Assim, no PROGRAMA , em cada dom nio, os conte dos s o acompanhados da remiss o para os objetivos e descritores de desempenho das METAS CURRICULARES com os quais se articulam. Nas METAS CURRICULARES est o elencados objetivos e descritores de desempenho avali veis, permitindo que os professores se concentrem no que essencial e ajudando a delinear as melhores estrat gias de ensino.

5 Os descritores de desempenho dos diferentes objetivos foram selecionados e elaborados no sentido de permitirem que cada um deles seja objeto de ensino expl cito e formal. Para que tal ensino conduza a uma s lida aprendizagem, deve proporcionar a observa o das ocorr ncias de natureza lingu stica e liter ria, a sua problematiza o (sempre adequada ao n vel de ensino), a clarifica o da informa o e a exercita o por parte do aluno, contribuindo para uma maior efic cia do ensino do Portugu s em Portugal. 1 O descritor de desempenho consiste num enunciado preciso e objetivo, por meio do qual se refere o que se espera que o aluno seja capaz de fazer no final do ano letivo. 4 PROGRAMA DE PORTUGU S DO ENSINO B SICO 5 OBJETIVOS 1.

6 Adquirir e desenvolver estrat gias de escuta ativa com vista a reter informa o essencial, a desenvolver a compreens o, e a produzir enunciados orais em contextos espec ficos. 2. Compreender as diferentes intencionalidades comunicativas nas situa es de oralidade e saber utiliz las criticamente, n o s no quotidiano como na produ o de discursos em contextos formais, designadamente discursos de apresenta o e discursos de argumenta o. 3. Produzir textos orais em portugu s padr o, segundo categorias e g neros espec ficos, complexificando progressivamente as suas diferentes dimens es e caracteriza es. 4. Usar fluentemente a l ngua, mobilizando diversos recursos verbais e n o verbais, e utilizando de forma oportuna recursos tecnol gicos. 5. Adquirir, interiorizar e automatizar os processos que permitem a decodifica o do texto escrito, com vista a uma leitura individual fluente.

7 6. Desenvolver e consolidar a capacidade de leitura de textos escritos, de diferentes g neros e com diferentes temas e intencionalidades comunicativas. 7. Compreender a associa o entre o c digo oral e o c digo escrito, apropriando se das caracter sticas deste ltimo, de modo a redigir com corre o lingu stica. 8. Desenvolver a capacidade de adequar formas de escrita a diferentes situa es de comunica o e em contextos espec ficos, fazendo uso reflexivo das diversas modalidades da l ngua. 9. Produzir textos com objetivos cr ticos, pessoais e criativos. 10. Produzir textos escritos de diferentes categorias e g neros, conhecendo e mobilizando as diferentes etapas da produ o textual: planifica o, textualiza o e revis o. 11. Dominar os procedimentos que asseguram um adequado desenvolvimento textual, tem tico e discursivo, com progressiva consolida o do dom nio dos g neros escolares, nomeadamente a exposi o e a argumenta o.

8 12. Consolidar os dom nios da leitura e da escrita do portugu s como principal ve culo da constru o cr tica do conhecimento. 13. Monitorizar, de formas variadas e regulares, a compreens o e a produ o de textos orais e escritos. 14. Interpretar textos orais e escritos, de express o liter ria e n o liter ria, de modalidades gradualmente mais complexas. 15. Interpretar textos liter rios de diferentes g neros e graus de complexidade, com vista constru o de um conhecimento sobre a literatura e a cultura portuguesas, valorizando as enquanto patrim nio de uma comunidade. 16. Apreciar criticamente a dimens o est tica dos textos liter rios, portugueses e estrangeiros, e o modo como manifestam experi ncias e valores. 17. Reconhecer a inscri o da matriz cultural na aprendizagem do Portugu s. 6 18.

9 Construir um progressivo dom nio do funcionamento da l ngua, na oralidade e na escrita, atrav s da capacidade de reflex o sobre as suas regularidades, de modo a ganhar autonomia no uso dos c digos da mesma. 19. Mobilizar os conhecimentos gramaticais para aperfei oar as capacidades de interpretar e produzir enunciados orais e escritos. 20. Adquirir um conhecimento reflexivo sobre a l ngua e explicitar e sistematizar aspetos fundamentais da estrutura do portugu s padr o. 21. Compreender o portugu s padr o e fazer uso adequado dele nas diversas situa es de oralidade, de leitura e de escrita. 7 1. CICLO CARACTERIZA O O 1. Ciclo do Ensino B sico constitui uma etapa fundamental no percurso escolar dos alunos. Surgem como dom nios da disciplina de Portugu s, nas suas dimens es lingu stica e cultural, a Oralidade, a Leitura e a Escrita, a Educa o Liter ria e a Gram tica.

10 A popula o que ingressa no Ensino B sico caracteriza se por uma grande diversidade no que respeita tanto compreens o quanto express o oral. Assim, miss o do 1. Ciclo do Ensino B sico aprofundar o conhecimento e o dom nio da linguagem oral. O trabalho sobre a compreens o da oralidade influencia tamb m a qualidade da exposi o dos alunos, por exigir deles uma estrutura o, um rigor e uma propriedade lexical cada vez maiores na express o do que querem dizer. No dom nio da Oralidade, importa salientar a aquisi o das regras inerentes ao princ pio de cortesia e ao princ pio de coopera o, o desenvolvimento das capacidades articulat rias e pros dicas, o da capacidade de compreens o do oral e o da capacidade de express o oral, n o s na sua vertente de intera o verbal, como na de produ o de pequenos textos, com progressiva autonomia.