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Sistema Imunitário – Parte II Fundamentos da resposta ...

ARTIGO DE REVIS O. Sistema Imunit rio Parte II. Fundamentos da resposta imunol gica mediada por linf citos T e B. Danilo Mesquita J nior1, J lio Ant nio Pereira Ara jo2, T nia Tieko Takao Catelan3, Alexandre Wagner Silva de Souza4, Wilson de Melo Cruvinel1, Lu s Eduardo Coelho Andrade6, Neusa Pereira da Silva6. RESUMO. O Sistema imunol gico constitu do por uma intrincada rede de rg os, c lulas e mol culas, e tem por finalidade manter a homeostase do organismo, combatendo as agress es em geral. A imunidade inata atua em conjunto com a imunidade adaptativa e caracteriza-se pela r pida resposta agress o, independentemente de est mulo pr vio, sendo a primeira linha de defesa do organismo.

Aspectos moleculares e celulares da imunidade inata Rev Bras Reumatol 2010;50(5):552-80 553 deixam a medula e entram na circulação, migrando para os órgãos linfoides secundários1,2,3 (Figura 1). As moléculas responsáveis pelo reconhecimento de antí-

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1 ARTIGO DE REVIS O. Sistema Imunit rio Parte II. Fundamentos da resposta imunol gica mediada por linf citos T e B. Danilo Mesquita J nior1, J lio Ant nio Pereira Ara jo2, T nia Tieko Takao Catelan3, Alexandre Wagner Silva de Souza4, Wilson de Melo Cruvinel1, Lu s Eduardo Coelho Andrade6, Neusa Pereira da Silva6. RESUMO. O Sistema imunol gico constitu do por uma intrincada rede de rg os, c lulas e mol culas, e tem por finalidade manter a homeostase do organismo, combatendo as agress es em geral. A imunidade inata atua em conjunto com a imunidade adaptativa e caracteriza-se pela r pida resposta agress o, independentemente de est mulo pr vio, sendo a primeira linha de defesa do organismo.

2 Seus mecanismos compreendem barreiras f sicas, qu micas e biol gicas, componentes celulares e mol culas sol veis. A primeira defesa do organismo frente a um dano tecidual envolve diversas etapas intimamente integradas e constitu das pelos diferentes componentes desse Sistema . A presente revis o tem como objetivo resgatar os Fundamentos dessa resposta , que apresenta elevada complexidade e constitu da por diversos componentes articulados que convergem para a elabora o da resposta imune adaptativa. Destacamos algumas etapas: reconhecimento molecular dos agentes agressores; ativa o de vias bioqu micas intracelulares que resultam em modifica es vasculares e teciduais.

3 Produ o de uma mir ade de mediadores com efeitos locais e sist micos no mbito da ativa o e prolifera o celulares, s ntese de novos produtos envolvidos na quimioatra o e migra o de c lulas especializadas na destrui o e remo o do agente agressor, e finalmente a recupera o tecidual com o restabelecimento funcional do tecido ou rg o. Palavras-chave: imunidade inata, inflama o, autoimunidade, PAMPs, receptores toll-like. medula ssea e, ao final de sua matura o, deixam a medula ORIGEM e entram na circula o, migrando para os rg os linfoides C lulas tronco pluripotentes da medula ssea d o origem s secund rios (Figura 1).

4 C lulas progenitoras mieloides e linfoides. Os progenitores linfoides, por sua vez, d o origem aos linf citos T, B e c lulas LINF CITOS B. NK. As c lulas que v o se diferenciar em linf citos T (LT). deixam a medula ssea e migram para o timo, onde ocorre Os LB s o inicialmente produzidos no saco vitelino, posterior- todo o processo de sele o e matura o. Apenas os linf citos mente, durante a vida fetal, no f gado e finalmente na medula T maduros deixam o timo e caem na circula o. As c lulas, ssea. As c lulas que v o se diferenciar em LB permanecem que v o se diferenciar em linf citos B (LB), permanecem na na medula ssea durante sua matura o e os LB maduros Recebido em 27/08/2010.

5 Aprovado, ap s revis o, em 23/09/2010. Declaramos a inexist ncia de conflitos de interesse. Universidade Federal de S o Paulo UNIFESP. 1. Doutorando em Reumatologia da Universidade Federal de S o Paulo UNIFESP. 2. Mestre em Reumatologia pela Universidade Federal de S o Paulo UNIFESP. 3. Mestrando em Reumatologia da Universidade Federal de S o Paulo UNIFESP. 4. M dico Assistente da Disciplina de Reumatologia da Universidade Federal de S o Paulo UNIFESP. 5. Doutorando em Reumatologia da Universidade Federal de S o Paulo UNIFESP e Professor-assistente de imunologia dos cursos de Medicina e Biomedicina da Pontif cia Universidade Cat lica de Goi s PUC-Goi s 6.

6 Professor Adjunto da Disciplina de Reumatologia da Universidade Federal de S o Paulo (UNIFESP). Endere o para correspond ncia: Neusa Pereira da Silva. Rua Botucatu, 740, 3 andar, CEP: 04023-900, S o Paulo, Brasil. Tel/fax: 55 (11) 5576-4239. Email: 552 Rev Bras Reumatol 2010;50(5):552-80. RBR 552 21/10/2010 15:46:45. Aspectos moleculares e celulares da imunidade inata dissulfeto. Existem cinco tipos de cadeias pesadas denominadas , , , e , que definem as classes de imunoglobulina IgA, IgG, IgD, IgE e IgM. As cadeias leves s o de dois tipos, appa ( ) e lambda ( ). A especificidade de liga o ao ant geno.

7 Definida pela por o vari vel (Fab) da mol cula, constitu da pela uni o das regi es vari veis das cadeias leve e pesada da imunoglobulina. As propriedades caracter sticas de cada classe de Ig podem ser vistas na Tabela ,3. Tabela 1 Caracter sticas b sicas das classes de imunoglobulinas Classe Estrutura Propriedades IgA Dim rica Encontrada em mucosas do trato gastrointestinal, respirat rio e urogenital. Monom rica Previne coloniza o por pat genos. Presente tamb m na saliva, l grimas e leite. IgD Monom rica Imunoglobulina de membrana. Faz Parte do receptor de membrana de linf citos B virgens (BCR).

8 IgE Monom rica Envolvida em processos al rgicos e parasit rios. Sua intera o com bas filos e mast citos causa libera o de histamina. IgG Monom rica Principal imunoglobulina da imunidade adquirida. Tem capacidade de atravessar a barreira placent ria. IgM Monom rica Faz Parte do receptor de membrana de linf citos B virgens (BCR). Pentam rica Forma encontrada no soro, secretada precocemente na resposta imune adquirida. Figura 1. Est gios de matura o da c lula B na medula ssea a partir da c lula tronco pluripotente. Inicialmente os linf citos B. passam por ciclos de prolifera o com concomitante express o das cadeias do receptor da c lula B (BCR).

9 C lulas que falham ORGANIZA O DOS GENES. na express o do BCR s o eliminadas e c lulas que reconhecem prote nas pr prias com elevada afinidade s o estimuladas a DAS IMUNOGLOBULINAS. sofrer morte apopt tica (sele o negativa). Na Parte inferior Cada cadeia de imunoglobulina formada a partir de segmen- da figura est o esquematizados os est gios de desenvolvimento das c lulas T a partir da migra o de seus precursores da me- tos g nicos que se rearranjam em uma sequ ncia espec fica dula ssea para o timo. Na Parte inferior direita temos a vis o para constituir a cadeia completa (Figura 1).

10 A por o vari vel esquem tica de uma mol cula de IgG secretada. da cadeia pesada das imunoglobulinas codificada pelos seg- mentos VH, DH e JH. H mais de 50 genes VH, ~25 DH e 6. JH dispostos sequencialmente no cromossomo, seguidos das deixam a medula e entram na circula o, migrando para os regi es constantes C , C , C 3, C 1, C 1, C 4, C 2, C 1 e rg os linfoides secund rios1,2,3 (Figura 1). C 2. Nas cadeias leves os segmentos s o: ~35 V , 5 J e um As mol culas respons veis pelo reconhecimento de ant - s segmento C ; ~30 V e 4 conjuntos J C .2. genos nos LB s o as imunoglobulinas de membrana, IgM e IgD.


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