A INFLUÊNCIA DOS FATORES AMBIENTAIS NO …

1 A INFLU NCIA DOS FATORES AMBIENTAIS NO DESENVOLVIMENTO INFANTIL Greicim ra S. Do Nascimento 1 Mara R bia Bispo Orth 2 Resumo: A tem tica a influ ncia dos FATORES AMBIENTAIS no desenvolvimento infantil surge da pesquisa PIIC/URI, denominada FATORES AMBIENTAIS e sua influ ncia na educa o infantil. Objetiva refletir criticamente sobre a influ ncia dos FATORES AMBIENTAIS (ambiente familiar, f sico, social, cultural e escolar) no desenvolvimento infantil. H v rios FATORES que agem para facilitar ou contrariar o desenvolvimento humano, como o ambiente e os FATORES dele decorrentes. Por m, o papel dos educadores torna-se essencial. Eles devem conhecer os diferentes ambientes em que suas crian as interagem para assim compreender seu comportamento, suas a es, sua maneira de aprender e seu processo de desenvolvimento, bem como a influ ncia que os mesmos exercem sobre ele.

2 A escola, partindo do conhecimento de onde vivem (ambiente familiar e f sico) e onde se situam (ambiente social e cultural) as crian as, define o seu ambiente educativo, de forma a contemplar todos os aspectos necess rios a boa forma o de seus alunos. Palavras-Chave: ambiente; crian a; desenvolvimento infantil Abstract: The thematic a influence of the ambient factors in the infantile development appears of research PIIC/URI, called ambient factors and its influence in the infantile education. Objective to reflect criticamente on the influence of the ambient factors (surrounding familiar, physical, social, cultural and pertaining to school) in the infantile development. It has some factors that act to facilitate or to oppose the development, as the decurrent environment and factors of it. However, the paper of the educators becomes essential.

3 They must know different environments where its children interact thus to understand its behavior, its action, its way to learn and its process of development, as well as the influence that the same ones exert on it. The school, leaving of the knowledge of where they live (surrounding familiar and physical) and where if they point out (surrounding social and cultural) the children, defines its educative environment, of form to contemplate all the necessary aspects the good formation of its pupils. Key words: environment; child; infantile development INTRODU O A tem tica a influ ncia dos FATORES AMBIENTAIS no desenvolvimento infantil surge da pesquisa PIIC/URI, denominada FATORES AMBIENTAIS e sua influ ncia na educa o infantil . 1 Bolsista de Inicia o Cient fica, Acad mica do 7 Semestre do Curso de Pedagogia Doc ncia na Educa o Infantil da URI Campus de Erechim.

4 2 Mestre em Educa o, Coordenadora e Professora do Curso de Pedagogia da URI Campus de Erechim. Tem por objetivo refletir criticamente sobre como os FATORES AMBIENTAIS (ambiente familiar, f sico, social, cultural e escolar) exercem influ ncia no desenvolvimento infantil. Entende-se que h v rios FATORES que agem para facilitar ou contrariar o desenvolvimento, dentre eles o ambiente e os FATORES decorrentes dele. Por m, o papel dos educadores torna-se essencial, pois devem ter conhecimento e levar em conta todos os FATORES AMBIENTAIS de seu aluno para poder compreender a maneira do mesmo agir e aprender. Muitos comportamentos e a es vistos na escola podem decorrer dos FATORES AMBIENTAIS onde as crian as est o inseridas e isso preciso ser compreendido e bem trabalhado pelos professores. Nesse sentido, o estudo ora apresentado tem por base pesquisa bibliogr fica sobre os FATORES AMBIENTAIS , embasado em leituras e an lise do pensamento de te ricos da educa o sobre a rela o crian a-ambiente.

5 Nessa dire o que o texto encontra-se estruturado da seguinte maneira: Primeiramente uma abordagem dos conceitos de ambiente segundo diferentes autores, tais como:David Molden, Aur lio Buarque de Holanda e Paul Folqui . Posteriormente, fala-se da rela o crian a-ambiente a partir do pensamento de te ricos da educa o como: Rousseau, Froebel, Makarenko, Piaget, Vygotsky, Montessori, Decroly, Freinet e Charlot. Em seguida, apresenta-se os n veis de representa o sobre ambiente e a influ ncia que cada um exerce sobre o desenvolvimento por fim, destaca-se o ambiente escolar, enfatizando as condi es AMBIENTAIS favor veis para que o ambiente escolar seja realmente educativo e contribua para o progresso dos alunos. 1 CONCEITUANDO AMBIENTE Para compreender a rela o do ambiente com aprendizagem e desenvolvimento infantil,bem como diagnosticar a influ ncia dos FATORES AMBIENTAIS nesse processo , faz-se necess rio antes de mais nada, a conceitualiza o da palavra ambiente.

6 Ambiente, segundo o Dicion rio Aur lio (1999, ) uma palavra de origem latina, que significa aquilo que cerca ou envolve os seres vivos ou as coisas; por todos os lados; o conjunto de condi es materiais e morais que envolve algu m. Para Molden, (1998, ), o ambiente consiste no conjunto das subst ncias ou condi es em que existe determinado objeto ou em que ocorre determinada a o. J para Foulqui (1976, ) em seu Dicion rio de Pedagogia , ambiente tamb m a atmosfera moral (alegre, animada ou triste, s ria ou fr vola, etc.) resultando em uma agrupa o humana (ponto de vista social). Segundo o autor, por muitos dado a educa o o nome de ambiente de auto-educa o. Nesse vi s, o material auto-educativo constitui para Montessori o meio primordial para estabelecer o ambiente. No dicion rio de ambiente3 encontra-se a seguinte defini o: Conjunto dos sistemas f sicos, ecol gicos, econ micos e s cio-culturais com efeito direto ou indireto sobre a qualidade de vida do homem.

7 Observando esses conceitos e defini es trazidos por diferentes autores de diferentes reas, not rio a semelhan a que ambos apresentam. A palavra ambiente quase sempre conceitualizada por um conjunto (de condi es, de subst ncias, de ) no qual o ser humano faz parte e parte integrante. E o bom ou mau andamento desse conjunto o que determina a qualidade de vida do homem, ou seja, os FATORES que influenciam a sua vida social, psicol gica, cultural, moral, escolar, que constituem, por sua vez, diferentes ambientes. que exterior ao organismo 2 FALANDO NAS RELA ES CRIAN A-AMBIENTE Partindo da conceitualiza o de ambiente como um conjunto de condi es que influenciam a vida social, cultural, moral e at mesmo escolar do homem, poss vel perceber como ele um agente continuamente presente na viv ncia humana. De fato, grande parte do comportamento do indiv duo envolve a intera o com o espa o e no espa o, desde atividades simples, como alimentar-se e vestir-se, at atividades complexas, como definir um percurso na cidade.

8 Diante disso, percebe-se a grande import ncia do ambiente para o desenvolvimento infantil, pois nele que a crian a estabelece a rela o com o mundo e com as pessoas e ele que vai garantir a sua forma o e a sua qualidade de vida social, moral, psicol gica e cultural. Nesse vi s, o papel do ambiente no desenvolvimento infantil, uma quest o fundamental para o desenvolvimento humano. Rousseau em sua obra Em lio ou Da Educa o , traz a concep o de uma educa o natural. A crian a precisa ser criada livremente, ou seja, deve-se respeitar a liberdade e a natureza da crian a, educando-a em um ambiente livre e que a crian a criada livremente, no campo, ter mais facilidade para falar e aprender (por si mesmas elas 3 aprendem). N o deveis deixar que a crian a seja metida em outros inv lucros que a apertem ainda mais.

9 Nada de testeiras e nada de faixas; fraldas soltas e largas que deixem todos os seus membros em liberdade e n o sejam nem muito pesadas para atrapalhar seus movimentos, nem quentes demais para impedir que sinta as impress es do ar. Colocai-a num grande ber o, onde ela possa movimentar-se vontade e sem perigo. Quando come ar a ficar mais forte, deixai-a engatinhar pelo quarto; deixai que a crian a se desenvolva e estique as perninhas e os bracinhos e vereis que ela se fortalecer a cada dia. Comparai-a com outra crian a bem enfaixada, da mesma idade, e ficareis admirados com a diferen a de seus progressos. (ROUSSEAU, 1999, p. 42 e 43). A inf ncia para Rousseau caracterizada como a Idade da Natureza. A educa o n o vem de fora, a express o livre da crian a no seu contato com a natureza. A crian a precisa ser criada livremente.

10 Precisa correr e cair cem vezes por dia, assim aprender mais cedo a se levantar. Ela pode e deve sentir dor. Sofrer a primeira coisa que dever aprender, para que quando seja adulto n o acredite morrer a primeira picada e desmaie ao ver a primeira gota de sangue. [..] na inf ncia, onde as dores s o menos sens veis, que devemos multiplic -las, para poup -las na idade da raz o. (ROUSSEAU, 1999, p. 236) J Froebel (1985), defendendo o jogo, a psicomotricidade e a jardinagem como atividades a serem incentivadas e praticadas nas escolas, alertou para a integra o escola-natureza e, portanto, para as necessidades desta conter espa os livres utiliz veis pelos estudantes. Nessa perspectiva, para Makarenko (1981), n o o educador que educa, mas sim o ambiente, por isso necess rio que o ambiente seja acolhedor, prop cio e favor vel ao aprendizado e desenvolvimento da crian a, n o s o ambiente escolar como tamb m o familiar.