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IMPORTÂNCIA DO ÁLCOOL NO CONTROLE DE …

IMPORT NCIA DO LCOOL NO CONTROLE DE INFEC ES EM SERVI OS DE SA DE AUTORES: Ad lia Aparecida Mar al dos Santos1, Mariana Pastorello Verotti2, Javier Afonso Sanmartin3, Eni Rosa Aires Borba Mesiano4. RESUMO A aten o sa de constantemente desafiada por infec es relacionadas aos procedimentos assistenciais, que resultam em aumento na gravidade das doen as, no tempo de interna o, na mortalidade e nos custos. O lcool possui propriedades microbicidas reconhecidamente eficazes para eliminar os germes mais freq entemente envolvidos nestas infec es, sendo imprescind vel na realiza o de a es simples de preven o como a anti-sepsia das m os, a desinfec o do ambiente e de artigos m dico-hospitalares. Al m disto, adquirido com baixo custo, possui f cil aplicabilidade e toxicidade reduzida. Este artigo apresenta uma revis o sobre as caracter sticas anti-s pticas e desinfetantes do lcool, com suas aplica es e limita es na busca de redu o na freq ncia e na gravidade das infec es relacionadas assist ncia sa de.

IMPORTÂNCIA DO ÁLCOOL NO CONTROLE DE INFECÇÕES EM SERVIÇOS DE SAÚDE AUTORES: Adélia Aparecida Marçal dos Santos1, Mariana Pastorello Verotti2, Javier Afonso ...

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1 IMPORT NCIA DO LCOOL NO CONTROLE DE INFEC ES EM SERVI OS DE SA DE AUTORES: Ad lia Aparecida Mar al dos Santos1, Mariana Pastorello Verotti2, Javier Afonso Sanmartin3, Eni Rosa Aires Borba Mesiano4. RESUMO A aten o sa de constantemente desafiada por infec es relacionadas aos procedimentos assistenciais, que resultam em aumento na gravidade das doen as, no tempo de interna o, na mortalidade e nos custos. O lcool possui propriedades microbicidas reconhecidamente eficazes para eliminar os germes mais freq entemente envolvidos nestas infec es, sendo imprescind vel na realiza o de a es simples de preven o como a anti-sepsia das m os, a desinfec o do ambiente e de artigos m dico-hospitalares. Al m disto, adquirido com baixo custo, possui f cil aplicabilidade e toxicidade reduzida. Este artigo apresenta uma revis o sobre as caracter sticas anti-s pticas e desinfetantes do lcool, com suas aplica es e limita es na busca de redu o na freq ncia e na gravidade das infec es relacionadas assist ncia sa de.

2 As exig ncias legais e os cuidados necess rios para a manuten o de suas qualidades como germicida, durante os processos de aquisi o, estocagem, dilui o, distribui o tamb m s o abordados neste texto que procura orientar profissionais de sa de e administradores sobre os benef cios gerados pelo uso cuidadoso deste produto, na promo o da sa de no Brasil. Palavras-chave: lcool, CONTROLE de infec o, desinfec o, anti-sepsia. ABSTRACT Healthcare is always challenged by medical assistance related infections, which generate higher rates of morbidity and mortality as well as unnecessary costs. Alcohol has been recognized for its microbicidal activity against most microorganisms that cause infections in the healthcare setting. It plays an important role in hand hygiene and disinfection of medical devices and the environment.

3 In addition, alcohol is obtained at low cost, presents reduced toxicity and it is simple to use. This article reviews the applications and limitations of alcohol in preventing nosocomial infections. Legal aspects of acquisition, storage, dilution and distribution are also presented, orienting health care professionals and administrators about the benefits obtained by the use of alcohol as an antiseptic and as a disinfectant to promoting infection control. Key-words: alcohol, infection control, antisepsis, disinfection. 1 M dica p s-graduada em Epidemiologia Hospitalar e Infectologia. Chefe Unidade de CONTROLE de Infec es em Servi os de Sa de da Ger ncia Geral de Tecnologia em Servi os de Sa de da Ag ncia Nacional de Vigil ncia Sanit ria UCISA/GGTES/ANVISA. Presidente da Associa o Brasileira de Profissionais em CONTROLE de Infec es e Epidemiologia Hospitalar ABIH.

4 2 Enfermeira, mestre em ci ncias b sicas em doen as infecciosas e parasit rias. Assessora da GIPEA/GGTES/ANVISA. 3 Farmac utico, p s-graduado em farm cia hospitalar e farmacologia. Assessor da GIPEA/GGTES/ANVISA. 4 Enfermeira, mestre em educa o na rea de CONTROLE de infec o hospitalar. Assessora da GIPEA/GGTES/ANVISA. INTRODU O As infec es relacionadas assist ncia constituem um problema de sa de p blica mundial, gerando aumento na morbidade, na mortalidade e nos custos A ado o de medidas b sicas de preven o pode reduzir a incid ncia e a gravidade destas infec es. A es simples, como a higieniza o das m os e o CONTROLE de fontes ambientais, apresentam baixo custo e grande sucesso na preven o da transmiss o de infec es e na interrup o de surtos em estabelecimentos de sa Na implementa o destas medidas, o lcool et lico e o isoprop lico desempenham papel fundamental, como anti-s pticos e desinfetantes, devido ao seu custo reduzido, baixa toxicidade e facilidade de aquisi o e aplica o.

5 A desinfec o de ambientes e a anti-sepsia das m os com o lcool, sem necessidade de aplica o pr via de gua e sab o, v m sendo adotadas na Europa h v rios anos, ganhando import ncia cada vez maior, principalmente por estimular a ades o dos profissionais a estas pr ticas. Os Estados Unidos, apesar de n o possu rem tradi o na utiliza o do lcool para estes fins, v m se rendendo aos estudos que comprovam a efic cia desta subst ncia como alternativa lavagem das m os. No Brasil, o lcool amplamente utilizado como desinfetante, mas a id ia de substituir a lavagem das m os pela anti-sepsia com lcool, ainda pouco aceita. DESCOBRINDO AS CARACTER STICAS MICROBICIDAS DO LCOOL O termo lcool origin rio do rabe alkuhul. O l quido incolor e vol til obtido a partir da destila o de suco de frutas fermentado, como o da uva, ou de a cares de f culas, sementes e cana.

6 O tratamento de feridas com aplica o de vinho uma das indica es anti-s pticas mais antigas do lcool, registrada no Egito antigo, e defendida, durante a Idade M dia, pelo alquimista Paracelsus, muito antes de serem conhecidas suas propriedades No final do S culo XIX, embasados pelas evid ncias sobre a origem microbiana das infec es e supura es, e pela possibilidade de obter atividade microbicida com a aplica o de lcool, m dicos e cirurgi es utilizavam cada vez mais esta subst ncia excepcional em seus tratamentos e pesquisas. Nealthon foi o primeiro a utilizar o lcool para anti-sepsia de pele no pr -operat rio, e Furbringer, em 1888, passou a recomendar o seu uso para a higieniza o das m Com todas as limita es da poca, diversos cientistas contribu ram para o conhecimento das caracter sticas germicidas do lcool, suas aplica es e restri es.

7 Os experimentos de Buchholtz, em 1875, marcaram o in cio das investiga es cient ficas sobre a capacidade de lcool em eliminar microrganismos. Os estudos de Koch e Koch, em 1888, evidenciaram sua inefic cia em eliminar esporos do Bacillus anthracis, mostrando que seu efeito microbicida era limitado s formas vegetativas (n o esporuladas) de bact rias. 4,5 Pesquisas conclusivas sobre sua atividade contra v rus, micobact rias e fungos s foram realizadas no S culo XX. A ES E LIMITA ES DO LCOOL COMO AGENTE MICROBICIDA. Este composto org nico caracterizado por possuir pelo menos uma hidroxila (radical OH) ligada ao tomo de carbono. Apresenta es com variados pesos moleculares, que lhe conferem caracter sticas pr prias, s o comercializados para diferentes aplica es como, por exemplo, desinfetante, solvente e combust vel, respectivamente o lcool et lico, o isoprop lico e o met lico.

8 O lcool et lico e o isoprop lico possuem atividade contra bact rias na forma vegetativa, v rus envelopados ( : v rus causadores da influenza, das hepatites B e C, e da SIDA), micobact rias e fungos. N o apresentam a o contra esporos e v rus n o-envelopados ( : v rus da hepatite A e Rinov rus),3 caracterizando-se como desinfetante e anti-s ptico, por m sem propriedade esterilizante (Quadro l). Em geral, o lcool isoprop lico considerado mais eficaz contra bact rias, enquanto o lcool et lico mais potente contra v rus (Tabela I).6 Sua atividade ocorre provavelmente pela desnatura o de prote nas e remo o de lip dios, inclusive dos envelopes de alguns v rus. Para apresentar sua atividade germicida m xima, o lcool deve ser dilu do em gua, que possibilita a desnatura o das prote nas. A concentra o recomendada para atingir maior rapidez microbicida com o lcool et lico de 70% em peso e com o isoprop lico, entre 60 e 95% (Tabela II).

9 7 Algumas caracter sticas do lcool limitam seu uso: vol til e de r pida evapora o na temperatura ambiente; altamente inflam vel; possui pouca ou nenhuma atividade residual em superf cies; e pode causar ressecamento da pele, quando usado com freq ncia e sem adi o de Al m disto, a presen a de altas concentra es de mat ria org nica pode diminuir a atividade microbicida do lcool. 3 O LCOOL COMO ANTI-S PTICO A desinfec o o processo de destrui o de microrganismos, patog nicos ou n o, na forma vegetativa, presentes em objetos inanimados. Denomina-se anti-sepsia ao conjunto de medidas empregadas com a finalidade de destruir ou inibir o crescimento de microrganismos existentes nas camadas superficiais (microbiota transit ria) e profundas (microbiota residente) da pele e de mucosas, pela aplica o de agentes germicidas, classificados como anti-s pticos.

10 8 Na assist ncia sa de, a principal fun o dos anti-s pticos o preparo da pele, na higieniza o das m os ou antecedendo alguns procedimentos como cirurgias, aplica es de inje es, pun es venosas e arteriais, cateterismos vesicais e outros procedimentos invasivos, onde ocorre o rompimento das barreiras normais de defesa do indiv duo. Os anti-s pticos que mais satisfazem as exig ncias para aplica o em tecidos vivos s o o lcool dilu do em gua e compostos alco licos ou aquosos de iodo e clorexidina. Solu es aquosas de permanganato de pot ssio e formula es base de sais de prata tamb m s o empregadas com esta finalidade. Formula es preparadas com mercuriais org nicos, acetona, quatern rio de am nio, l quido de Dakin, ter ou clorof rmio n o possuem atividade microbicida ou apresentam toxicidade excessiva quando aplicados pele e n o devem ser usados para a De acordo com as recomenda es do Centers for Disease Control and Prevention (CDC), na escolha do anti-s ptico ideal para degerma o importante: 1.


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