Example: dental hygienist

O conceito de Educação em Hegel - scielo.br

O conceito de Educa o em Hegel65agosto, 2001 Pedro Geraldo Novelli 1 NOVELLI, P. G. The Hegelian concept of education, Interface _ Comunic, Sa de, Educ, , , , Professor do Departamento de Educa o, Instituto de Bioci ncias, Universidade Estadual Paulista, Unesp/Botucatu, has always held the attention of philosophers. Suffice it to refer to the example of Socrates teaching thepublic in open spaces. His activity was an invitation to learning. The German philosopher G. W. F. Hegel (1770-1834) also was not indifferent to this issue, even though he did not refer to it in detail in his works. However, Hegelalways held positions or carried out functions related with education.

agosto, 2001 67 O CONCEITO DE EDUCAÇÃO EM HEGEL alguma assim também como não cabe a polarização que desconsidera a totalidade da relação. Nesse sentido faz-se necessário cogitar sobre a

Tags:

  Hegel

Information

Domain:

Source:

Link to this page:

Please notify us if you found a problem with this document:

Other abuse

Transcription of O conceito de Educação em Hegel - scielo.br

1 O conceito de Educa o em Hegel65agosto, 2001 Pedro Geraldo Novelli 1 NOVELLI, P. G. The Hegelian concept of education, Interface _ Comunic, Sa de, Educ, , , , Professor do Departamento de Educa o, Instituto de Bioci ncias, Universidade Estadual Paulista, Unesp/Botucatu, has always held the attention of philosophers. Suffice it to refer to the example of Socrates teaching thepublic in open spaces. His activity was an invitation to learning. The German philosopher G. W. F. Hegel (1770-1834) also was not indifferent to this issue, even though he did not refer to it in detail in his works. However, Hegelalways held positions or carried out functions related with education.

2 Therefore, one can point at this concern inhis philosophy and suggest what his possible contributions to the field were. As far as Hegel is concerned, no societycan survive without education, as it is the expression of reason trying to both establish freedom and implement it asa common practice. This is what the Hegelian idea of man derives from, its being characterized by the constructionof the self with its peers throughout history. This man is responsible for his destiny and for his happiness, which isnot identified with any material structure. In this sense, Hegel attributes centrality to content rather than tomethods and techniques. Content must be offered as a right and a need, because it is through content that manlearns to be free, , rational.

3 Freedom as the purpose of education can only come about across the totality of thecommunity, which implies in overcoming individualistic WORDS: Philosophy; education; freedom; concept educa o sempre mereceu aten o por parte dos fil sofos. Basta citar o exemplo de S crates ensinando em pra ap blica. Sua atividade era um convite ao saber. O fil sofo alem o G. W. F. Hegel ( 1770 1834 ) tamb m n o ficouindiferente a essa quest o muito embora n o tenha se manifestado detidamente sobre ela em sua obra. No entanto, Hegel sempre ocupou cargos ou desempenhou fun es relacionadas educa o. Por isso poss vel apontar essapreocupa o em sua filosofia e sugerir as poss veis contribui es.

4 Para Hegel n o h sociedade que se sustente sem aeduca o, pois ela express o da raz o que busca estabelecer a liberdade e implant -la enquanto pr tica deriva a concep o hegeliana de homem que se caracteriza pela constru o de si com seus semelhantes atrav sda hist ria. Esse homem respons vel pelo seu destino e por sua felicidade que n o se identifica de forma absolutacom qualquer estrutura material. Nesse sentido Hegel atribui centralidade ao conte do e n o aos m todos et cnicas. O conte do deve ser ministrado enquanto direito e tamb m necessidade, pois por ele que o homemaprende a ser livre, isto , racional. A liberdade como fim da educa o somente se realiza na totalidade dacomunidade o que implica a supera o de posicionamentos : Filosofia; educa o; liberdade; forma o de - Comunic, Sa de, Educ 9 PEDRO NOVELLII ntrodu oAo longo de diversas pocas a filosofia, sistematicamente considerada,referiu-se educa o tomando-a como uma quest o pertinente na sociedadehumana.

5 Tome-se, como exemplos a Rep blica de Plat o, a tica a Nic macode Arist teles, De Magistro de Santo Agostinho, o Em lio de Rousseau,dentre fil sofo alem o Georg Wilhelm Friedrich Hegel (1770-1834) n o ficouindiferente educa o em sua poca, mesmo porque os efeitos doIluminismo na Fran a e na Inglaterra fizeram-se sentir na Alemanha. Anecessidade de libertar o homem retirando-o de sua minoridade passavapela possibilidade de recep o do saber segundo o Iluminismo. Da menteque tem gravada em si o saber em Locke a Kant que posicionava acapacidade organizadora da raz o confirmava-se a aprendizagem particularmente na Alemanha pode-se citar Lessing com sua Educa odo g nero humano instigando sua poca pelo esfor o de constru o dahumanidade segundo os postulados iluministas.

6 As obras Id ias sobre afilosofia da hist ria da humanidade e Cartas para o incentivo dahumanidade de Herder, contempor neo de Lessing, tamb m contribu rampara criar um ambiente prop cio considera o da educa o. Todos ossucessos do homem, todas as ci ncias e todas as artes, se estiveremdevidamente fundamentadas, n o ter o sen o outra finalidade que noshumanizar, isto , converter em humano o n o humano ou o semi-humano. (Herder, 1970, ).A poca hegeliana ainda foi marcada pelo Romantismo que expressavagrande interesse pela natureza, pelo indiv duo, pela educa o popular etc.(Abbagnano e Visalberghi, 1978). Um outro contempor neo e colega deHegel, Schleiermacher (1957) tamb m dedicou aten o ao problemaeducacional em seus Escritos Pedag gicos (1957).

7 Os Discursos na oalem de Fichte e as Li es sobre o m todo dos estudos acad micos deSchelling s o textos de maior proximidade para Hegel , posto que em suaobra ele considera tais autores ap s a conclus o de seus estudos formais, Hegel trabalhou comopreceptor em algumas fam lias. Esse fato e sua ida para a vida acad mica,principalmente em Berlim, contribuem para sustentar a tese da preocupa ohegeliana com a educa o. Por outro lado, um tratamento n o expl cito daeduca o por Hegel deve ser motivo para indagar-se porque ele n o teria sedebru ado sobre tal quest o mais intensamente. Isso ainda conduz aocuidado de n o se pedagogizar o sistema filos fico hegeliano.

8 Apesar dissotudo, preciso reconhecer que os encargos assumidos por Hegel eminstitui es de ensino alem s e o material produzido a n o deixam deguardar uma rela o significativa com o que ele havia produzido at ent se possa falar mais tranq ilamente de uma pol ticaeducacional em Hegel e que, s vezes, perpassa por aspectos assimdenominados menores como metodologias e m das quest es at aqui mencionadas, cabe recordar que Hegelempreendeu um esfor o significativo recuperando a dial tica como m todoe revelando sua pertin ncia. N o cabe mais em Hegel manique smo de sorte67agosto, 2001O conceito DE EDUCA O EM Hegel alguma assim tamb m como n o cabe a polariza o que desconsidera atotalidade da rela o.

9 Nesse sentido faz-se necess rio cogitar sobre adialetiza o da educa o segundo Hegel , visto que, para ele, a totalidade doreal engloba a educa o. Hegel lan a desafios contundentes sobre acompreens o do real e, de igual modo, tais desafios podem afetar a pr ticapedag gica assim como sua conceitua o. Certamente seria v lido investigarcomo a dial tica hegeliana proporciona contribui es para o que ocorre emsala de aula. Ali s, estranho dentro do hegelianismo, desvincular a sala deaula das concep es e pol ticas pr tica pedag gica motivada em Hegel por uma vis o espec fica dehomem que se vincula poca do fil sofo, mas que possui tradu es que lhes o particulares.

10 O esp rito universal traduzido pelo esp rito particular. Aparticulariza o do universal sempre uma degrada o, umempobrecimento do absoluto, mas n o sen o assim que o particular podeexistir. Se assim n o for o absoluto deixa de ganhar consist ncia, exist ncia(!), a filosofia hegeliana para a considera o da tem ticaeducacional parece merecer aten o. N o se trata, conforme j mencionado,de p r a aura de pedag gico no sistema hegeliano, mas buscar explicitarcomo a filosofia desse pensador pode fazer-se relevante para as discuss esenvolvendo a pedagogia. A Fenomenologia do Esp rito , escrita por Hegelem 1806, apresenta muito mais o desenvolvimento da consci ncia do queseu surgimento.


Related search queries