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AA SSEEGGUUNNDDAA GGUUEERRRRAA MMUUNNDDIIAALL

1 AA SSEEGGUUNNDDAA GGUUEERRRRAA MMUUNNDDIIAALL Causas, Estrutura, Consequ ncias Osvaldo Coggiola 2 Indice INTRODU O, 3 1. UM MASSACRE SEM PRECEDENTES, 5 2. ANTECEDENTES E CAUSAS, 11 3. HITLER E O NAZISMO, 27 4. A guerra E O STALINISMO, 42 5. ENTRE EUROPA, ORIENTE E AM RICA, 51 6. A FASE INICIAL DA guerra NA EUROPA, 57 7. CEN RIO ASI TICO E CEN RIO mundial , 65 8. ECONOMIA DE guerra , 71 9. HOLOCAUSTO: PREPARA O, 80 10. HOLOCAUSTO: EXECU O, 89 11. A URSS EM guerra , 98 12. O COME O DA DERROTA DO EIXO, 110 13. O FIM DA guerra mundial , 121 14. REVOLU O E CONTRARREVOLU O NA EUROPA, 133 15. DA ECONOMIA B LICA NOVA ORDEM ECON MICA , 148 16. REVOLTA COLONIAL: ORIENTE M DIO E SUDESTE ASI TICO, 156 17. REVOLU O COLONIAL: NDIA E CHINA, 165 18. A CONTRARREVOLU O METROPOLITANA, 174 CRONOLOGIA, 195 DOCUMENTO 1: A LUTA CONTRA O IMPERIALISMO E CONTRA A guerra , 200 DOCUMENTO 2: A guerra IMPERIALISTA E A REVOLU O PROLET RIA mundial , 203 BIBLIOGRAFIA, 224 3 INTRODU O N o seguimos, no texto que segue, uma sequ ncia cronol gica (existem in meras obras sobre a segunda guerra mundial que assim o fazem, v rias inclu das na bibliografia ao final deste trabalho), mas uma sequ ncia de problema

A Segunda Guerra Mundial foi, em primeiro lugar, o conflito militar mais sangrento do todos os tempos. Em 1939, no seu início ^formal _ (com as declarações mútuas de guerra entre as grandes potências europeias), vários países beligerantes já …

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1 1 AA SSEEGGUUNNDDAA GGUUEERRRRAA MMUUNNDDIIAALL Causas, Estrutura, Consequ ncias Osvaldo Coggiola 2 Indice INTRODU O, 3 1. UM MASSACRE SEM PRECEDENTES, 5 2. ANTECEDENTES E CAUSAS, 11 3. HITLER E O NAZISMO, 27 4. A guerra E O STALINISMO, 42 5. ENTRE EUROPA, ORIENTE E AM RICA, 51 6. A FASE INICIAL DA guerra NA EUROPA, 57 7. CEN RIO ASI TICO E CEN RIO mundial , 65 8. ECONOMIA DE guerra , 71 9. HOLOCAUSTO: PREPARA O, 80 10. HOLOCAUSTO: EXECU O, 89 11. A URSS EM guerra , 98 12. O COME O DA DERROTA DO EIXO, 110 13. O FIM DA guerra mundial , 121 14. REVOLU O E CONTRARREVOLU O NA EUROPA, 133 15. DA ECONOMIA B LICA NOVA ORDEM ECON MICA , 148 16. REVOLTA COLONIAL: ORIENTE M DIO E SUDESTE ASI TICO, 156 17. REVOLU O COLONIAL: NDIA E CHINA, 165 18. A CONTRARREVOLU O METROPOLITANA, 174 CRONOLOGIA, 195 DOCUMENTO 1: A LUTA CONTRA O IMPERIALISMO E CONTRA A guerra , 200 DOCUMENTO 2: A guerra IMPERIALISTA E A REVOLU O PROLET RIA mundial , 203 BIBLIOGRAFIA, 224 3 INTRODU O N o seguimos, no texto que segue, uma sequ ncia cronol gica (existem in meras obras sobre a segunda guerra mundial que assim o fazem, v rias inclu das na bibliografia ao final deste trabalho), mas uma sequ ncia de problemas hist ricos e historiogr ficos levantados pelo maior conflito b lico de todos os tempos.

2 Diversos autores postularam a hip tese de que o mundo padeceu, no s culo XX, uma segunda guerra dos Trinta Anos , entre 1914 e 1945: Foram 31 anos, de agosto de 1914 a agosto de 1945. Ainda lhes chamamos, tradicionalmente, Primeira guerra mundial (1914-1918) e segunda guerra mundial (1939-1945), mas os futuros historiadores ir o fundir os dois conflitos num s .. A guerra dos Trinta Anos do s culo XX, tal como a do s culo XVII na Alemanha, n o desfrutou de grandes intervalos de paz .1 Eric J. Hobsbawm chamou de era da catastrofe , e de guerra de 31 anos , o per odo hist rico compreendido entre 1914 e 1945, cuja nota dominante teria sido a crise da sociedade liberal/imperial Nessa interpreta o, a segunda guerra mundial teria sido, essencialmente, a continuidade da Primeira, envolvendo principalmente as pot ncias europeias, com motivos e protagonistas basicamente semelhantes (inclusive nas suas alian as internacionais, exe o feita da It lia), com uma breve tr gua entre ambas, uma esp cie de paz armada no entre guerras, pontuada pela grande depress o econ mica da d cada de 1930.

3 Tratou-se, por m, para al m dos elementos de continuidade, de conflitos de car ter diverso, qualitativamente diferentes, diferen a caracterizada, justamente, pela depress o econ mica mundial que precedeu a segunda guerra mundial , e pela exist ncia (sobreviv ncia) da URSS, inclu do seu fortalecimento econ mico e militar na d cada de 1930. A segunda guerra mundial n o decorreu naturalmente da Primeira: foi, ao contr rio, perfeitamente evit vel. A pr tica de massacres em massa, elemento mais vis vel de continuidade entre ambos conflitos, foi, na segunda guerra mundial , dirigida principalmente contra a popula o civil (o que n o foi o caso na Primeira), em especial na Europa. Segundo Trotsky, em texto de meados de 1940: A guerra mundial a continua o da ltima guerra . Mas continua o n o significa repeti o.

4 Como regra geral, uma continua o significa um desenvolvimento, um aprofundamento, uma acentua o . Na Enciclopedia Storica de Massimo Salvadori aponta-se o car ter mais ideol gico (democracia vs. fascismo) da segunda guerra mundial em rela o Primeira. Quanto ao car ter da guerra , afirma-se: Bombardeios maci os, frequentemente de natureza terrorista, foram realizados sobre um grande n mero de cidades, muitas das quais foram totalmente arrasadas, causando imensos estragos, provocando sofrimentos desumanos e destruindo para sempre grande parte da heran a hist rica [da humanidade] (grifos nossos).3 N o se poderia descrever melhor, sinteticamente, a barb rie em a o. A segunda guerra mundial foi, antes do mais, um retrocesso hist rico da humanidade em seu conjunto.

5 H outra diferen a importante entre os dois conflitos mundiais. A Revolu o de Outubro de 1917 foi o acontecimento mais importante da Primeira guerra mundial , e o principal fator que precipitou seu fim. 1 Charles Van Doren. Uma Breve Hist ria do Conhecimento. Rio de Janeiro, Casa da Palavra, 2012, p. 331. Henri Michel negou que a segunda guerra mundial fosse a revanche (uma esp cie de segundo turno) ou a continuidade da Primeira, mas limitou as diferen as entre ambas extens o (geogr fica) da guerra , e totalidade dos recursos postos em jogo: os principais pa ses envolvidos dedicaram toda sua capacidade econ mica, industrial e cient fica a servi o dos esfor os de guerra , deixando de lado a distin o entre recursos civis e militares (La Seconda guerra Mondiale.)

6 Roma, Newton & Compton, 1995). 2 Eric J. Hobsbawm. Era dos Extremos. O breve s culo XX 1914-1991. S o Paulo, Companhia das Letras, 1995. 3 Massimo Salvadori (ed). Seconda guerra Mondiale. Enciclopedia Storica. Bolonha, Zanicheli, 2000, p. 1071. 4 Pa ses em guerra 1939-1945 No caso da segunda guerra mundial , a revolu o social a precedeu, na Espanha e na Fran a, mas ela fracassou: se tivesse sido vitoriosa em um desses pa ses, ou nos dois, todo o panorama pol tico europeu e, at certo ponto, mundial , teria mudado por completo. Tentamos apresentar, nas p ginas que seguem, uma vis o da guerra , e da crise que a precedeu, incluindo n o apenas suas realidades, mas tamb m as virtualidades que aquelas abriram, dentro de um trabalho de s ntese-resumo. 5 1. UM MASSACRE SEM PRECEDENTES Na segunda guerra mundial houve sessenta milh es de homens em armas, entre 45 e 50 milh es de mortes (pela primeira vez num conflito b lico, a maioria delas na popula o civil) como resultado direto dos combates, ou entre setenta e oitenta milh es de pessoas - s existem estimativas vari veis -, se forem contadas tamb m as v timas que morreram por fome, epidemias e doen as como resultado indireto da guerra - oito vezes mais v timas do que na Primeira guerra mundial :4 ao todo, aproximadamente entre 4% e 5% da popula o mundial da poca, e tudo em escassos seis anos.

7 A hist ria n o conheceu jamais um mortic nio semelhante. As cifras citadas n o incluem as baixas nas guerras civis na Coreia e na Gr cia, ou nas guerras nacionais nas col nias inglesas ou francesas, que foram decorr ncia mais ou menos imediata da conflagra o mundial . A segunda guerra mundial foi, em primeiro lugar, o conflito militar mais sangrento do todos os tempos. Em 1939, no seu in cio formal (com as declara es m tuas de guerra entre as grandes pot ncias europeias), v rios pa ses beligerantes j estavam em guerra , como Eti pia e It lia na segunda guerra talo-et ope,5 e China e Jap o na segunda guerra sino-japonesa. A guerra civil espanhola (1936-1939), por sua vez, envolveu diretamente It lia e Alemanha no apoio ao golpe militar de Franco contra a Rep blica; seu desfecho (vitorioso para o lado apoiado pelas pot ncias nazi-fascistas) foi o pr logo imediato da guerra O conflito mundial envolveu as mais long nquas regi es do planeta, nos mares e na terra, na neve e no sol escaldante do deserto.

8 O adiamento da resolu o dos conflitos que levaram Primeira guerra mundial , e da revolu o socialista que nela se originou, no primeiro p s- guerra , foi pago com um pre o in dito em vidas humanas, especialmente forte nos pa ses que estiveram no centro desses problemas: entre vinte e trinta milh es de mortos na Uni o Sovi tica,7 treze milh es na Alemanha, entre dez e quinze milh es na China (na guerra sino-japonesa, 1937-1945), sem contar a qualidade das mortes, que inclu ram cen rios de degrada o humana nunca vistos 4 Ernest Mandel. O Significado da segunda guerra mundial . S o Paulo, tica, 1982. 5 A guerra talo-et ope foi uma t pica guerra colonial, que come ou em outubro de 1935 e terminou em maio de 1936. A guerra foi travada entre o Reino da It lia e o Imp rio Et ope (tamb m conhecido como Abiss nia).

9 A guerra resultou na ocupa o militar da Eti pia e na sua anexa o rec m criada col nia da frica Oriental Italiana; al m disso, exp s a inadequa o da Liga das Na es para a manuten o da paz. A Liga afirmava que trataria todos seus membros como iguais, no entanto, garantiu s grandes pot ncias maioria no seu Conselho. Tanto a It lia quanto a Eti pia eram pa ses membros da organiza o, mas a Liga nada fez quando a guerra claramente violou o seu d cimo artigo, afundando logo depois. Edward H. Carr criticou a suposta ordem internacional da Liga (que L nin chamou simplesmente de covil de bandidos , quando da sua cria o no primero p s- guerra ) dizendo que era uma ilus o pensar que na es fracas e desarmadas pudessem deter algum poder na arena mundial . Na Liga, as decis es eram tomadas e o poder era exercido pelas grandes pot ncias, em detrimento da suposta igualdade jur dica existente entre as na es.

10 As na es menores seguiam ou sofriam press o para seguir as maiores. Isto aconteceu quando a Inglaterra (1931) e mais tarde a Fran a (1936) deixaram o padr o ouro, ou quando a Alemanha ultrapassou a Fran a no seu poderio militar: nesse momento, muitos pa ses menores declararam neutralidade ou mesmo passaram para o lado da Alemanha devido a essa situa o (Vinte Anos de Crise 1919-1939. Bras lia, UnB, 2001). Carr era um diplomata liberal ingl s que simpatizou com a revolu o sovi tica, transformando-se num de seus principais historiadores. 6 Anthony P. Adamthwaite. The Making of the Second World War. Nova York, Routledge, 1992. 7 As estimativas oscilam entre essas cifras imprecisas. Hoje se calcula que a Uni o Sovi tica perdeu cerca de 27 milh es de pessoas durante a guerra , inclu das as v timas de seus efeitos colaterais , quase metade das mortes derivadas do confronto b lico no mundo todo.


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