Example: air traffic controller

Análise de conteúdo categorial: manual de aplicação

De pesquisaMetodologiasCOLE OEste livro pretende apresentar, de modo simplificado, como realizar uma an lise de conte do (AC) categorial quantitativa com bases cient ficas. N o obstante seu surgimento no campo da comunica o pol tica, a an lise de conte do tornou-se uma t cnica bastante difundida em toda a rea de ci ncias sociais aplicadas e ci ncias humanas como, por exemplo, Administra o, Comunica o, Educa o, Ci ncia Pol tica, Pol ticas P blicas e tamb m nas ci ncias da sa de, como Enfermagem e Sa de Coletiva. Um dos principais motivos que nos incentivou a escrever este livro est justamente na falta de op es de outros manuais especializados no Brasil. Assim, desejamos especialmente contribuir para o debate sobre os avan os da aplica o da AC e oferecer um tutorial simplificado para estudantes de p s-gradua o e gradua o sem acesso a manuais em outras l lise de conte do categorial: manual de aplica oRafael Cardoso Sampaio e Di genes Lycari oAn lise de conte do categorial: manual de aplica o81pt81pt9 786587 791180 ISBN 978-65-87791-18-0 Enap Escola Nacional de Administra o P blicaPresidenteDiogo Godinho Ramos CostaDiretora de Altos EstudosDiana Magalh es de Souza Coutinho Diretor de Desenvolvimento ProfissionalPaulo MarquesDiretora de Inova oBruna Silva dos SantosDiretor de Educa o ExecutivaRodrigo Torres de Araujo

caso, a título de exemplo, do estudo de Harold Lasswell sobre as propagandas de guerra, por meio de análise de conteúdo (Lasswell, 1927). Já ao longo da segunda guerra mundial, o uso de mídias massivas (e.g. rádio, cinema) pelos Estados Unidos, pela Alemanha nazista e por outros regimes totalitários emergiu como um fenômeno sobressalente, o

Tags:

  Asco

Information

Domain:

Source:

Link to this page:

Please notify us if you found a problem with this document:

Other abuse

Transcription of Análise de conteúdo categorial: manual de aplicação

1 De pesquisaMetodologiasCOLE OEste livro pretende apresentar, de modo simplificado, como realizar uma an lise de conte do (AC) categorial quantitativa com bases cient ficas. N o obstante seu surgimento no campo da comunica o pol tica, a an lise de conte do tornou-se uma t cnica bastante difundida em toda a rea de ci ncias sociais aplicadas e ci ncias humanas como, por exemplo, Administra o, Comunica o, Educa o, Ci ncia Pol tica, Pol ticas P blicas e tamb m nas ci ncias da sa de, como Enfermagem e Sa de Coletiva. Um dos principais motivos que nos incentivou a escrever este livro est justamente na falta de op es de outros manuais especializados no Brasil. Assim, desejamos especialmente contribuir para o debate sobre os avan os da aplica o da AC e oferecer um tutorial simplificado para estudantes de p s-gradua o e gradua o sem acesso a manuais em outras l lise de conte do categorial: manual de aplica oRafael Cardoso Sampaio e Di genes Lycari oAn lise de conte do categorial: manual de aplica o81pt81pt9 786587 791180 ISBN 978-65-87791-18-0 Enap Escola Nacional de Administra o P blicaPresidenteDiogo Godinho Ramos CostaDiretora de Altos EstudosDiana Magalh es de Souza Coutinho Diretor de Desenvolvimento ProfissionalPaulo MarquesDiretora de Inova oBruna Silva dos SantosDiretor de Educa o ExecutivaRodrigo Torres de Araujo LimaDiretora de Gest o InternaAlana Regina Biagi Silva LisboaRevis oRoberto Ara jo e Adriana BragaAn lise de conte do categorial: manual de aplica oAutores.

2 Rafael Cardoso Sampaio e Di genes Lycari oBras liaEnap2021 Escola Nacional de Administra o P blica (Enap)Diretoria de Altos EstudosCoordena o-Geral de P s-Gradua o Stricto SensuSAIS rea 2-A 70610-900 Bras lia-DF, Brasil Enap, 2021 Este trabalho est sob a Licen a Creative Commons Atribui o: N o Comercial Compartilha Igual InternacionalAs opini es emitidas nesta publica o s o de exclusiva e inteira respon sabilidade do(s) autor(es), n o exprimindo, necessariamente, o ponto de vista da Escola Nacional de Administra o P blica (Enap). permitida a reprodu o deste texto e dos dados nele contidos, desde que citada a fonte. Reprodu es para fins comerciais s o proibidas. Bibliotec ria: Tatiane de Oliveira Dias CRB1/2230 Ficha catalogr fica elaborada pela equipe da Biblioteca Graciliano Ramos da EnapS1921a Sampaio, Rafael CardosoAn lise de conte do categorial: manual de aplica o / Rafael Cardoso Sampaio, Di genes Lycari o.

3 -- Bras lia: Enap, p. : il. -- (Cole o Metodologias de Pesquisa)Inclui bibliografia ISBN: 978-65-87791-18-0 1. Pesquisa Cient fica. 2. Metodologia Cient fica. 3. An lise de Conte do. 4. manual . 5. Pesquisa Quantitativa. I. T tulo. II. Lycari o, Di rioINTRODU O ..6 CAP TULO 1: DEFINI O, APLICA ES E EPISTEMOLOGIA DA AN LISE DE CONTE DO (AC) .. Defini o .. Hist rico .. Aplica es da AC .. Aplica es em pol ticas p blicas .. Epistemologia da AC .. Fronteiras .. 40 CAP TULO 2: manual DA AC ..451. C digos, codifica o e categorias .. 452. Desenho da an lise de conte do .. 46 ETAPAS DA AN LISE DE CONTE DO .. 491. Identificar o problema (revis o de literatura) ..492. Quest es de pesquisa e hip teses ..503. Selecionar a(s) unidade(s) e subunidade(s) de an lise ..514. Criar e definir categorias ..575. Amostragem .. T cnicas probabil sticas (rand micas).

4 T cnicas n o probabil sticas (n o rand micas) .. Tamanho da amostra ..786. Pr -teste das categorias e das regras de codifica o ..797. Treinamento final e teste de confiabilidade ..878. Codifica o ..1039. Teste de confiabilidade intermedi rio e final ..10410. Tabula o e aplica o de procedimentos estat sticos ..10711. Interpretar e reportar os resultados ..10712. Valida o e replicabilidade ..110 CAP TULO 3: AN LISE DE RESULTADOS E TESTES ESTAT STICOS .. Defini o de vari vel e seus tipos .. Os tipos de vari veis pelo modelo estat stico .. An lise descritiva .. Estat stica inferencial .. Testes estat sticos .. 130 CONCLUS O ..141 REFER NCIAS BIBLIOGR FICAS ..1446An lise de conte do categorial: manual de aplica oINTRODU OEste livro pretende apresentar, de modo simplificado, como realizar uma an lise de conte do categorial quantitativa1 com bases cient ficas.

5 Nosso objetivo que esta obra possa se tornar um manual til para diferentes pesquisadores que almejam realizar uma aplica o adequada da t cnica da an lise de conte do (AC). Como buscaremos defender, compreendemos que: an lise de conte do uma t cnica de pesquisa cient fica baseada em procedimentos sistem ticos, intersubjetivamente validados e p blicos para criar infer ncias v lidas sobre determinados conte dos verbais, visuais ou escritos, buscando descrever, quantificar ou interpretar certo fen meno em termos de seus significados, inten es, consequ ncias ou de s culos relatos sobre t cnicas de an lise de textos, que foram realizadas sob o interesse de se catalogar e classificar textos e materiais sob os mais distintos prop sitos, como o caso de textos religiosos (Bardin, [1977] 2016; Krippendorff, 2004; Neuendorf, 2002; Riffe; Lacy; Fico, 2014). Entretanto, a an lise de conte do (AC), sob fins cient ficos, surge para suprir uma necessidade de mensura o dos padr es das mensagens medi ticas, especialmente nos per odos das Grandes Guerras do s culo 20, como foi o caso, a t tulo de exemplo, do estudo de Harold Lasswell sobre as propagandas de guerra, por meio de an lise de conte do (Lasswell, 1927).

6 J ao longo da segunda guerra mundial, o uso de m dias massivas ( r dio, cinema) pelos Estados Unidos, pela Alemanha nazista e por outros regimes totalit rios emergiu como um fen meno sobressalente, o que despertou interesse do governo estadunidense em verificar como seus advers rios faziam uso dessas mensagens. Harold Lasswell era o coordenador da Divis o Experimental para o Estudo de Comunica es em Tempos de Guerra, criada pelo Congresso americano para tal fim. Para al m da avalia o das mensagens medi ticas advers rias, preocupava-o os poss veis efeitos das 1 Apesar de n o ser o objetivo inicial, bastante prov vel que boa parte dos passos descritos no livro possa ser til para an lises de conte do qualitativas. Em AC qualitativas rigorosas, conforme apresentado por Salda a (2012) e Mayring (2014), v rios passos similares s o apresentados, incluindo a apresenta o da frequ ncia de c de agendamensagens dos meios de comunica o de massa nas pessoas.

7 Para analisar essas mensagens, a t cnica da an lise de conte do quantitativa foi, ent o, largamente utilizada e aperfei oada. N o obstante seu surgimento no campo da comunica o pol tica, a an lise de conte do2 tornou-se uma t cnica bastante difundida em toda a rea de humanidades, como, por exemplo, nas Ci ncias Sociais (Pohlmann; B r; Valarini, 2014; Trivi os, 1987), Ci ncia da Informa o (Lima; Manini, 2017; Lima; Moraes, 2017), Contabilidade (Alves, 2011), Geografia (Paula, 2015), Hist ria (Constantino, 2002), Psicologia (Gondim; Bendassolli, 2014), Servi o Social (Lara, 2011), Turismo (Thomaz et al. 2016), al m, claro, de seu vasto uso nas reas de Administra o (Bastos; Oliveira, 2015; Freitas, 2011; Gomes et al., 2020; Mozzato; Grzybovski; 2011; Vergara, 2011), Comunica o (Herscovitz, 2007; Jorge, 2015; Martinez; Pessoni, 2015; Quadros; Assmann; Lopez, 2014; Vimieiro; Maia, 2011), Educa o (Franco, 2005; Moro, 1989; Oliveira et al.)

8 2003) e de Ci ncia Pol tica (Alves; Figueiredo Filho; Henrique, 2015; Carlomagno; Rocha, 2016; Feres Jr., 2016; Figueiredo et al., 1997; Panke; Cervi, 2012). Tamb m vis vel sua utiliza o nas ci ncias da sa de, como Enfermagem e Sa de Coletiva (Bellucci J nior; Matsuda, 2012; Campos, 2004; Minayo, 2014; Rodrigues; Leopardi, 1999; Romeu, 2009; Taquette; Minayo, 2015).Diante desse cen rio, seguro afirmar que a an lise de conte do tem grande capilaridade na ci ncia brasileira, tendo sido aplicada em um consider vel n mero de estudos em diferentes reas (Sampaio et al, 2021). Essa aplica o tamb m se mostra acompanhada por debates sobre as benesses e os limites da t cnica (Cavalcante; Calixto; Pinheiro, 2014; Freitas, 2011; Moro, 1989; Mozzato; Grzybovski, 2011; Gondim; Bendassolli, 2014; Vergara, 2011), sobre sua diferencia o e separa o das linhas de an lise do discurso (Cappelle et al.

9 , 2003; Caregnato; Mutti, 2006; Lima, 2003; Lima; Moraes, 2017; P dua, 2002; Rocha; Deusdar , 2005, 2 Aqui, estamos nos referindo aqui an lise de conte do cl ssica (Bauer, 2007) ou, ainda, humana, baseada na codifica o manual por pessoas; portanto, boa parte de nossas reflex es e do passo a passo deste manual n o se aplica AC o8An lise de conte do categorial: manual de aplica o2006) e, recentemente, sobre o uso de softwares para sua realiza o ( Alves; Figueiredo Filho; Henrique, 2015; Lima; Manini, 2017).Um dos principais motivos que nos incentivou a escrever este livro est justamente na falta de op es de outros manuais no mercado editorial brasileiro. Isso se deveu, em grande medida, pela qualidade do manual de Laurence Bardin, que teve a sua tradu o lan ada originalmente no Brasil em 1977. Entretanto, enquanto v rios outros manuais de alta qualidade foram lan ados pelo mundo, ap s 1977, nenhum recebeu uma tradu o para o portugu s brasileiro ( Alonso et al.

10 , 2012; Drisko; Marchi, 2016; Krippendorff [1980] 2004; Neuendorf, 2002; Riffe; Lacy; Fico, 2014; Weber, 1990, entre outros). Apesar de a t cnica ter sido resumida e explicada em cap tulos de colet neas acad micas (Bauer, 2007; Fonseca J nior, 2005; Herscovitz, 2007; Romeu, 2009), em trechos de manuais de an lise qualitativa (Flick, 2009; Minayo, 2014; Yin, 2016) ou cient fica em geral (Gil, 1989; Trivi os, 1987; Vergara, 2005), e mesmo em diversos artigos (Alves, 2011; Bellucci J nior, Matsuda, 2012; Campos, 2004; Carlomagno; Rocha, 2016; Cavalcante; Calixto; Pinheiro, 2014; Gondim; Bendassolli, 2014; Moraes, 1999; Mozzato; Grzybovski, 2011; Oliveira, 2008; Oliveira; Ens; Andrade; Mussis, 2003; Rocha; Deusdar , 2006; Taquette; Minayo; 2015; Vergara, 2011), parecia-nos que faltava um manual atualizado espec fico exclusivamente dedicado t cnica.


Related search queries