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CONTABILIDADE: OBJETO, OBJETIVOS E FUNÇÕES

7 9 Sitientibus, Feira de Santana, n. 38, , 2008 contabilidade : OBJETO, OBJETIVOS E FUN ESLuiz Ivan dos Santos Silva*RESUMO Este trabalho apresenta um sum rio da evolu o hist ricado pensamento cont bil, enfocando as diversas escolas que desenvolve-ram estudos em torno desse pensamento, desde o Contismo, passandopelo Personalismo, Neocontismo, Controlismo, Aziendalismo, Patrimonialismo,Neopatrimonialismo e pela escola Anglo-Sax nica, conceituando a Con-tabilidade e proporcionando uma an lise sobre os enfoques evidencia-dos por diversos estudiosos sobre o objeto, OBJETIVOS e fun es da Con-tabilidade. Afinal, saber de forma conveniente, quais s o o objeto, osobjetivos e as fun es da contabilidade necessidade fundamental paraquem se dedica aos estudos dessa ci : contabilidade .

81 Sitientibus, Feira de Santana, n. 38, p.79-101, jan./jun. 2008 A palavra contabilidade, originária do francês contabilité empregava-se para designar a arte de

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1 7 9 Sitientibus, Feira de Santana, n. 38, , 2008 contabilidade : OBJETO, OBJETIVOS E FUN ESLuiz Ivan dos Santos Silva*RESUMO Este trabalho apresenta um sum rio da evolu o hist ricado pensamento cont bil, enfocando as diversas escolas que desenvolve-ram estudos em torno desse pensamento, desde o Contismo, passandopelo Personalismo, Neocontismo, Controlismo, Aziendalismo, Patrimonialismo,Neopatrimonialismo e pela escola Anglo-Sax nica, conceituando a Con-tabilidade e proporcionando uma an lise sobre os enfoques evidencia-dos por diversos estudiosos sobre o objeto, OBJETIVOS e fun es da Con-tabilidade. Afinal, saber de forma conveniente, quais s o o objeto, osobjetivos e as fun es da contabilidade necessidade fundamental paraquem se dedica aos estudos dessa ci : contabilidade .

2 Objeto. OBJETIVOS e fun INTRODU OA contabilidade tem evolu do ao longo dos anos em fun ode diversos estudos que possibilitam o surgimento de novas em elhores form as de c ontrolar o patrim nio atrav s de umsistema informa es que possibilitam a tomada de iniciativasmais racionais no intuito de garantir a continuidade e o sucessodas organiza isso, o estudo da contabilidade , como o de qualqueroutra ci ncia, necessita estar centrado num foco, num objetoque ser investigado e desnudado, visando conhec -lo intima-mente. Tamb m necess rio identificar o objetivo, ou seja, o*Prof. Assistente (DCIS/UEFS). Contador. Diretor de Planejamentoda Secretaria de Planejamento de Feira de Santana. Especialistaem Gest o Empresarial/UEFS.

3 Mestre em contabilidade pela Facul-dade Visconde de Cairu. E-mail: Estadual de Feira de Santana Dep. de (75) 3224-8049 - BR 116 KM 03, Campus - Feira deSantana/BA CEP 44031-460. E-mail: Feira de Santana, n. 38, , 20088 0alvo, a meta, a finalidade do que se pretende atingir com oestudo do objeto; bem como, as fun es que s o as a esnaturais da contabilidade , as atribui es que s o desencadeadas,para garantir o atendimento dos , neste trabalho, procura-se demonstrar, de formacondensada, a evolu o do pensamento cont bil, identificandoo objeto, os OBJETIVOS e as fun es de t o im portante ci EVOLU O DO PENSAMENTO CONT BILO estudo da contabilidade bastante antigo, pois, desdetempos remotos, o homem j se preocupava em controlar suariqueza, afinal, medida que o ele desenvolvia um patrim nio,era necess rio que procurass e des envolver procedim entospara determ inar as suas poss es e avali -las.

4 Segundo S (1998, p. 19) h mais de anos o com rcio j era intenso,o controle religioso sobre o estado j era grande e poderoso,da derivando grande quantidade de fatos a registrar, ensejando,tamb m o desenvolvimento da escrita cont bil . No in cio, osregistros eram realizados atrav s de pequenas pe as de em inente mestre tamb m informa que, no Egito, h milharesde anos, o papiro deu origem aos livros cont beis e j sefaziam registros sofisticados, inclusive utilizando-se o sistemadas matrizes (com o na l gica matem tica) . (S , 1998, p. 19).Hendriksen e Breda (1999, p. 39) afirmam que:O primeiro registro de um sistema completo deescritura o por partidas dobradas encontradonos arquivos municipais da cidade de G nova,It lia, cobrindo o ano de 1340.

5 Fragmentos anteri-ores s o encontrados nas contas de GiovanniFarolfi & Companhia, uma empresa de mercadoresde Floren a em 1299-1300, e nas de Rinieri Fini &Irm os, que negociavam em feiras e eram famososem sua poca na regi o de Champagne, na Fran sobre a origem da contabilidade e do seusignificado, Campiglia destaca que:8 1 Sitientibus, Feira de Santana, n. 38, , 2008A palavra contabilidade , origin ria do franc scontabilit empregava-se para designar a arte deescriturar as contas revelando, pois, o aspectomeramente instrumental da disciplina. Os autoresitalianos a utilizavam apenas para indicar as aplica- es especializadas aos diferentes setores daatividade econ mica como contabilidade mercan-til, banc ria, agr cola, contabilidade p blica.

6 Aci ncia ou a doutrina cont bil d o a eles o nome de Ragioneria no intento de sobrelevar aquela aosimples m todo ou escritura o,etimologicamente por m, ambas se equivalem.(CAMPIGLIA, 1966, p. 10). Na verdade, pode-se afirmar que, de um conceito inicial-m ente instrum ental, a contabilidade avan ou por meio dosestudos de in meros pesquisadores, constituindo-se numa ci nciaem fun o do cumprimento dos requisitos l gicos necess riosa tal categoria, dentro das conven es filos ficas obra do frade beneditino Luca Pacioli, Sum ma , em1494, que continha o Tractatus de Computis et Scripturis etProporcionalita foi, segundo Cam piglia (1966, p. 12) o primei-ro estudo sobre m todo de contabilidade . Na verdade a Summa era, fundamentalm ente, um tratado de matem tica, m as inclu auma se o sobre o sistem a de escritura o por partidas dobra-das, denominada Particularis de Computis et partir da obra pioneira de Luca Pacioli, estudos sobrea mat ria foram sendo realizados, ensejando a conceitua ocient fica da contabilidade a partir da obra de Francesco VillaA contabilidade Aplicada s Administra es P blicas e Privadas.

7 Assim, em sua evolu o, a contabilidade percorreu porv rias correntes de pensam ento dentro do contexto econ micoe social do pr prio tem po em que foram se desenvolvendo osestudos e ampliando-se o n mero de estudiosos da ci nciacont bil, entre as quais destacam-se o Contismo, o Personalismo,oNeocontismo, o Controlismo, o Aziendalismo, o Patrimonialismoe o Neopatrimonialismo oriundos da Escola Italiana (Europ ia)de contabilidade , como tamb m a corrente proveniente daEscola Anglo-Sax nica, de origem , Feira de Santana, n. 38, , 20088 2 Resumidamente, pode-se dizer que o Contismo preocupa-se, fundamentalmente, com o funcionamento das contas, su-bordinando-as aos m todos de escritura o, e que teve grandeaceita o na Fran a, com destaque para os trabalhos deJacques Savary e Edmundo Degranges (pai).

8 Consideram ascontas como o objeto da contabilidade e a definem como aci ncia das a defini o da contabilidade elaborada porCarlos de Carvalho, para dem onstrar o pensam ento dessaescola, citado por Pfaltzgraff (1956, p. 15)Ci ncia que tem por objeto o estudo dos livros,documentos, c lculos e contas por meio dos quaisse registram e classificam os atos e fatosadministrativos cujos efeitos sobre o patrim nio elaensina a p r em evid ncia, dando normas paraapresenta o gr fica dos Personalismo adota a personaliza o das contas, visan-do explicar as rela es de direito e de obriga es. O objetopassa a ser as rela es de d bito e cr dito entre os proprie-t rios e os agentes consignat rios e/ou os estudos de Giuseppi Cerboni que, acei-tando o princ pio da personifica o das contas, introduziu-lheso conceito jur dico dos direitos e obriga es, abolindo a pessoaintermedi ria entre o propriet rio e a azienda; Hippolito Vannier;Francesco Marchi, etc.

9 Herman Junior apresenta uma defini o da Contabilidadefeita por Cerboni, que destaca bem o pensamento dessa es-cola:A contabilidade , considerando a azienda em todaa sua extens o, na sua organiza o e nos seusfins, indaga-lhe as fun es, determina sob quecrit rio devem ser baseados as v rias responsabi-lidades dos administradores e dos agentes e forne-ce os m todos e os meios com que se devemconhecer, medir, computar e demonstrar os resul-tados obtidos nos v rios per odos da vida aziendal.(HERMAN JUNIOR, 1972, p. 43).8 3 Sitientibus, Feira de Santana, n. 38, , 2008 Segundo Herman Junior (1972, p. 44) o Neocontism o deF bio Besta restituiu contabilidade o verdadeiro OBJETO, representado pela riqueza . Favero e outros (1997, p.)

10 20)destaca que ao m esmo tempo em que lan ava bases para odesenvolvimento do neocontismo F bio Besta procurou conceituara contabilidade como ci ncia do controle econ mico, e, obser-vando as fases da administra o, distinguiu o seguinte: faseda gest o econ mica e fase da dire o e do controle . Entreos neocontistas, s o tamb m citados por Herman Junior (1972)Leautey e Guilbaut, L on Bournisien, Ren de La Porte. Destaca-se o conceito de Jean Bournisien, a contabilidade tem porobjeto a medida dos valores econ micos e a sua aplica o naavalia o da fortuna dos indiv duos (HERMAN JUNIOR, 1972,p. 45).O Neocontismo fornece as bases para o surgimento doControlism o segundo o qual a contabilidade volta-se para ocontrole econ mico. Para Favero e outros (1997, p.


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