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Pensamento e Linguagem - Le

Pensamento e LinguagemLev Semenovich Vygotsky (1896-1934)Edi oRidendo Castigat MoresVers o para eBookeBooksBrasilFonte Todas as obras s o de acesso gratuito. Estudei sempre por conta do Estado,ou melhor, da Sociedade que paga impostos; tenho a obriga o de retribuirao menos uma gota do que ela me proporcionou. N lson Jahr Garcia(1947-2002)Copyright:Autor: Lev S. VygotskyEdi o eletr nica: Ed Ridendo Castigat Mores( ) NDICEA presenta oN lson Jahr GarciaPref cio1. O problema e a abordagem2. A teoria de Piaget sobre a Linguagem e o Pensamento dascrian as3. A teoria de Stern sobre o desenvolvimento da linguagem4. As ra zes gen ticas do Pensamento e da linguagem5. G nese e estudo experimental da forma o dos conceitos6. O desenvolvimento dos conceitos cient ficos na inf ncia7. Pensamento e linguagemNotasBibliografia (notas biliogr ficas)PENSAMENTOE LINGUAGEMLev Semenovich VygotskyAPRESENTA ON lson Jahr Garcia Vygotsky, um g nio da Psicologia.

1. O problema e a abordagem O estudo do pensamento e da linguagem é uma das áreas da psicologia em que é particularmente importante ter-se uma

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1 Pensamento e LinguagemLev Semenovich Vygotsky (1896-1934)Edi oRidendo Castigat MoresVers o para eBookeBooksBrasilFonte Todas as obras s o de acesso gratuito. Estudei sempre por conta do Estado,ou melhor, da Sociedade que paga impostos; tenho a obriga o de retribuirao menos uma gota do que ela me proporcionou. N lson Jahr Garcia(1947-2002)Copyright:Autor: Lev S. VygotskyEdi o eletr nica: Ed Ridendo Castigat Mores( ) NDICEA presenta oN lson Jahr GarciaPref cio1. O problema e a abordagem2. A teoria de Piaget sobre a Linguagem e o Pensamento dascrian as3. A teoria de Stern sobre o desenvolvimento da linguagem4. As ra zes gen ticas do Pensamento e da linguagem5. G nese e estudo experimental da forma o dos conceitos6. O desenvolvimento dos conceitos cient ficos na inf ncia7. Pensamento e linguagemNotasBibliografia (notas biliogr ficas)PENSAMENTOE LINGUAGEMLev Semenovich VygotskyAPRESENTA ON lson Jahr Garcia Vygotsky, um g nio da Psicologia.

2 Quanto n o poderialegar-nos se n o tivesse partido t o jovem?Agrade o ao Odair Furtado, professor de Psicologia daPUC-SP que, h v rios anos, indicou-me esta obra como de leituraquase obrigat ria. Aprendi a entender minha filha, crian a ainda,compreendi melhor os adultos e a mim pr prio estava preocupado em entender a rela o entre asid ias que as pessoas desenvolvem e o que dizem ou escrevem. N oo fez apenas especulando em uma mesa de escrit rio, mas foi acampo, pesquisou, fez experi ncias. Extraiu conclus es como: A estrutura da l ngua que uma pessoa fala influencia amaneira com que esta pessoa percebe o universo .. Para aqueles que v em na Linguagem apenas um c digoaleat rio, o autor responderia: Uma palavra que n o representa uma id ia uma coisamorta, da mesma forma que uma id ia n o incorporada empalavras n o passa de uma sombra.

3 Vygotsky desenvolveu in meros conceitos fundamentais paraque compreendamos a origem de nossas concep es e a forma comoas exprimimos: Pensamento egoc ntrico , pensamentosocializado , conceito espont neo , conceito cient fico , discursointerior , discurso exteriorizado , e tantos quem se interessa por entender as ideologias,comunica o, aprendizagem, doutrina o, persuas o esta umaobra b sica e indispens cio Este livro aborda o estudo de um dos mais complexosproblemas da psicologia a inter-rela o entre o Pensamento e alinguagem. Tanto quanto sabemos esta quest o n o foi aindaestudada experimentalmente de forma sistem tica. Tentamosoperar, pelo menos, uma primeira abordagem desta tarefa, levandoa cabo estudos experimentais sobre um certo n mero de aspectosisolados do problema de conjunto.

4 Os resultados conseguidosfornecem-nos uma parte do material sobre que se baseiam asnossas an an lises te ricas e cr ticas s o uma condi o pr vianecess ria e um complemento da parte experimental e, por isso,ocupam uma grande parte do nosso livro. Houve que basear aship teses de trabalho que serviram de ponto de partida ao nossoestudo nas ra zes gen ticas do Pensamento e da Linguagem . Comvista a desenvolvermos este quadro te rico, revimos e analisamosacuradamente os dados existentes na literatura psicol gicapertinentes para o estudo. Simultaneamente, sujeitamos a umaan lise cr tica as teorias mais avan adas do Pensamento e dalinguagem, na esperan a de superarmos as suas insufici ncias eevitarmos os seus pontos fracos na nossa busca de um caminhote rico por onde seria inevit vel, a nossa an lise invadiu algunsdom nios que lhe eram chegados, tais como a ling stica e apsicologia da educa o Na an lise que realizamos dodesenvolvimento dos conceitos cient ficos nas crian as, utilizamos ahip tese de trabalho relativa rela o entre o processo educacionale o desenvolvimento mental que hav amos elaborado noutraoportunidade fazendo uso de um corpo de dados estrutura deste livro for osamente complexa emultifacetada.

5 No entanto, todas as suas partes se orientam parauma tarefa central: a an lise gen tica das rela es entre opensamento e a palavra falada. O primeiro capitulo p e o problemae discute o m todo. Os segundo e terceiro cap tulos s o an lisescr ticas das duas mais influentes teorias da Linguagem e dopensamento, a de Piaget e a de Stern. No quarto cap tulo tenta-sedetectar as ra zes gen ticas do Pensamento e da Linguagem ; estecap tulo serve de introdu o te rica parte principal do livro, asduas investiga es experimentais descritas nos dois cap tulosseguintes. O primeiro estudo (cap tulo 5o.) trata da evolu ogen rica geral dos significados durante a inf ncia; o segundo(cap tulo 6o.) um estudo comparativo do desenvolvimento dosconceitos cient ficos e espont neos da crian a.

6 O ltimo cap tulotenta congregar os fios das nossas investiga es e apresentar oprocesso total do Pensamento verbal tal como surge luz dosnossos ser til enumerar brevemente os aspectos da nossa obraque julgamos serem novos, exigindo, por conseguinte, uma nova emais cuidada verifica o. Al m da nova formula o que demos aoproblema e da parcial novidade do nosso m todo, o nossocontributo pode ser resumido como se segue:(1) fornecemos provas experimentais de que os significadosdas palavras sofrem uma evolu o durante a inf ncia e definimosos passos fundamentais dessa evolu o;(2) descobrimos a forma singular como se desenvolvem osconceitos cient ficos das crian as, em compara o com osconceitos espont neos e formulamos as leis que regem o seudesenvolvimento,(3) demonstramos a natureza psicol gica espec fica e a fun oling stica do discurso escrito na sua rela o com o Pensamento e(4) clarificamos por via experimental a natureza do discursointerior e as suas rela es com o o do pelouro do autor fazer uma avalia o das suaspr prias descobertas e da forma como as interpretou: isso caber aos leitores e aos cr autor e os seus associados t m vindo a investigar osdom nios da Linguagem e do Pensamento h j quase dez anos,durante os quais as hip teses de que partiram foram revistas ouabandonadas por falsas.

7 No entanto, a linha fundamental da nossainvestiga o n o se desviou da dire o tomada desde in perfeitamente o quanto o nosso estudo imperfeito, pois n o mais do que o primeiro passo numa nova entanto sentimos que, ao descobrirmos o problema dopensamento e da Linguagem como quest o central da psicologiahumana demos algum contributo para um progresso essencial. Asnossas descobertas apontam o caminho a seguir por uma novateoria da consci ncia, nova teoria essa que afloramos apenas no fimdo nosso O problema e a abordagem O estudo do Pensamento e da Linguagem uma das reas dapsicologia em que particularmente importante ter-se umacompreens o clara das rela es inter-funcionais n o compreendermos a inter-rela o entre o pensamentoe a palavra, n o poderemos responder a nenhuma das quest esmais espec ficas deste dom nio, nem sequer levant -las.

8 Por maisestranho que tal possa parecer, a psicologia nunca estudousistematicamente e em pormenor as rela es, e as inter-rela es emgeral nunca tiveram at hoje a aten o que merecem. Os modos dean lise atom sticos e funcionais predominantes durante a ltimad cada tratavam os processos ps quicos de uma forma isolada. Osm todos de investiga o desenvolvidos e aperfei oados tinham emvista estudar fun es separadas, mantendo-se fora do mbito dainvestiga o a interdepend ncia e a organiza o dessas mesmasfun es na estrutura da consci ncia como um todo. verdade que todos aceitavam a unidade da consci ncia e ainter-rela o de todas as fun es ps quicas; partia-se da hip tesede que as fun es isoladas operavam inseparavelmente, numaininterrupta conex o m tua. Mas na velha psicologia, a premissainquestion vel da unidade combinava-se com um conjunto depressupostos t citos que a anulavam para todos os efeitos pr como ponto assente que a rela o entre duasdeterminadas fun es nunca variava: aceitava-se, por exemplo, queas rela es entre a percep o e a aten o, entre a aten o e amem ria e entre a mem ria e o Pensamento eram constantes e,como constantes, podiam ser anuladas e ignoradas (e eram-no) noestudo das fun es isoladas.

9 Como as conseq ncias das rela eseram de fato nulas, via-se o desenvolvimento da consci ncia comodeterminado pelo desenvolvimento aut nomo das fun es entanto, tudo o que sabemos do desenvolvimento ps quico indicaque a sua ess ncia mesma constitu da pelas varia es ocorridasna estrutura inter-funcional da consci ncia. A psicologia ter queconsiderar estas rela es e as varia es resultantes do seudesenvolvimento como problema fulcral, ter que centrar nelas oestudo, em vez de continuar pura e simplesmente a postular ointer-relacionamento geral de todas as fun es. Para se conseguirum estudo produtivo da Linguagem e do Pensamento torna-seimperativo operar esta modifica o de relance sobre os resultados de anteriores investiga es dopensamento e da Linguagem mostrar que todas as teoriasexistentes desde a antig idade at aos nossos dias, cobrem todo oleque que vai da identifica o, da fus o entre o Pensamento e odiscurso num dos extremos, a uma quase metaf sica separa o esegrega o de ambos, no outro.

10 Quer sejam express o de um destesextremos na sua forma pura, quer os combinem, quer dizer, quertomem uma posi o interm dia, sem nunca abandonarem, contudo,o eixo que une os dois p los, todas as v rias teorias do pensamentoe da Linguagem permanecem dentro deste c rculo seguir a evolu o da id ia da identidade entre opensamento e o discurso desde as especula es da ling sticapsicol gica, segundo a qual o Pensamento discurso menos som ,at as teorias dos modernos psic logos e reflexionistas americanos,para os quais o Pensamento um reflexo inibido do seu elementomotor. Em todas estas teorias a quest o da rela o existente entre opensamento e o discurso perde todo o seu significado. Se s o uma ea mesma coisa, n o pode surgir entre eles nenhuma rela que identificam o Pensamento com o discurso limitam-se afechar a porta ao problema.


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