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VIVENCIANDO OS JOGOS E BRINCADEIRAS …

VIVENCIANDO OS JOGOS E BRINCADEIRAS IND GENAS NA EDUCA O INFANTIL Elisabete Candido Rodrigues Okada1 Selva Maria Guimar es Barreto(O)2 Resumo A Educa o F sica escolar pode ser desenvolvida considerando as tr s dimens es dos conte dos, com o intuito de estreitar as rela es entre teoria e pr tica, e n o ser mais o tradicional jogo de bola na escola, tornando-se uma alternativa para o professor perceber/refletir sobre sua pr tica no ambiente escolar. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi obter uma ferramenta did tica com a utiliza o dos JOGOS e BRINCADEIRAS ind genas nas aulas de Educa o F sica na Educa o Infantil podendo contribuir no processo escolar, provocando modifica es, promovendo o bem estar e proporcionando novos movimentos. Para tanto, foi aplicada uma interven o utilizando como conte do os JOGOS e BRINCADEIRAS ind genas, em um grupo de 21 crian as de 4 e 5 anos idades, sendo todas as interven es registradas sistematicamente por meio de observa es e grava es em udio.

VIVENCIANDO OS JOGOS E BRINCADEIRAS INDÍGENAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL Elisabete Candido Rodrigues Okada 1 Selva Maria Guimarães Barreto(O) 2 Resumo

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1 VIVENCIANDO OS JOGOS E BRINCADEIRAS IND GENAS NA EDUCA O INFANTIL Elisabete Candido Rodrigues Okada1 Selva Maria Guimar es Barreto(O)2 Resumo A Educa o F sica escolar pode ser desenvolvida considerando as tr s dimens es dos conte dos, com o intuito de estreitar as rela es entre teoria e pr tica, e n o ser mais o tradicional jogo de bola na escola, tornando-se uma alternativa para o professor perceber/refletir sobre sua pr tica no ambiente escolar. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi obter uma ferramenta did tica com a utiliza o dos JOGOS e BRINCADEIRAS ind genas nas aulas de Educa o F sica na Educa o Infantil podendo contribuir no processo escolar, provocando modifica es, promovendo o bem estar e proporcionando novos movimentos. Para tanto, foi aplicada uma interven o utilizando como conte do os JOGOS e BRINCADEIRAS ind genas, em um grupo de 21 crian as de 4 e 5 anos idades, sendo todas as interven es registradas sistematicamente por meio de observa es e grava es em udio.

2 Foi poss vel concluir que a aplica o e viv ncias destas BRINCADEIRAS e JOGOS podem em muito contribuir para o processo de desenvolvimento infantil, haja vista a ades o e ader ncia verificada. Palavras-Chave: Educa o F sica Escolar; JOGOS Ind genas; Desenvolvimento Infantil. Abstract The school physical education can be developed considering the three dimensions of content, in order to narrow the gap between theory and practice, and not the more traditional "ball game" at school, becoming an alternative to realize the teacher / reflect on their practice in the school environment. Thus, the objective was to obtain a teaching tool with the use of indigenous sports and games in physical education classes in kindergarten and can contribute in the school process, causing changes, promoting wellness and providing new movements. For this, an intervention was implemented using the content as indigenous games and play in a group of 21 children ages 4 and 5 years, and all interventions systematically recorded through observations and audio recordings.

3 It was concluded that the implementation and experiences of these jokes and games can greatly contribute to the development of children, considering the membership and adherence verified. Key Words: School physical education; indigenous games; development of children. INTRODU O Em minha trajet ria como professora de Educa o F sica (Psicomotricidade) na Educa o Infantil de uma escola da rede particular da cidade de S o Carlos percebo o quanto complexo refletir e atuar nesta etapa da educa o b sica. 1 Professora de Educa o F sica da Rede Privada de Ensino de S o Carlos; aluna do Curso de Especializa o em Educa o F sica Escolar do DEFMH/UFSCar. 2 Professora Adjunta e Coordenadora do Curso de Licenciatura em Educa o F sica do DEFMH/UFSCar. 197 Tal constata o adv m n o s por ser a forma o docente um processo permanente e (que) envolve a valoriza o identit ria e profissional dos professores conforme afirma Oliveira (2002, p.)

4 13), mas prioritariamente por ser a educa o infantil aquela que dever responder ao entendimento de que a diversidade humana, t o preciosa, corre o risco de desaparecer em decorr ncia da globaliza o da economia, com reflexos para as institui es sociais (OLIVEIRA, 2002, p. 35). Ao considerar e relevar que minhas a es na escola devam ser estruturadas de modo a auxiliar as crian as no estabelecimento de suas rela es com os diferentes saberes humanos, via dom nio de diferentes linguagens, valores culturais e padr es de comportamentos. Defendo que minhas atua es educacionais intencionais apresentam como objetivos principais a amplia o do universo cultural desta popula o, via constru o e viv ncia de experi ncias que permitam e estimulem o cultivo da toler ncia, do aprendizado com base nas diferen as, do combate aos preconceitos e da abertura, conhecimento e respeito ao diferente (OLIVEIRA, 2002; RIZZO, 2000).

5 Desta forma, entendo que o processo de ensino-aprendizagem formal a ser estruturado e oportunizado s crian as deva n o s permitir, mas prioritariamente estimular a mobiliza o adequada das informa es, conhecimentos, atitudes e procedimentos assimilados, transformados e tamb m negados por estas. Tal entendimento se baseia nos fundamentos norteadores da Educa o Infantil expostos nas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educa o Infantil (BRASIL, 1999) que, em seu artigo 3 . Exp e que os projetos pedag gicos desenvolvidos nas institui es de Educa o Infantil devam ser norteados por princ pios ticos da autonomia, da responsabilidade, da solidariedade e do respeito ao bem comum; dos princ pios pol ticos dos direitos e deveres da cidadania, do exerc cio da criticidade e do respeito ordem democr tica; dos princ pios est ticos da sensibilidade, da criatividade, da ludicidade e da diversidade das manifesta es art sticas e culturais.

6 Desta forma, entendo e defendo a necessidade de inclus o de conte dos culturais-motores oriundos da cultura ind gena nas viv ncias institucionalizadas no mbito da educa o infantil, j que estes se constituem como prof cuos agentes estimuladores da almejada forma o de atitudes, h bitos, pensamentos e sentimentos infantis. Associado a tudo isso, os encontros e desencontros existentes nas rela es de conte dos, nas reas do conhecimento no campo das ci ncias humanas se constituem na base de um instigante desafio que leva a compreender os pontos de uni o da cultura ind gena com o conte do escolar da Educa o F sica. J que as rela es existentes entre a cultura ind gena e a Educa o Escolar Infantil devem ser constru das de modo a permitir pr ticas pol ticas coerentes com a busca do conhecimento e da cidadania. 198 Necess rio ressaltar que esta busca n o um conhecimento finalizado, mas um desenvolvimento humano de interdisciplinaridade, hist rica e de organiza o e transforma o social.

7 Apesar da import ncia de tal tem tica, s o poucos os estudos desenvolvidos, o que me levou a discutir sobre o mesmo nesta pesquisa monogr fica. Diante do exposto, objetivei n o s oportunizar a um grupo de crian as vinculadas a uma escola de Educa o Infantil da rede particular de ensino da cidade de S o Carlos, a viv ncia de um programa de interven o constitu do por JOGOS e BRINCADEIRAS ind genas, mas tamb m procurei verificar as respostas emitidas por estas com rela o s a es propostas. 2. COMPREENDENDO A HISTORIA IND GENA NO BRASIL A Descoberta do Novo Territ rio e o Encontro de Diferentes Seres A descoberta do Brasil em uma perspectiva euroc ntrica se refere chegada, em 22 de abril de 1500, da frota portuguesa guiada por Pedro lvares Cabral, navegador contratado pelo Rei de Portugal Don Jo o II e incumbido de encontrar uma nova rota para as ndias, ao territ rio onde hoje se encontra o Brasil. Pedro lvares Cabral enviou Nicolau Coelho com um pequeno barco ao territ rio, com o objetivo de examinar a praia e tamb m os homens, que andavam pela praia quase nus, apresentavam pele escura e portavam lan as e outros ornamentos.

8 Ao aportarem, encontraram o litoral baiano ocupado por duas na es ind genas do grupo ling stico tupi: os tupinamb s e os tupiniquins, grupo este que, desde o in cio da ocupa o, opoiou a coloniza o portuguesa no territ rio (BOKER, 2002). Ap s dois meses na ent o ilha de Santa Cruz, Cabral volta para Portugal para contar a novidade e com o falecimento de Don Jo o II, Don Jo o III torna-se rei e envia Am rico Vesp cio j no ano de 1501, ao novo territ rio, de modo a coordenar uma expedi o exploradora. J em 1503 Gon alo Coelho o incumbido de realizar um levantamento sobre a da costa brasileira e observar as atividades dos cors rios franceses, que contrabandeavam o pau-brasil (CIVITA, 1972). Somente trinta anos depois (1533) que Don Jo o III envia Martin Afonso de Souza de modo a realizar a primeira expedi o colonizadora para o Brasil e enfrentar os cors rios e os ataques dos ndios, insatisfeitos com os tratamentos recebidos pelos colonizadores.

9 Tais conflitos oriundos das a es portuguesas provocaram extin o de muitas sociedades ind genas que viviam no territ rio dominado, seja pela a o das armas, seja em decorr ncia 199 do cont gio por doen as trazidas dos pa ses distantes, ou ainda, pela aplica o de pol ticas visando assimila o dos ndios nova sociedade implantada (CIVITA, 1972), sendo que somente partir de 1910 as popula es ind genas brasileiras deixaram de ser rotuladas como selvagem ou d cil, tendo sido reconhecidas as suas especificidades culturais e hist ricas e os direitos sobre as terras na Constitui o de 1988. Com o objetivo de proporcionar uma melhor compreens o da historia ind gena brasileira, ser o apresentados alguns registros sobre os ndios no Brasil e sua historia. Registro sobre a Hist ria dos ndios no Brasil Os antigos habitantes do continente americano descendem de popula es da sia segundo vest gios obtidos por estudos arqueol gicos que datam de a anos, embora n o haja consenso sobre o per odo em que teria ocorrido a primeira leva migrat ria.

10 Os povos ind genas que hoje vivem na Am rica do Sul s o origin rios de povos ca adores que aqui se instalaram, vindo do hemisf rio norte e que desenvolveram diferentes modos de uso dos recursos naturais e de organiza o social sendo que, no Brasil, a presen a humana est documentada a cerca de e anos atr s, mas novas evid ncias t m sido encontradas na Bahia e no Piau que comprovariam ser mais antiga esta ocupa o (MELATTI, 2004). Falar hoje em povos ind genas no Brasil significa reconhecer a cultura brasileira, mas em todo o continente americano, tamb m s o chamados de ndios. Essa palavra, ndio , fruto do equ voco hist rico dos primeiros colonizadores que, tendo chegado s Am ricas, julgaram estar na ndia. Apesar do erro, o uso cont nuo, at mesmo por parte dos pr prios ndios, faz da palavra, no Brasil de hoje, um sin nimo de indiv duo, pessoa ind gena.


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