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A IMPORTÂNCIA DA PSICOTERAPIA COGNITIVO …

Mara Garcia Vieira, Martha Wallig Brusius Ludwig Documento produzido em 15-03-2009 A IMPORT NCIA DA PSICOTERAPIA COGNITIVO -COMPORTAMENTAL NO tratamento DO TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA Mara Garcia Vieira Psic loga. Psicoterapeuta. Mestre em Ci ncias (UFPel). Especialista em Psicopedagogia Cl nica (UCPel). Especialista em PSICOTERAPIA COGNITIVO -Comportamental (ISEPE) (Brasil) Martha Wallig Brusius Ludwig Psic loga. Psicoterapeuta. Mestre em Psicologia Cl nica (PUCRS). Pesquisadora Colaboradora do Grupo de Pesquisa: Avalia o e Atendimento em PSICOTERAPIA Cognitiva do Programa de P s-Gradua o em Psicologia (PUCRS) (Brasil) RESUMO O Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG) um transtorno cr nico de ansiedade podendo durar muitos anos, provocando queda na qualidade de vida do indiv duo e prejudicando seu desempenho social, familiar e profissional. A Terapia COGNITIVO -Comportamental (TCC) a terapia que tem se mostrado mais eficaz no tratamento deste transtorno com ganhos relativamente est veis.

Mara Garcia Vieira, Martha Wallig Brusius Ludwig 6 www.psicologia.com.pt Documento produzido em 15-03-2009 controle após o tratamento e continuaram melhorando nos vinte e quatro meses seguintes,

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  Cognitivo, Tratamento, O tratamento

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1 Mara Garcia Vieira, Martha Wallig Brusius Ludwig Documento produzido em 15-03-2009 A IMPORT NCIA DA PSICOTERAPIA COGNITIVO -COMPORTAMENTAL NO tratamento DO TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA Mara Garcia Vieira Psic loga. Psicoterapeuta. Mestre em Ci ncias (UFPel). Especialista em Psicopedagogia Cl nica (UCPel). Especialista em PSICOTERAPIA COGNITIVO -Comportamental (ISEPE) (Brasil) Martha Wallig Brusius Ludwig Psic loga. Psicoterapeuta. Mestre em Psicologia Cl nica (PUCRS). Pesquisadora Colaboradora do Grupo de Pesquisa: Avalia o e Atendimento em PSICOTERAPIA Cognitiva do Programa de P s-Gradua o em Psicologia (PUCRS) (Brasil) RESUMO O Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG) um transtorno cr nico de ansiedade podendo durar muitos anos, provocando queda na qualidade de vida do indiv duo e prejudicando seu desempenho social, familiar e profissional. A Terapia COGNITIVO -Comportamental (TCC) a terapia que tem se mostrado mais eficaz no tratamento deste transtorno com ganhos relativamente est veis.

2 Este artigo aborda a import ncia da TCC no tratamento do TAG e foi desenvolvido a partir de uma pesquisa bibliogr fica e revis o sistem tica utilizando as seguintes bases de dados: Scielo, Bireme, Cochrane Library, Lilacs e Google, em artigos entre 1998 e 2007. Tr s artigos foram inclu dos nos resultados, por descreverem as t cnicas. Estudos apontam que as t cnicas comportamentais da TCC s o importantes no tratamento do TAG porque s o efetivas na diminui o dos sintomas, possibilitando uma melhora na qualidade de vida e obtendo uma resposta positiva ao tratamento . Palavras-chave: TAG, TCC, adultos Mara Garcia Vieira, Martha Wallig Brusius Ludwig Documento produzido em 15-03-2009 1. INTRODU O Na pr tica m dica o Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG) o mais comum dos transtornos de ansiedade, manifestando-se mais no sexo feminino do que no masculino em uma propor o de 2:1 (Shinohara e Nardi, 2001).

3 Em uma amostra comunit ria a taxa de preval ncia em um ano para o TAG foi de 3% e durante a vida de 5%. A preval ncia tamb m alta na popula o de idosos com 80 anos ou mais. Esse transtorno ocorre em associa o com a sintomatologia depressiva e est vinculado a um pior padr o de qualidade de vida relativa sa de (Xavier, Ferraz, Trenti, Argimon, Bertollucci, Poyares e Moriguchi, 2001). Os crit rios diagn sticos do Manual Diagn stico e Estat stico de Transtornos Mentais (DSM-IV-TR) para o TAG s o apresentados abaixo: A. Ansiedade e preocupa o excessivas (expectativa apreensiva), ocorrendo na maioria dos dias por um per odo m nimo de seis meses, com diversos eventos ou atividades (tais como desempenho escolar ou profissional). B. O indiv duo considera dif cil controlar a preocupa o. C. A ansiedade e a preocupa o est o associadas com tr s (ou mais) dos seguintes seis sintomas (com pelo menos alguns deles presentes na maioria dos dias nos ltimos seis meses).

4 Nota: Apenas um item exigido para crian as. (1) inquieta o ou sensa o de estar com os nervos flor da pele (2) fatigabilidade (3) dificuldade em concentrar-se ou sensa es de branco na mente (4) irritabilidade (5) tens o muscular (6) perturba o do sono (dificuldades em conciliar ou manter o sono, ou o sono insatisfat rio e inquieto) D. O foco da ansiedade ou preocupa o n o est confinado a aspectos de um transtorno do Eixo I; por exemplo, a ansiedade ou preocupa o n o se refere a ter um Ataque de P nico (como no Transtorno de P nico), ser envergonhado em p blico (como na Fobia Social), ser contaminado (como no Transtorno Obsessivo-Compulsivo), ficar afastado de casa ou de parentes pr ximos (como no Transtorno de Ansiedade de Separa o), ganhar peso (como na Anorexia Nervosa), ter m ltiplas queixas f sicas (como no Transtorno de Somatiza o) ou ter uma doen a grave (como na Hipocondria), e a Mara Garcia Vieira, Martha Wallig Brusius Ludwig Documento produzido em 15-03-2009 ansiedade ou preocupa o n o ocorre exclusivamente durante o Transtorno de Estresse P s-Traum tico.

5 E. A ansiedade, a preocupa o ou os sintomas f sicos causam sofrimento clinicamente significativo ou preju zo no funcionamento social ou ocupacional ou em outras reas importantes da vida do indiv duo. F. A perturba o n o se deve aos efeitos fisiol gicos diretos de uma subst ncia (droga de abuso, medicamento) ou de uma condi o m dica geral (por exemplo, hipertiroidismo) nem ocorre exclusivamente durante um Transtorno do Humor, Transtorno Psic tico ou Transtorno Global do Desenvolvimento. Nas cl nicas que trabalham com transtornos de ansiedade, at 25% dos pacientes apresentam TAG como diagn stico principal ou com rbido (DSM IV-TR). Pacientes com TAG apresentam uma hist ria de ansiedade generalizada que dura toda a vida. A idade de in cio dos sintomas dif cil de ser determinada, pois a maioria dos pacientes n o sabe precisar quando isso ocorreu. Eles relatam que sempre foram assim n o informando uma idade definida de in cio ou relatando apenas que seu in cio ocorreu na adolesc ncia ou quando adultos jovens com idade em torno de 20 anos (Barlow, 1999, Rang , 2001).

6 O TAG um transtorno cr nico de ansiedade podendo durar muitos anos provocando queda na qualidade de vida do paciente e prejudicando seu desempenho social, familiar e profissional. N o h estudos prospectivos sobre a evolu o do TAG portanto sem tratamento n o h remiss o dos sintomas. S o complica es comuns do TAG o abuso de drogas e os quadros depressivos com risco de suic dio al m das dificuldades econ micas e sociais (Shinohara e Nardi, 2001). Segundo estes autores n o h um gene espec fico para o TAG. Estudos com g meos indicam a participa o do fator gen tico, e a taxa de concord ncia entre g meos monozig ticos quatro vezes maior do que em dizig ticos. Com a apari o dos transtornos de ansiedade e de outros modelos de ansiedade torna-se fundamental estudar o TAG visto que os processos que o assinalam est o presentes em todos os transtornos de ansiedade. Embora muitos avan os tenham sido feitos com rela o ao TAG, v rios autores enfatizam a necessidade de mais investiga es sobre este transtorno (Barlow, 1999, Newman e Anderson, 2007, Hunot, Churchill, Silva de Lima e Teixeira, 2007).

7 Desta forma, o presente trabalho visa discutir o tema, aprofundando a quest o do tratamento atrav s da TCC. Mara Garcia Vieira, Martha Wallig Brusius Ludwig Documento produzido em 15-03-2009 2. REFERENCIAL TE RICO: tratamento do TAG na Terapia COGNITIVO -Comportamental (TCC) Grande parte das pessoas com TAG n o procuram tratamento . A maioria dos casos tratada por cl nicos gerais e gastroenterologistas, pois devido ao grande n mero de sintomas f sicos os pacientes n o percebem a possibilidade de estar padecendo de um transtorno mental, o que dificulta o diagn stico e o seguimento do tratamento adequado. Os pacientes com TAG buscam a opini o de v rios m dicos e realizam diferentes exames sempre com o intuito de diminuir a preocupa o de estarem com uma doen a grave. No TAG as preocupa es mais proeminentes s o vida familiar (79%), vida econ mica (50%), trabalho (43%), doen as (14%) existindo tamb m preocupa es com as situa es do cotidiano e com as rela es interpessoais.

8 Nos indiv duos com TAG o esquema atrav s do qual formam suas rela es pode ajudar a refor ar ou manter suas preocupa es (Newman e Anderson, 2007). Alguns estudos apontam a efic cia da TCC no tratamento de indiv duos com TAG com ganhos relativamente est veis (Hunot, Churchill, Silva de Lima e Teixeira, 2007). Hunot, Churchill, Silva de Lima e Teixeira (2007) discutem em seu artigo se as terapias psicol gicas s o efetivas no tratamento do TAG e se a TCC mais efetiva do que outros enfoques de terapias psicol gicas, incluindo as terapias psicodin micas e de apoio. No referido artigo foram inclu dos 25 estudos com o n mero total de 1305 participantes, dos quais 22 estudos com o n mero de 1060 participantes contribu ram com dados para meta-an lise. Todos os 25 estudos utilizaram enfoque de TCC e compararam a TCC com o tratamento habitual, com pacientes em lista de espera (13 estudos) e com outras terapias psicol gicas (12 estudos).

9 No tratamento de adultos, estes autores mostraram que indiv duos atendidos em uma terapia psicol gica baseada nos princ pios da TCC tiveram maior probabilidade de diminuir a ansiedade no final do tratamento do que indiv duos que receberam tratamento habitual ou que se encontravam em uma lista de espera para TCC. A TCC foi efetiva para diminuir os sintomas secund rios de preocupa o e depress o. Os autores relatam que t cnicas comportamentais como: a dessensibiliza o por autocontrole, o automonitoramento e o relaxamento muscular progressivo utilizados independentes ou combinados no tratamento da ansiedade parecem ser efetivas quando comparadas com o tratamento habitual do TAG em adultos e idosos. Outras t cnicas comportamentais como os m todos de exposi o, muito utilizados no tratamento de outros transtornos de ansiedade, s o pouco aplic veis no TAG devido a n o especificidade dos fatores desencadeantes externos (Deacon, 2004 apud Hunot, Churchill, Silva de Lima e Teixeira, 2007).

10 O artigo de Newman e Anderson (2007) mostra v rios estudos sobre o tratamento do TAG com a TCC que leva a mudan as significativas com melhorias por um ano. Os autores chegaram Mara Garcia Vieira, Martha Wallig Brusius Ludwig Documento produzido em 15-03-2009 conclus o de que os tratamentos com a TCC s o mais eficazes e levam a uma redu o do uso da medica o quando comparados com a medica o placebo, com o grupo sem tratamento , com a terapia anal tica ou com a terapia n o diretiva. Borkovec, Newman, Pincus e Lytle (2002) realizaram um estudo visando identificar componentes fundamentais do tratamento do TAG pela TCC. Os autores compararam terapia cognitiva, relaxamento aplicado com dessensibiliza o por autocontrole (aplica o do relaxamento em situa es ansiog nicas) e TCC. Este estudo comparativo teve a dura o de 14 sess es por semana de uma hora e meia, com exce o das 4 primeiras que tiveram a dura o de duas horas.


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