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TERAPIA FAMILIAR SISTÉMICA: UMA BREVE …

Pedro Nuno Martins Carvalhal, C tia Patr cia Fernandes da Silva Documento produzido em 13 08 2011 [Trabalho de Curso] TERAPIA FAMILIAR SIST MICA: UMA BREVE INTRODU O AO TEMA 2011 Trabalho de Curso no mbito da cadeira Modelos Sist micos, do Mestrado Integrado em Psicologia na Universidade de Coimbra Pedro Nuno Martins Carvalhal C tia Patr cia Fernandes da Silva Licenciados em Ci ncias Psicol gicas pela Faculdade de Psicologia da Universidade de Coimbra. Mestrandos em Psicologia Cl nica e da Sa de na Faculdade de Psicologia e de Ci ncias da Educa o da Universidade de Coimbra (Portugal) RESUMO O presente trabalho reflecte de forma clara e sucinta acerca de aspectos primordiais no campo da TERAPIA FAMILIAR .

Pedro Nuno Martins Carvalhal, Cátia Patrícia Fernandes da Silva 1 www.psicologia.pt Documento produzido em 13‐08‐2011 [Trabalho de Curso] TERAPIA FAMILIAR

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  Familiar, Terapia, Terapia familiar

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1 Pedro Nuno Martins Carvalhal, C tia Patr cia Fernandes da Silva Documento produzido em 13 08 2011 [Trabalho de Curso] TERAPIA FAMILIAR SIST MICA: UMA BREVE INTRODU O AO TEMA 2011 Trabalho de Curso no mbito da cadeira Modelos Sist micos, do Mestrado Integrado em Psicologia na Universidade de Coimbra Pedro Nuno Martins Carvalhal C tia Patr cia Fernandes da Silva Licenciados em Ci ncias Psicol gicas pela Faculdade de Psicologia da Universidade de Coimbra. Mestrandos em Psicologia Cl nica e da Sa de na Faculdade de Psicologia e de Ci ncias da Educa o da Universidade de Coimbra (Portugal) RESUMO O presente trabalho reflecte de forma clara e sucinta acerca de aspectos primordiais no campo da TERAPIA FAMILIAR .

2 Come ando pelas suas origens, viajando at aos anos cinquenta, avan ando depois da mudan a de paradigma e, de forma mais ponderada, abordando um novo conceito de doen a mental. Aqui, a aten o deixa de ser dirigida ao sujeito, mas sim direccionada para o funcionamento global do sistema onde o sujeito est inserido e onde tamb m o sintoma ocupa um papel de extrema import ncia, que comporta uma mensagem dirigida a todo o sistema. ainda referida a complexidade do processo terap utico, os par metros a ter em conta na avalia o do funcionamento FAMILIAR e o papel do terapeuta na TERAPIA . Palavras-chave: TERAPIA FAMILIAR , sistema, fam lia, sintoma, terapeuta Pedro Nuno Martins Carvalhal, C tia Patr cia Fernandes da Silva Documento produzido em 13 08 2011 [Trabalho de Curso] Toda a doutrina social que visa destruir a fam lia m , e para mais inaplic vel.

3 Quando se decomp e uma sociedade, o que se acha como res duo final n o o indiv duo mas sim a fam lia Victor Hugo in Miscel nea de Literatura e Filosofia A TERAPIA FAMILIAR desenvolvida a partir dos anos cinquenta nos Estados Unidos da Am rica, como uma mudan a de paradigma do pensamento anal tico para o pensamento sist mico. Este movimento implicou a importa o de conceitos de diversas reas do saber para a psicologia, onde se destacam tr s reas: a Cibern tica, atrav s dos conceitos de regula o, funcionamento e evolu o do sistema FAMILIAR ; as teorias da comunica o pela grelha de an lise para um melhor entendimento sobre a interac o nas fam lias e finalmente, a Teoria Geral dos Sistemas, da qual se retira a no o b sica de sistema, onde se v a fam lia como um todo e n o a soma das v rias partes.

4 (Relvas, 1999) Perante estes acontecimentos, constr i-se um novo conceito de doen a mental onde o sintoma encarado como um comportamento l gico que possui total coer ncia tendo em conta o contexto onde est inserido. O paciente identificado, portador do sintoma assim um dos elos de uma cadeia interactiva disfuncional de um todo, sendo que esta disfuncionalidade se deve aos movimentos homeost ticos que o sistema poria em curso para obter a sua manuten o. (Relvas, 1999) Com esta mudan a de paradigma, o sujeito que tinha o sintoma deixava de ocupar o centro da aten o; o interesse do terapeuta passava a alargar-se ao funcionamento global do sistema onde o indiv duo est presente.

5 O sintoma passa a ser percebido como um dos aspectos do funcionamento e o foco da aten o direccionado para o agregado de elementos em interac o din mica, organizados em fun o de uma finalidade. Este sintoma, sendo um comportamento manifestado por um ou mais dos componentes do sistema, em si pr prio e por defini o, n o apenas relativo a quem o manifesta mas a todo o sistema. (Paix o, 1995) O conceito de fam lia fundamental na pr tica da TERAPIA FAMILIAR , Gameiro define-a como: (..) uma rede complexa de rela es e emo es no qual se passam sentimentos e comportamentos que n o s o pass veis de ser pensados com os instrumentos criados para o estudo dos indiv duos isolados.

6 (..) a simples descri o de uma fam lia n o serve para transmitir a riqueza e complexidade relacional desta estrutura. (1992: 187) Pedro Nuno Martins Carvalhal, C tia Patr cia Fernandes da Silva Documento produzido em 13 08 2011 [Trabalho de Curso] A fam lia um sistema social, aberto e auto-organizado, tendo as mesmas caracter sticas de qualquer outro destes sistemas. Uma fam lia um todo, mas ao mesmo tempo pertence tamb m a outros sistemas de contextos mais vastos, nos quais se vai integrar, como a comunidade ou a sociedade. Ao inv s, dentro da fam lia, existem totalidades mais pequenas, isto , subsistemas, chegando at ao subsistema individual. Esta hierarquiza o sist mica pensa a fam lia como um sistema entre sistemas enfatizando o papel das rela es estabelecidas onde nem o meio nem o sujeito s o exclu dos desta abordagem.

7 (Relvas, 2003) Relvas (2003) afirma que a fam lia deve procurar responder a duas fun es primordiais: em primeiro lugar, permitir o crescimento e individualiza o dos seus membros ao mesmo tempo que incute o sentimento de perten a; em segundo lugar, deve facilitar a integra o destes no contexto sociocultural onde pertencem. A fam lia assim um agente de socializa o prim ria. A TERAPIA FAMILIAR assim uma abordagem terap utica que visa alterar as interac es entre os membros da fam lia e simultaneamente melhorar o funcionamento individual. (Bloch,1999) Isto porque o comportamento sintom tico entendido como uma mensagem e adequado perante o contexto em que se manifesta.

8 E a interven o vai assumir-se nos aspectos relacionais da unidade FAMILIAR , atrav s das mudan as nos processos comunicacionais nela implicados. (Relvas, 2003) Segundo a mesma autora (Relvas, 2003), falar do processo terap utico em TERAPIA FAMILIAR algo bastante complexo isto porque a TERAPIA FAMILIAR n o possui uma teoria unificada, mas pelo contr rio, possui v rios modelos de TERAPIA com base em diferentes escolas Cl ssicas (modelo estrutural de Minuchin, estrat gico de Palo Alto, e o transgeracional de Bowen) e os novos desenvolvimentos (modelo narrativo de White, TERAPIA centrada na solu o de Shazer e os modelos integrativos). Por m existem pontos que s o comuns a toda a TERAPIA FAMILIAR que est relacionado com a necessidade do terapeuta se apoiar numa teoria acerca da fam lia que segundo Vetere (1987, citado por Relvas, 2003) satisfa a os seguintes requisitos: 1.

9 Descrever e explicar a estrutura FAMILIAR , a sua din mica, processo e mudan a; 2. Descrever as estruturas interpessoais e as din micas emocionais dentro da fam lia; 3. Ter em conta a fam lia como liga o entre o individual e a cultura; 4. Descrever o processo de individua o e a diferencia o dos membros da fam lia; 5. Prever a sa de e a patologia dentro da fam lia, isto , ter um conjunto de hip teses acerca do funcionamento FAMILIAR e das causas da disfun o; 6. Prescrever estrat gias terap uticas para lidar com a disfun o FAMILIAR . Pedro Nuno Martins Carvalhal, C tia Patr cia Fernandes da Silva Documento produzido em 13 08 2011 [Trabalho de Curso] Quando existem casos de viol ncia dom stica ou abuso sexual, a TERAPIA FAMILIAR contra-indicada, uma vez que a vitima n o ir provavelmente expressar sentimentos na presen a do seu agressor.

10 (Bloch,1999) Existem v rios par metros que t m de se ter em conta na avalia o do funcionamento da fam lia no aqui e agora que segundo Bloch (1999), podem ser considerados tendo em conta os seguintes t picos: A. Comunica o e troca de informa o; B. Estado emocional e express o de sentimentos; C. Atmosfera FAMILIAR ; D. Coes o, sentido de perten a e lealdade; E. Fronteiras entre subsistemas; F. Opera es familiares na resolu o de problemas do quotidiano. O objectivo do terapeuta ao longo da sess o o de avaliar o problema nos termos que o paciente identificado (portador do sintoma) apresenta, compreender as suas origens e o papel da fam lia na sua manuten o, para assim poder motivar as mudan as requeridas de forma a aliviar o problema e melhorar a vida FAMILIAR .


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