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O ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL - …

Diana Manuela Gomes Cancela 1 Documento produzido em 02-05-2008 O ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL - CLASSIFICA O, PRINCIPAIS CONSEQU NCIAS E REABILITA O 2008 Trabalho realizado no Est gio de Complemento ao Diploma de Licenciatura em Psicologia pela Universidade Lus ada do Porto Diana Manuela Gomes Cancela Psic loga Licenciada pela Universidade Lus ada do Porto, Portugal Email: RESUMO Neste trabalho s o abordados aspectos diversos relacionados com o ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL - AVC, nomeadamente a sua defini o, incid ncia, factores de risco e fisiopatologia; os diferentes tipos de AVC; os problemas associados les o neurol gica provocada por AVC; problemas secund rios e complica es das les es neurol gicas por AVC; exames complementares de diagn stico; medica o preventiva; a terapia para doentes com AVC; o progn stico nas doen as vasculares cerebrais.

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1 Diana Manuela Gomes Cancela 1 Documento produzido em 02-05-2008 O ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL - CLASSIFICA O, PRINCIPAIS CONSEQU NCIAS E REABILITA O 2008 Trabalho realizado no Est gio de Complemento ao Diploma de Licenciatura em Psicologia pela Universidade Lus ada do Porto Diana Manuela Gomes Cancela Psic loga Licenciada pela Universidade Lus ada do Porto, Portugal Email: RESUMO Neste trabalho s o abordados aspectos diversos relacionados com o ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL - AVC, nomeadamente a sua defini o, incid ncia, factores de risco e fisiopatologia; os diferentes tipos de AVC; os problemas associados les o neurol gica provocada por AVC; problemas secund rios e complica es das les es neurol gicas por AVC; exames complementares de diagn stico; medica o preventiva; a terapia para doentes com AVC; o progn stico nas doen as vasculares cerebrais.

2 Palavras-chave: AVC, tipos, s ndromes vasculares, consequ ncias, reabilita o DEFINI O DE ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL (AVC) A express o AVC refere-se a um complexo de sintomas de defici ncia neurol gica, que duram pelo menos vinte e quatro horas e resultam de les es cerebrais provocadas por altera es da irriga o sangu nea (Mausner, 1999). De outra forma, podemos afirmar que o AVC uma doen a caracterizada pelo in cio agudo de um d fice neurol gico que persiste por pelo menos 24 horas, reflectindo envolvimento focal do sistema nervoso central como resultado de um dist rbio na circula o sangu nea CEREBRAL . Estas les es cerebrais s o provocadas por um enfarte, devido a isquemia ou hemorragia, de que resulta o comprometimento da fun o CEREBRAL . Este Diana Manuela Gomes Cancela 2 Documento produzido em 02-05-2008 acontecimento pode ocorrer de forma ictiforme (s bito), devido presen a de factores de risco VASCULAR ou por defeito neurol gico focal (aneurisma) (Martins, 2002).

3 A presen a de danos nas fun es neurol gicas origina d fices a n vel das fun es motoras, sensoriais, comportamentais, perceptivas e da linguagem. Os d fices motores s o caracterizados por paralisias completas (hemiplegia) ou parciais/ incompletas (hemipar sia) no hemicorpo oposto ao local da les o que ocorreu no c rebro. A localiza o e extens o exactas da les o provocada pelo AVC determinam o quadro neurol gico apresentado por cada utente e, o seu aparecimento normalmente repentino, oscilando entre leves ou graves, podendo ser tempor rios ou permanentes (Martins, 2002). Incid ncia Embora a incid ncia da doen a VASCULAR CEREBRAL tenha vindo a diminuir nos ltimos 25 anos, e se tenham registado na ltima d cada progressos assinal veis em rela o s doen as cerebrovasculares, estas continuam a colocar Portugal nos ltimos lugares em rela o aos outros pa ses da Europa (Minist rio da Sa de, 1998), sendo o AVC a principal causa de morte no adulto.

4 Segundo dados estat sticos do Minist rio da Sa de, no ano de 1994, Portugal ocupou o ltimo lugar relativamente a catorze pa ses da Uni o Europeia com o valor mais elevado de mortalidade por doen as cerebrovasculares, sendo a sua incid ncia de 300-400 casos/ 100 000 por ano. Factores de Risco Os factores de risco aumentam a probabilidade de um ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL , mas, muitos deles, podem ser atenuados com tratamento m dico ou mudan a nos estilos de vida. Os principais factores de risco de AVC s o, a arteriosclerose, a hipertens o arterial, o tabagismo, o colesterol elevado, o Diabetes Mellitus, a obesidade, doen as das v lvulas e arritmias card acas, dilata es do cora o, a hereditariedade, sedentarismo, o uso de anticoncepcionais orais e a idade (a probabilidade de ocorr ncia de AVC aumenta com a idade).

5 Existem outras causas menos frequentes de AVC como doen as inflamat rias das art rias, alguns tipos de reumatismo, uso de drogas como a coca na, doen as do sangue e da coagula o sangu nea. Finalmente, a presen a de Acidentes Isqu micos Transit rios (AIT s) um factor de risco extremamente importante visto que cerca de 1/3 dos indiv duos que sofrem AIT`s acabar o por sofrer um AVC dentro de cinco anos (Martins, 2006). Diana Manuela Gomes Cancela 3 Documento produzido em 02-05-2008 Quanto maior for o n mero de factores de riscos identificados no indiv duo, maior ser a probabilidade de ocorr ncia de AVC. Fisiopatologia O tecido nervoso desprovido de reservas sendo totalmente dependente da circula o sangu nea, pois gra as a este que as c lulas nervosas se mant m activas, sendo o seu metabolismo dependente de oxig nio e glicose.

6 A interrup o deste fluxo numa determinada rea do c rebro tem por consequ ncia uma diminui o ou paragem da actividade funcional dessa rea. Se a interrup o do fluxo sangu neo for inferior a 3 minutos, a altera o revers vel; se esse prazo ultrapassar os 3 minutos, a altera o funcional poder ser irrevers vel, originando necrose do tecido nervoso. O AVC pode ser causado por dois mecanismos diferentes: oclus o de um vaso provocando isquemia e enfarte do territ rio dependente desse vaso ou ruptura VASCULAR . TIPOS DE AVC A determina o do tipo de AVC depende do mecanismo que o originou. Poderemos ter assim dois tipos de AVC, que ainda se dividem em subtipos, como pode ser observado no quadro 1. Tipos de AVC Subtipos de AVC Isqu mico Lacunar Tromb tico Emb lico Hemorr gico Intracerebral Subaracn ide Intravascular Subdural Quadro 1.

7 Tipos de AVC AVC Isqu mico A isquemia diz respeito a qualquer processo durante o qual um tecido n o recebe os nutrientes e em particular o oxig nio indispens veis ao metabolismo das suas c lulas. Assim, o AVC isqu mico induzido por oclus o de um vaso ou redu o da press o de perfus o CEREBRAL , seja esta provocada por redu o do d bito card aco ou por hipotens o arterial grave e sustentada Diana Manuela Gomes Cancela 4 Documento produzido em 02-05-2008 (Garett, 1994). Ou seja, quando o tecido CEREBRAL privado do fornecimento de sangue arterial, segue-se um sofrimento celular que, conforme a sua intensidade, poder manifestar-se por uma perturba o funcional. Se esta priva o de curta dura o (menos de 24horas), a disfun o considerada revers vel. Nestes casos fala-se de ACIDENTE Isqu mico Transit rio (AIT).

8 Quando a isquemia persiste para al m desse per odo de 24 horas, poder o instalar-se les es definitivas e irrevers veis do c rebro, caracterizadas pela morte de um grupo de neur nios. Falamos aqui de enfarte CEREBRAL (Habib, 2000). Trombose CEREBRAL Um AVC tromb tico quando o processo patol gico respons vel pela oclus o do vaso se desenvolve no pr prio local da oclus o. Segundo O Sullivan (1993), trombose CEREBRAL refere-se forma o ou desenvolvimento de um co gulo de sangue ou trombo no interior das art rias cerebrais, ou dos seus ramos. Os trombos resultam da ader ncia e agrega o plaquet ria, coagula o de fibrina e queda da fibrin lise. Existem dois tipos de trombose, a trombose venosa e a trombose arterial. As tromboses arteriais s o as mais frequentes, e resultam da presen a de material ateromatoso que oclui o l men de um vaso.

9 As tromboses venosas constituem uma raridade no conjunto dos quadros de patologia VASCULAR CEREBRAL . As tromboses cerebrais s o frequentemente precedidas por AIT (cerca de 20% dentro do mesmo territ rio arterial). Embolia CEREBRAL Embolia CEREBRAL define-se como todo o processo em que se verifica a oclus o arterial por um corpo estranho (embolo) em circula o, que s o libertados na corrente sangu nea e que se deslocam at s art rias cerebrais (O`Sullivan, 1993). Estes co gulos (ou mbolos) formam-se dentro dos vasos sangu neos do c rebro, geralmente sobre uma placa de gordura, devido acumula o de colesterol nas paredes das art rias, processo conhecido como arteriosclerose. Os quadros da embolia CEREBRAL instalam-se normalmente de forma s bita. Os sintomas podem repetir-se no tempo com agravamento e melhoria, significando isso emboliza o recorrente.

10 A forma o de mbolos est vulgarmente associada s doen as cardiovasculares, nomeadamente devido a fibrilha o auricular e outras arritmias. Os mbolos poder o ter tamb m origem em desordens sist micas produtoras de mbolos gasosos (cirurgia ou traumatismo), de mbolos gordos (fracturas de ossos) ou de mbolos de origem tumoral. Diana Manuela Gomes Cancela 5 Documento produzido em 02-05-2008 As embolias cerebrais s o raramente precedidas por AIT mas quando existem n o respeitam a mesma rvore arterial. AVC Hemorr gico A hemorragia CEREBRAL consequ ncia de um fen meno inverso ao da isquemia: a extravas o de sangue para fora dos vasos. Quando ocorre uma hemorragia, o sangue pode derramar: Para o interior do c rebro, provocando uma hemorragia intracerebral. Para o espa o cheio de flu do entre o c rebro e a membrana aracn ide, provocando uma hemorragia subaracn idea A hemorragia CEREBRAL , mais do que a isquemia, est relacionada essencialmente com a hipertens o arterial.


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