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Letramento: O uso da leitura e da escrita como prática social

1. letramento : O uso da leitura e da escrita como pr tica social 1. M rcia Adriana Pinto da Silva Justo Juliana de Alc ntara Silveira Rubio 2. RESUMO. A inten o do presente trabalho trazer ao professor e demais profissionais da rea da educa o, uma vis o mais clara e abrangente sobre o letramento , pautada nas a es que fazem uso da leitura e da escrita , como agentes facilitadores de pr ticas sociais dentro e fora do ambiente escolar. Palavras chave: letramento , leitura e escrita , pr tica social . Introdu o Hoje em dia, ser alfabetizado, isto , saber ler e escrever, tem se revelado uma condi o insuficiente para responder adequadamente s demandas da sociedade.

professor e demais profissionais da área da educação, uma visão mais clara e abrangente sobre o letramento, pautada nas ações que fazem uso da leitura e da escrita, como agentes facilitadores de práticas sociais dentro e fora do ambiente escolar. Palavras chave: letramento, leitura e escrita, prática social.

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1 1. letramento : O uso da leitura e da escrita como pr tica social 1. M rcia Adriana Pinto da Silva Justo Juliana de Alc ntara Silveira Rubio 2. RESUMO. A inten o do presente trabalho trazer ao professor e demais profissionais da rea da educa o, uma vis o mais clara e abrangente sobre o letramento , pautada nas a es que fazem uso da leitura e da escrita , como agentes facilitadores de pr ticas sociais dentro e fora do ambiente escolar. Palavras chave: letramento , leitura e escrita , pr tica social . Introdu o Hoje em dia, ser alfabetizado, isto , saber ler e escrever, tem se revelado uma condi o insuficiente para responder adequadamente s demandas da sociedade.

2 H alguns anos, bastava que a pessoa soubesse assinar o nome ou at mesmo escrever um simples bilhete para que ela pudesse ser considerada alfabetizada, mas atualmente ler e escrever de forma mec nica n o garante uma intera o plena com os diferentes tipos de textos que circulam na sociedade, pois necess rio n o apenas decodificar sons e letras, mas entender os significados do uso da leitura e da escrita em diferentes contextos. Devido a essas circunst ncias, surgiu o termo letramento que vai al m do ler e escrever, onde necess rio interagir com a leitura e a escrita dentro e fora do contexto escolar, de modo a cumprir as exig ncias atuais da sociedade, ou seja, a pessoa que sabe fazer uso da leitura e da escrita como pr tica social .

3 Portanto, letrar mais que alfabetizar, mas n o podemos separar os dois processos em que o aluno primeiro tem contato com o ensino das t cnicas da leitura e da escrita a alfabetiza o -, e desenvolvendo as habilidades que envolvem o uso da leitura e da escrita , ele adquire o letramento . Nesse sentido, procuramos mostrar as ideias de alguns autores sobre esse assunto, dando-nos uma vis o mais ampla do tema letramento . 1. P s-graduanda em Psicopedagogia pela Universidade Nove de Julho UNINOVE. 2. Mestre em Educa o pela Universidade Estadual Paulista UNESP Professora orientadora. Revista Eletr nica Saberes da Educa o Volume 4 n 1 - 2013. 2. Acreditando servir o presente levantamento bibliogr fico para enriquecer ainda mais os conhecimentos dos profissionais da rea da educa o no que diz respeito ao tema letramento e pr tica social , coletamos as informa es que resultaram no trabalho que segue apresentado, onde abordaremos um hist rico sobre o letramento , bem como as posi es de alguns autores em rela o a esse tema.

4 Termo letramento O termo razoavelmente novo e t cnico, surgiu da palavra inglesa literacy (letrado) em decorr ncia de uma nova realidade social na qual n o bastava somente saber ler e escrever, mas responder efetivamente s pr ticas sociais que usam a leitura e a escrita . Letrado ent o n o mais s aquele que versado em letras ou literaturas , e sim aquele que al m de dominar a leitura e a escrita , faz uso competente e freq ente de ambas . O letramento um conceito enraizado na alfabetiza o e freq entemente s o confundidos. KLEIMAN (2005, p. 11), nos diz que o letramento n o alfabetiza o, mas a inclui. Em outras palavras, letramento e alfabetiza o est o associados.

5 De acordo com SOARES (2004, ) embora correndo o risco de uma excessiva simplifica o, pode-se dizer que a inser o no mundo da escrita se d por meio da aquisi o de uma tecnologia a alfabetiza o, e por meio do desenvolvimento de compet ncias (habilidades, conhecimentos e atitudes) de uso efetivo dessa tecnologia em pr ticas sociais que envolvam a l ngua escrita letramento . No final dos anos 70, o livro A Psicog nese da L ngua escrita de Em lia Ferreiro e Ana Teberosky, revolucionava o conhecimento sobre a alfabetiza o que se tinha na poca. Para as autoras, a aquisi o das habilidades de ler e escrever depende basicamente da rela o que a crian a tem desde pequena com a cultura escrita .

6 Segundo SOARES (2010, ), o surgimento de novos termos faz parte da necessidade que a sociedade tem para nomear coisas e objetos para que realmente eles existam, assim, a palavra letramento nasceu para caracterizar aquele que sabe fazer uso do ler e do escrever, que responde s exig ncias que a sociedade requer nas pr ticas de leitura e de escrita do cotidiano. Hoje, saber ler e escrever de forma mec nica n o garante a uma pessoa a intera o Revista Eletr nica Saberes da Educa o Volume 4 n 1 - 2013. 3. plena com os diferentes tipos de textos que circulam na sociedade, deve-se entender os significados e usos das palavras em diferentes contextos. Apesar de ser alvo de v rios estudos, o conceito de letramento ainda n o foi inclu do em todos os dicion rios, nem na linguagem da m dia, porque s.

7 Recentemente conquistou admiradores no pa s. Na d cada de 70, a Organiza o das Na es Unidas para a Educa o, a Ci ncia e Cultura (UNESCO), j havia recomendado o uso da express o analfabetismo funcional para designar quem sabe apenas ler e escrever, sem conseguir utilizar essas t cnicas no dia a dia. Na sociedade brasileira tal termo s passou a ser usado a partir de 1990. Hoje, no Brasil, n o se considera alfabetizado quem apenas consegue escrever e ler seu pr prio nome, como era no passado, mas quem sabe escrever um bilhete simples (estat stica IBGE, 2000). medida que o analfabetismo vai sendo superado, que um n mero cada vez maior de pessoas aprende a ler e a escrever, e medida que, concomitantemente, a sociedade vai se tornando cada vez mais centrada na escrita (cada vez mais grafoc ntrica), um novo fen meno se evidencia; n o basta aprender a ler e escrever.

8 As pessoas se alfabetizam, aprendem a ler e a escrever, mas n o necessariamente incorporam a pr tica da leitura e da escrita , n o necessariamente adquirem compet ncia para usar a leitura e a escrita , para envolver-se com pr ticas sociais de (Soares, 1998 p. 45-46). Estudiosos do assunto garantem que um estudo aprofundado do letramento , facilitaria o desempenho das pessoas na escrita e na assimila o da leitura gerando um melhor aproveitamento daquilo que se estudou, para ser colocado em pr tica diariamente, pois o letramento est relacionado com os usos da leitura e da escrita , na vida em sociedade. J para TFOUNI ( 2006,p. 21), estudos sobre o letramento : n o se restringe somente quelas pessoas que adquiriram a escrita , isto , aos alfabetizados.

9 Buscam investigar tamb m as conseq ncias da aus ncia da escrita a n vel individual, mas sempre remetendo ao social mais amplo, isto , procurando, entre outras coisas, ver quais caracter sticas da estrutura social tem rela o com os fatos. Pois, a aus ncia tanto quanto a presen a da escrita em uma sociedade s o fatores importantes que atuam ao mesmo tempo como causa e conseq ncia de transforma es sociais, culturais e psicol gicas s vezes radicais.. SOARES (2010, ) afirma que letrar mais do que alfabetizar, . ensinar a ler e escrever dentro de um contexto onde a escrita e a leitura Revista Eletr nica Saberes da Educa o Volume 4 n 1 - 2013. 4. tenham sentido e fa am parte da vida do aluno, nesse processo n o basta apenas juntar letras para formar palavras e reunir palavras para compor frases, deve-se compreender o que se l , assimilar diferentes tipos de textos e estabelecer rela es entre eles.

10 Para Ferreiro (2001, ), as crian as iniciam o seu aprendizado de no es matem ticas por exemplo, antes da escola, quando se dedicam a ordenar os objetos mais variados (classificando-os ou colocando-os em s rie). Iniciam seu aprendizado do uso social dos n meros participando de diversas situa es de contagem e das atividades sociais relacionadas aos atos de comprar e vender. No livro: letramento : um tema em tr s g neros de Soares, publicado em 2010, a autora exemplifica como um adulto pode at ser analfabeto, contudo, pode ser letrado, ou seja, ele n o aprendeu a ler e escrever, por m utiliza a escrita para escrever uma carta atrav s de outra pessoa alfabetizada, bom enfatizar que o pr prio analfabeto que dita o texto, lan ando m o de todos os recursos necess rios da l ngua para se comunicar, mesmo que tudo seja carregado de suas particularidades.


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