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"O professor e a Avaliação em Sala de Aula", por ...

Estudos em Avalia o Educacional, n. 27, jan-jun/200397 Doutora em Psicologia pela Universidade de Paris VII. Professora da Pontif ciaUniversidade Cat lica de S o Paulo PUC-SP. Coordenadora doDepartamento de Pesquisas Educacionais daFunda o Carlos Chagas, presente artigo discute a avalia o educacional como uma das formas deacompanhamento das atividades do aluno com o objetivo de promover a sua progress o. Aautora procura suprir defici ncias apresentadas nos cursos de forma o de professores emostra a import ncia da avalia o para fins de orienta o, planejamento e replanejamentodo ensino, ressaltando, por outro lado, a integra o da avalia o no ensino e suaimport ncia na aprecia o das diversas aprendizagens e do autodesenvolvimento dosalunos.

Estudos em Avaliação Educacional, n. 27, jan-jun/2003 99 INTRODUÇÃO Neste texto vamos tratar da avaliação educacional nas salas de aula. Estaremos, pois, enfocando o acompanhamento que o professor faz dos

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1 Estudos em Avalia o Educacional, n. 27, jan-jun/200397 Doutora em Psicologia pela Universidade de Paris VII. Professora da Pontif ciaUniversidade Cat lica de S o Paulo PUC-SP. Coordenadora doDepartamento de Pesquisas Educacionais daFunda o Carlos Chagas, presente artigo discute a avalia o educacional como uma das formas deacompanhamento das atividades do aluno com o objetivo de promover a sua progress o. Aautora procura suprir defici ncias apresentadas nos cursos de forma o de professores emostra a import ncia da avalia o para fins de orienta o, planejamento e replanejamentodo ensino, ressaltando, por outro lado, a integra o da avalia o no ensino e suaimport ncia na aprecia o das diversas aprendizagens e do autodesenvolvimento dosalunos.

2 Aponta a responsabilidade dos professores como avaliadores, ressalta a avalia oem processo e, no final, faz novas considera es sobre a rela o ensino/avalia : avalia o educacional, planejamento do ensino, orienta o, avalia o emprocesso, ensino/avalia presente trabajo discute la evaluaci n educacional como siendo una de las formas deacompa amiento del aluno para conseguir la promoci n de su progreso. La autora intentasuplir las deficiencias presentadas en los cursos de formaci n de maestros y destaca laimportancia de la evaluaci n con fines de orientaci n, planificaci n y replanteamiento de laense anza, explicitando, en contrapartida, la integraci n de la evaluaci n de la ense anza yla importancia en la apreciaci n de los diversos aprendizados y del auto-desenvolvimientode los alumnos.

3 Muestra la responsabilidad de los profesores como evaluadores, resalta laevaluaci n del procedimiento y, por ltimo, hace nuevas consideraciones sobre la relaci nense anza/evaluaci : evaluaci n educacional, planificaci n de la ense anza, orientaci n,evaluaci n en procedimiento, ense anza/evaluaci article discusses educational assessment as one of the follow-up forms of the student sactivities as a way of promoting his/her progress. The author attempts to fill gaps detectedin teacher training courses, shows the importance of assessment in the guidance, planningand re-planning of teaching activities, and highlights the integration of assessment intoteaching and its relevance in appreciating students various learning strategies and self-development.

4 The article points out the teachers responsibility as evaluators, emphasizesEstudos em Avalia o Educacional, n. 27, jan-jun/200398assessment in process and, at the end, brings new light to the words: educational assessment, teaching planning, orientation, assessment in process, em Avalia o Educacional, n. 27, jan-jun/200399 INTRODU ONeste texto vamos tratar da avalia o educacional nas salas de , pois, enfocando o acompanhamento que o professor faz dosalunos em sua sala de aula ao longo do desenvolvimento de seu trabalho,com vistas progress o dos alunos. A avalia o a ser desenvolvida pelosprofessores em classe tem merecido alguns estudos mas, em geral, poucaou nenhuma orienta o se d nos cursos de forma o de professores sobreeste aspecto t o importante do desenvolvimento das atividades avalia o tem por finalidade acompanhar os processos deaprendizagem escolar, compreender como eles est o se concretizando,oferecer informa es relevantes para o pr prio desenvolvimento do ensinona sala de aula em seu dia-a-dia, para o planejamento e replanejamentocont nuo da atividade de professores e alunos.

5 Como para a aferi o das caracter sticas mais importantes desta avalia o que oavaliador , ao mesmo tempo, o respons vel direto pelo processo que vaiavaliar. o pr prio professor que trabalha com os alunos quem os avalia:n o uma pessoa qualquer ou um t cnico especializado. Isto implica quepensemos a avalia o em sala de aula como uma atividade cont nua eintegrada s atividades de ensino, algo que decorrente destas atividades,inerente a elas e a seu servi ter sentido, a avalia o em sala de aula deve ser bemfundamentada quanto a uma filosofia de ensino que o professor espose. Apartir dessa premissa, o professor pode acumular dados sobre alguns tiposde atividades, provas, quest es ou itens ao longo do seu trabalho, criandoum acervo de refer ncia para suas atividades de avalia o dentro de seuprocesso de ensino.

6 De todo importante que o professor possa criar, everificar no uso, atividades diversas que ensejem avalia o de processos deaquisi o de conhecimentos e desenvolvimento de atitudes, de formas deestudo e trabalho, individual ou coletivamente, para utilizar no decorrer desuas aulas. Todo este trabalho de acumula o e tratamento progressivo dedados sobre meios avaliativos para sala de aula exige dele um certo tempode dedica o, que pode ser maximizado e socializado se a escola dispuserde um hor rio compartilhado de trabalho entre os docentes, no qual essaquest o seja , analisando e refletindo sobre os meios avaliativosque venham a criar, os professores, bem como toda a equipe escolar,podem apurar e melhorar suas formas de avalia o e, portanto,tornarem-se mais justos na aprecia o das diversas aprendizagens de em Avalia o Educacional, n.

7 27, jan-jun/2003100O professor , O ALUNO E A AVALIA ONa literatura sobre a quest o encontramos aspectos sugestivos queajudam na reflex o sobre a condu o de processos avaliativos em sala deaula. Nesses trabalhos verificam-se alguns elementos constantes, assim, porexemplo, em depoimentos de alunos encontra-se com freq ncia que elesnem sempre percebem como o professor concebe a avalia o e qual seupapel na aula, para al m de dar uma nota . A maioria dos estudos (verrefer ncias bibliogr ficas) mostra tamb m que alto percentual dos alunosn o consegue explicitar os crit rios das notas que seus professoresatribuem. Colocam, tamb m, que quest es com palavras vagas ouquest es excessivamente detalhadas ou complexas levam confus o e,como resultado, eles, alunos, n o podem mostrar o que sabem sobre amat ria, mas sim, quanto eles s o bons em tentar compreender adivinhar o que o professor quer.

8 Isto vale tanto para quest es abertas, quanto paraitens fechados, nos quais t m que entender o que pedido pelo professorna formula o do item e tamb m o que cada alternativa quer dizer. freq ente, nestes estudos, a observa o de que o professor sempre pode pegar os alunos, mesmo com testes, basta que fa a quest es capciosas ouamb guas ou com alternativas obtidos com professores mostram que n o h uma maneirauniversal, nica ou melhor para avaliar os alunos em classe. As provas s ovistas pelos docentes como um instrumento que mede a aprendizageme s o praticamente o nico tipo de instrumento de que se valem para aavalia o. Analisando dados de pesquisas com professores nota-se quevaria o grau em que estes usam as provas como meio de ensino e tamb mde aprendizagem, como forma de obter informa es relevantes sobre oprocesso de desenvolvimento escolar dos alunos e sobre seu pr prioprocesso de ensino.

9 Na verdade, poucos t m em mente estas quest es,ficando a avalia o restrita apenas a um processo de verifica o que sebaseia em concep es nem sempre claras sobre o que julga que os alunosdevam ter retido, sintetizado ou inferido dos conte dos tratados. Encontra-se um certo percentual de professores que pensam que as provas em si s oinstrumento de aprendizagem. Selecionamos na literatura algunsdepoimentos interessantes, embora estes n o representem a t nica maiscomum nas concep es sobre os processos de avalia o em sala de aula: Penso que os estudantes podem aprender enquanto est o fazendo uma prova,desde que se d a eles quest es sobre as quais tenham que pensar.

10 Sinto tamb mque a aprendizagem maior quando feita durante as provas ( professor deEstudos Sociais). Uso minhas provas como um meio de ensino. Tento elaborarquest es que levem as crian as a aprender alguma coisa ( professor de Hist ria). As provas, em geral, s o usadas apenas para classificar os alunos. As crian as, Estudos em Avalia o Educacional, n. 27, jan-jun/2003101claro, pensam isto tamb m. Quando voc faz uma prova, a nica raz o pela qualvoc a faz para obter algum grau; n o como um processo de aprendizagem. Masela pode ser usada como um processo de aprendizagem e eu tento fazer isto ( professor de Ingl s). Nestes depoimentos verifica-se entre esses docentesuma nova cultura quanto ao papel dos processos avaliativos em sala deaula, o que sinaliza que est o se processando mudan as nas concep esdominantes sobre esse processo na escola.


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