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PSICO-ONCOLOGIA: ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO NO …

35 Psicologia USP, S o Paulo, 2013, 24(1), : ATUA O DO PSIC LOGO NO HOSPITAL DE C NCER DE BARRETOS1 Camila Saliba Soubhia Scannavino Daniela Batista Sorato Manuela Polidoro Lima Anna Helena Junqueira Franco Mariana Paschoal Martins Joel Carlos Morais J nior Priscila Regina Torres Bueno Fabiana Faria Rezende Nelson Iguimar Val rio Resumo: A Psico-Oncologia surgiu a partir da necessidade do acompanhamento psicol gico ao paciente com c ncer, a sua fam lia e equipe que o acompanha.

36 A NA OUTRA CENA DA REPRESENTAÇÃO: CONSIDERAÇÕES FERENCZIANAS... Camila S. S. SCannavino Fernanda Canavêz et al. Introdução A doença crônica pode produzir consequências como dor, descon-forto, baixa autoestima, incerteza quanto ao futuro, ideias suicidas, medos,

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1 35 Psicologia USP, S o Paulo, 2013, 24(1), : ATUA O DO PSIC LOGO NO HOSPITAL DE C NCER DE BARRETOS1 Camila Saliba Soubhia Scannavino Daniela Batista Sorato Manuela Polidoro Lima Anna Helena Junqueira Franco Mariana Paschoal Martins Joel Carlos Morais J nior Priscila Regina Torres Bueno Fabiana Faria Rezende Nelson Iguimar Val rio Resumo: A Psico-Oncologia surgiu a partir da necessidade do acompanhamento psicol gico ao paciente com c ncer, a sua fam lia e equipe que o acompanha.

2 O papel do psic logo em oncologia prop e o apoio psicossocial e psicoterap utico diante do impacto do diagn stico e de suas consequ ncias e mostra a possibilidade de aux lio para melhor enfrentamento e qualidade de vida do doente e de seus familiares. O objetivo deste relato consiste em descrever a atua o desenvolvida por psic logos do Servi o de Psicologia do Hospital de C ncer de Barretos/Funda o Pio XII SP, uma institui o m dica especializada em oncologia. Palavras-chave: Servi o Hospitalar de Oncologia. Psico-oncologia. Equipe de Assist ncia ao Agradecemos ao N cleo de Apoio ao Pesquisador do Hospital de C ncer de Barretos/ Funda o Pio XII e psic loga Tatiane Botton (Unidade de Jales), o aux lio na finaliza o do artigo.

3 36A NA OUTRA CENA DA REPRESENTA O: CONSIDERA ES Camila S. S. SCannavino Fernanda Canav z et oA doen a cr nica pode produzir consequ ncias como dor, descon-forto, baixa autoestima, incerteza quanto ao futuro, ideias suicidas, medos, p nico, transtornos gerais e espec ficos de conduta, dificuldades no rela-cionamento familiar e interpessoal, ansiedade, depress o, entre outros (Evans, 2006; Kersting et al., 2004; King et al., 2006; Miyazaki, Domingos, & Valerio, 2006; Valerio, 2003). O sofrimento emocional associado a essas doen as, se ignorado, pode acarretar redu o significativa na qualidade de vida do paciente e de seus familiares e afetar de forma negativa a ade-s o aos tratamentos de reabilita o (Baptista & Dias, 2010; Corring, 2002; Dellve, Samuelsson, Tallborn, & Hallberg, 2006; King et al.)

4 , 2006; Miyazaki, Domingos, Caballo, & Valerio, 2001).Para pesquisadores da rea, pacientes com diagn stico de c ncer apresentam tend ncias depress o quando comparados com a popu-la o saud vel (Linden et al., 2009), e, como esta pode interferir nos re-sultados do processo de tratamento, deve ser precocemente avaliada e tratada (Satin, Linden, & Phillips, 2009).Segundo Louren o, Santos Jr. e Luiz (2010), os estressores que se associam ao diagn stico e ao tratamento do c ncer acarretam perdas im-portantes na qualidade de vida dos indiv duos e implicam a necessidade de um ajustamento psicossocial dos pacientes e seus familiares, al m de demandarem interven es psicoterap uticas especializadas.

5 Para esses autores:Nas ltimas d cadas, psic logos da sa de v m integrando equipes m dicas como facilitadores na identifica o dos medos, d vidas e expectativas do paciente, bem como na comunica o mais eficiente entre m dico/paciente. Al m disso, contribuem no desenvolvimento de estrat gias de preven o e de interven o com cuidadores de pacientes frente s perdas, muitas vezes, irrevers veis, determinadas pela doen a. (p. 47)De acordo com o Instituto Nacional do C ncer, o c ncer infantil aco-mete cerca de cem a cada milh o de crian as (Instituto Nacional do C n-cer [INCA], 2010).

6 Por suas caracter sticas e necessidades de tratamentos agressivos e longos, essa doen a age sobre os mais diversos mbitos da vida dos pacientes, bem como das pessoas a eles relacionadas, fazendo com que o campo da pediatria oncol gica v al m dos aspectos estri-tamente m dicos (Bearison & Mulhern, 1994; Herman & Miyazaki, 2007; Louren o et al., 2010). As implica es psicol gicas t m constitu do posi- o importante nos servi os especializados, devido ao fato da enfermida-de ser concebida como grave e cr nica (Carvalho, 2008).

7 37 Psicologia USP, S o Paulo, 2013, 24(1), NA OUTRA CENA DA REPRESENTA O: CONSIDERA ES Camila S. S. SCannavino Fernanda Canav z et atendimento de indiv duos com alguma enfermidade cr nica, tal como c ncer, as fun es do psic logo devem: favorecer a adapta o dos limites, das mudan as impostos pela doen a e da ades o ao trata-mento; auxiliar no manejo da dor e do estresse associados doen a e aos procedimentos necess rios; auxiliar na tomada de decis es; prepa-rar o paciente para a realiza o de procedimentos invasivos dolorosos, e, enfrentamento de poss veis consequ ncias dos mesmos.

8 Promover melhoria da qualidade de vida; auxiliar a aquisi o de novas habilidades ou retomada de habilidades preexistentes; e revis o de valores para o re-torno vida profissional, familiar e social ou para o final da vida (Bianchin, 2003; Glanz, Rimer & Lewis, 2002; Herman, 2007; Herman & Miyazaki, 2007; Miyazaki, Domingos, Valerio, Santos, & Rosa, 2002). A Psico-Oncologia consiste na interface entre a psicologia e a on-cologia. S o abordadas quest es psicossociais que envolvem tamb m o adoecimento acarretado pelo c ncer. Utilizam-se estrat gias de interven- o que possam ajudar o paciente e seus familiares no enfrentamento e na aceita o de uma nova realidade, promovendo, assim, melhorias na qualidade de vida (Vianna et al.)

9 , 2011).O Hospital de C ncer de Barretos Funda o Pio XII e o Servi o de PsicologiaA Funda o Pio XII, institu da em 1967, consiste em um n cleo de ensino, pesquisa e servi os especializados para tratamento do c ncer. Por se tratar de um hospital com alta complexidade para o tratamento de neoplasias, recebe grande demanda de pacientes provenientes de todos os estados brasileiros. Os atendimentos s o oferecidos prioritariamente via Sistema nico de Sa de (SUS). Neste artigo descrita a atua o dos psic logos das seguintes unidades: Unidade de Barretos (SP): s o oferecidos diversos servi os, tais como, atendimento ambulatorial, quimioterapia, radioterapia, interna o, atendimento emergencial, pequenas e grandes cirurgias e Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

10 Al m disso, h um Instituto de Ensino e Pesquisa (IEP), com laborat rios de biologia molecular, telemedicina para realiza o de videoconfer ncias, biblioteca e salas de estudos. O hospital tamb m disp e de 13 alojamentos destinados a abri-gar pacientes e acompanhantes quando necess rio. No momento, a unidade contempla a atua o de seis psic logos assistenciais e um psic logo coordenador de Projetos de Pesquisa em Psicologia e Humaniza o do N cleo de Apoio ao Pesquisador (NAP).38A NA OUTRA CENA DA REPRESENTA O: CONSIDERA ES Camila S.


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