Example: dental hygienist

TEORIAS DA APRENDIZAGEM: Introdução aos Estudos da …

6. Introdu o aos Estudos da Educa o I. TEORIAS DA aprendizagem : INFLU NCIAS DA PSICOLOGIA EXPERIMENTAL. Alessandra Bizerra Suzana Ursi In cio de conversa O desenvolvimento da psicologia e as concep es de aprendizagem Algumas TEORIAS da aprendizagem In cio das abordagens behavioristas e suas principais caracter sticas Behaviorismo norte-americano Conexionismo Behaviorismo radical de Skinner Considera es finais Refer ncias Licenciatura em Ci ncias USP/ Univesp Licenciatura em Ci ncias USP/Univesp M dulo 3 109. In cio de conversa Perguntas como o que aprendemos? , o que sabemos? . foram e s o feitas pelos seres humanos ao longo de toda nossa hist ria. Muitos fil sofos embrenharam-se na tarefa de respond -las e geraram ideias e concep es que nortearam e norteiam nossas a es. Ainda hoje, buscamos respostas a elas, e novas reas t m sido incorporadas ao time dos campos do conhecimento humano, que tradicionalmente realizam essa tarefa. Uma delas a Psicologia, a ci ncia que estuda a mente e o comportamento humanos e busca saber como a experi ncia afeta o pensamento e a a o, como se d a transforma o dos sujeitos e como o social influencia o individual.

6.1 Início de conversa 6.2 O desenvolvimento da psicologia e as concepções de aprendizagem 6.3 Algumas teorias da aprendizagem 6.3.1 Início das abordagens behavioristas e suas principais características 6.3.2 Behaviorismo norte-americano 6.3.3 Conexionismo 6.3.4 Behaviorismo radical de Skinner 6.4 Considerações finais Referências

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  Teoria, De aprendizagem, Aprendizagem

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1 6. Introdu o aos Estudos da Educa o I. TEORIAS DA aprendizagem : INFLU NCIAS DA PSICOLOGIA EXPERIMENTAL. Alessandra Bizerra Suzana Ursi In cio de conversa O desenvolvimento da psicologia e as concep es de aprendizagem Algumas TEORIAS da aprendizagem In cio das abordagens behavioristas e suas principais caracter sticas Behaviorismo norte-americano Conexionismo Behaviorismo radical de Skinner Considera es finais Refer ncias Licenciatura em Ci ncias USP/ Univesp Licenciatura em Ci ncias USP/Univesp M dulo 3 109. In cio de conversa Perguntas como o que aprendemos? , o que sabemos? . foram e s o feitas pelos seres humanos ao longo de toda nossa hist ria. Muitos fil sofos embrenharam-se na tarefa de respond -las e geraram ideias e concep es que nortearam e norteiam nossas a es. Ainda hoje, buscamos respostas a elas, e novas reas t m sido incorporadas ao time dos campos do conhecimento humano, que tradicionalmente realizam essa tarefa. Uma delas a Psicologia, a ci ncia que estuda a mente e o comportamento humanos e busca saber como a experi ncia afeta o pensamento e a a o, como se d a transforma o dos sujeitos e como o social influencia o individual.

2 Dessa Figura : A Psicologia estuda a mente e o comportamento humanos e busca saber como rea de conhecimento que prov m muitas TEORIAS usadas na a experi ncia afeta o pensamento e a a o, como se d a transforma o dos sujeitos e elabora o de pol ticas p blicas e de diretrizes educacionais como o social influencia o individual. em diversos pa ses, por se constitu rem como concep es de forte impacto e resultados para o processo educativo. Por esse motivo, abordaremos as TEORIAS de aprendizagem provenientes principalmente da Psicologia, enfatizando algumas de suas principais abordagens, como as perspectivas comportamentalista, cognitivista e sociocultural. Por falta de tempo e espa o frente ao car ter introdut rio desta disciplina, nesta aula, faremos uma breve incurs o pelos temas da aprendizagem sob a tica da Psicologia Experimental. Na pr xima aula, ampliaremos nossa vis o sobre a aprendizagem por meio do estudo de outras perspectivas da Psicologia, bem como por meio de r pidas pinceladas sobre reas como a Biologia do Desenvolvimento e a Antropologia.

3 Boa leitura! Introdu o aos Estudos da Educa o I. 110 Licenciatura em Ci ncias USP/Univesp M dulo 3. O desenvolvimento da psicologia e as concep es de aprendizagem Agora a sua Antes de come armos, gostar amos de saber o que voc considera aprendizagem . Entre no f rum Nossas concep es de aprendizagem e poste coment rios sobre: 1. Qual a sua concep o de aprendizagem ? 2. Como voc considera que as pessoas aprendem? At a segunda metade do s culo XIX, o estudo da natureza humana era um atributo, prin- cipalmente, da Filosofia e da Teologia. Pensadores como John Locke, com uma vis o empiricista da mente, pela qual sensa es simples combinam-se para produzir ideias complexas, ou Immanuel Kant, com a vis o de que os conceitos complexos originam-se da mente humana e n o podem ser decompostos em elementos mais simples, s o algumas das tradi es filos ficas que buscam entender a alma humana (Cole; Scribner, 2008). Mas, independentemente da tradi o seguida, os Estudos filos ficos pautavam-se na ideia de que a eles cabia a investiga o da alma, e ci ncia, os Estudos do corpo.

4 Podemos entender que foram as mudan as de vis o de mundo ocorridas a partir desta data que alteraram esse cen rio. As ideias de Darwin romperam as barreiras entre o homem e os outros animais; as ideias de Fechner exemplificaram que as leis naturais poderiam descrever as rela es entre eventos f sicos e o funcionamento da mente humana; e as de Sechenov deram um car ter fisiol gico para os processos mentais. Embora n o fossem psic logos, esses pesquisadores contribu ram sobremaneira para que a Psicologia, ent o uma ci ncia jovem, desenvolvesse quest es relacionadas . constitui o e ao funcionamento da mente humana (lembre-se de que nessa poca os Estudos da mente Figura : At a segunda metade do s culo XIX, o estudo da natureza humana era um atributo, principalmente, da eram priorizados pela filosofia e n o pela ci ncia). Filosofia e da Teologia. 6 TEORIAS da aprendizagem : Influ ncias da Psicologia Experimental Licenciatura em Ci ncias USP/Univesp M dulo 3 111.

5 Passamos a encontrar, ent o, a partir do final do s culo XIX, tentativas sistem ticas de entender os processos mentais por meios cient ficos. Surgem assim v rias escolas da psicologia que busca- vam se aprofundar em quest es espec ficas. Uma das primeiras escolas foi a Introspectiva, que tomou para si a tarefa de compreender a consci ncia humana por meio de processos mentais, estimulando as pessoas a examinarem seus pr prios sentimentos e motiva es, e tomando-os como base para generaliza es. Um importante representante dessa escola William James, fil sofo, fisi logo e psic logo estadunidense (Figura ), que se valeu de suas pr prias experi ncias para Figura : William James (1842 1910), representante da Escola Introspectiva. entender conceitos como aten o, mem ria ou fluxo de cons- ci ncia (esta ltima express o, cunhada por ele mesmo). Muitas foram as cr ticas aos Estudos introspectivos dos processos conscientes humanos, ressaltando a esterilidade dos resultados, bem como a subjetividade das pesquisas.

6 Dois grupos sobressa ram-se em oposi o: os behavioristas e os gestaltistas. Embora os behavioristas concordassem com os introspectivos na proposta de que a psicologia deveria identificar os elementos mais simples da atividade humana para, ent o, especificar as regras pelas quais esses elementos se articulam para produzir fen menos complexos, discordavam em rela o a quais seriam esses aspectos. Para os behavioristas, o estudo cient fico da psicologia deveria limitar-se an lise dos comportamentos observ veis, bem como dos est mulos que os controlam. Nessa vis o, os est mulos (condi es que levam ao comportamento) e as respostas a eles (comportamentos decorrentes) seriam os nicos aspectos do compor- tamento que poderiam ser observados. Temas dif ceis como mente e pensamento deveriam ser rejeitados. Vale ressaltar que os behavioristas iniciais n o ignoravam ou desconsideravam os processos mentais mais complexos (chamados de superiores), como a lembran a volunt ria ou racioc nio dedutivo, mas defendiam que n o poderiam ser analisados cientifi- Figura : Para os behavioristas, o estudo cient fico da camente.

7 Como descreve John Watson: psicologia deveria limitar-se an lise dos comportamentos observ veis, bem como dos est mulos que os controlam. Introdu o aos Estudos da Educa o I. 112 Licenciatura em Ci ncias USP/Univesp M dulo 3. [..] todas as escolas de psicologia, exceto a do behaviorismo, afirmam que a consci ncia constitui assunto da psicologia. O behaviorismo, ao contr rio, sustenta que o assunto da psicologia humana o comportamento ou as atividades do ser humano. O behaviorismo assevera que a consci ncia n o um conceito defin vel, nem utiliz vel; trata-se simplesmente de outra palavra para o termo alma , usado em tempos mais antigos. Desse modo, a antiga psicologia . dominada por um tipo sutil de filosofia religiosa (1913 apud Bransford, Brown; Cocking, 2007). importante contextualizar, como ressalta Lefran ois (2008), que a orienta o behaviorista deu origem a diferentes TEORIAS de aprendizagem relacionadas principalmente a eventos objetivos, como est mulos, respostas e recompensas.

8 E v rias s o as TEORIAS que consideram esses elementos como centrais. Dessa forma, quando falamos em behaviorismo n o estamos nos referindo a uma nica teoria , mas sim a um leque delas, como as de Pavlov, Watson, Guthrie, Thorndike, Hull ou Skinner. Voltaremos ao behaviorismo mais adiante. Outro grupo que fez oposi o aos estudiosos da Introspec o foi o da Psicologia da Gestalt. Os gestaltistas reagiram contra Wundt (e tamb m contra os behavioristas) por discordarem de sua tend ncia em analisar a atividade humana em seus aspectos moleculares . Rejeitavam a proposta de que a partir dos processos psicol gicos mais simples seria poss vel explicar os processos mais complexos. Defendiam, ao contr rio, uma abordagem globalizante no estudo da consci ncia, bem representada na afirma o de Wertheimer (Figura ) de que o todo maior que a soma das partes . Por meio dessa perspectiva, toda experi ncia mental Figura : Max Wertheimer (1880 1943), psic logo checo, um dos fundadores da organiza-se na forma de estruturas que, quando incompletas, teoria da Gestalt.

9 Possuem uma tend ncia para se completarem. Assim, a melodia de uma m sica n o somente uma soma de notas individuais e pausas, ela o todo, a gestalt ( gestalt significa todo ). Da 6 TEORIAS da aprendizagem : Influ ncias da Psicologia Experimental Licenciatura em Ci ncias USP/Univesp M dulo 3 113. mesma forma, uma banana deixa de ser uma banana quando batida em um liquidificador, assim como uma casa n o mais o quando demolida a tijolos, madeiras, pregos e canos. Perceber essa organiza o das coisas alcan ar um insight. Na perspectiva gestaltista, o insight tem uma dimens o fundamental. Resumidamente, significa a percep o das rela es entre os elementos de uma situa o-problema. Por meio do insight, nosso c rebro passa a perceber os objetos da melhor forma poss vel, usando quatro princ pios (Figura ): 1. Princ pio da Proximidade: tendemos a agrupar os objetos ou elementos perceptuais pela sua proximidade. Na Figura , vemos colunas, pois os pontos est o mais pr ximos Figura : Princ pios complementares da teoria da Gestalt nas colunas do que nas linhas.

10 2. Princ pio da Similaridade: objetos parecidos tendem a ser percebidos como rela- cionados entre si. No caso da Figura , poss vel ver linhas em vez de colunas. 3. Princ pio da Continuidade: os fen menos perceptivos tendem a ser considerados como cont nuos. Assim, continuamos a ver a linha curva como nica, mesmo que haja uma reta cortando-a. 4. Princ pio do Fechamento: sempre tendemos a completar uma figura. Quando olhamos uma imagem incompleta, tendemos a perceb -la como um desenho completo. O mesmo acontece em uma melodia com notas ausentes ou em uma palavra sem algumas letras, como em D_ S E _H O. Esses princ pios, entre outros, foram aplicados pelos gestaltistas ao pensamento e percep o. Para eles, a aprendizagem resulta na forma o de tra os de mem ria. O material aprendido tende a adquirir a melhor forma poss vel, devido s leis da organiza o perceptual que analisamos. Assim, n o aprendemos por tentativa e erro, mas sim, pela reorganiza o mental daquilo que percebemos.


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